O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, explicou sobre a imunização promovida pela vacinação contra a Covid-19.
Ele respondeu sobre o ex-presidente José Sarney, 91 anos, que foi vacinado com as duas doses da vacina, porém testes de detecção da Covid não apontaram anticorpos.
Covas explicou que o índice de indução de anticorpos em pessoas idosas é de 98%. Por isso, não seria correto dizer que 100% dos idosos irão adquirir anticorpos. “Na realidade, 98% é o índice de indução de anticorpos em pessoas idosas. Portanto, não é 100%. Pessoas idosas tem um fenômeno biológico chamado imunossenescência. Os idosos respondem menos na produção de anticorpos em relação aos indivíduos mais jovens. Por isso que não é 100% de soroconversão”, disse o presidente.
“A vacina não é uma proteção absoluta, não é escudo contra a doença e nem contra a mortalidade. Ela é uma proteção relativa. Entram os fatores individuais das pessoas, as comorbidades, vários fatores”, prosseguiu.
Dimas Covas ressaltou que nenhuma vacina é totalmente eficaz contra a infecção, mas, sim, contra as manifestações clínicas, sobretudo as mais graves. “A pessoa que se vacina está relativamente protegida, mas tem os fatores individuais que entram se ela eventualmente pegar a infecção, e esses fatores são preponderantes, inclusive, para determinação da gravidade”, explicou. Dimas Covas ainda acrescentou que terão pessoas que não irão responder à vacinação.
Agentes de saúde do governo do Distrito Federal foram à casa de José Sarney, no Lago Sul de Brasília, imunizá-lo contra a Covid-19, ele e sua mulher, a ex-primeira dama Marly Sarney, de 88 anos.
Ambos tomaram a primeira dose da Coronavac, e mais recentemente a segunda. Transcorrido o prazo determinado, submeteram-se ao teste que indicaria o grau de imunização de cada um.
O de Marly deu alto. O de Sarney, nenhum. “Simplesmente não funcionou”, reconhece o ex-presidente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário