O fim e semana produziu mais uma enxurrada de interpretações das declarações do governador Flávio Dino (PCdoB) sobre seu candidato em 2022.
E mais uma vez os aliados do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) precipitaram-se em ver as afirmações de Dino como uma garantia de que seu candidato será o tucano.
É natural a pressa de Brandão em ter o apoio declarado de Dino; É a partir deste apoio que ele pode construir seu projeto.
Brandão tem até abril de 2022 para negociar com partidos e lideranças políticas sua candidatura; e não há dúvida de que, quanto mais cedo puder anunciar-se como “candidato de Dino”, melhor para ele.
A partir de abril do ano que vem, o vice tera que se virar sozinho para conseguir o maior número de partidos e lideranças em sua campanha.
E so terá dois meses para atrair estas legendas e lideranças.
Só com a chancela dinista, o vice-governador terá condições de atrair partidos e líderes políticos no interior, coisa que o senador Weverton Rocha (PDT), o outro nome do grupo, já faz desde agora.
Por isso o tempo de Weverton e diferente do de Brandão.
Embora também querendo o apoio de Flávio Dino, Weverton se movimenta com estrutura própria, evitando o papel de poste do governador e construindo por si só sua aliança partidária e política.
O pedetista já tem o apoio de seis partidos – PDT, DEM, PSL, PRB, PSB e Cidadania – e pode chegar a 10 até o início da campanha, se confirmar o apoio do PTB, MDB, PP e PT.
Além disso, tem o apoio da senadora Eliziane Gama (Cidadania), dos presidentes da Assembleia, Othelino Neto (PCdoB), da Camara Municipal, Osmar Filho (PDT), da Famem, Erlanio Xavier (PDT), além de alianças encaminhadas com os prefeitos de Sao Luís, Imperatriz, Timon, Bacabal e Pinheiro.
Weverton quer o apoio de Flávio Dino e deixa publicamente claro o eu desejo.
Mas, diferente de Brandão, pode esperar e lutar por isso até junho do ano que vem, ao mesmo tempo em que constrói suas próprias alianças e monta sua estrutura de campanha.
Quando chegar a época das convenções, caberá a Dino decidir quem apóia, levando em consideração – além da força eleitoral de cada um – também, de que lado estão os 14 partidos que formam a base do seu governo.
E essa decisão influenciará tambem sua própria candidatura ao Senado.
E simples assim…
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