O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse em entrevista à CNN neste sábado (22) que não há indicativo de transmissão local da chamada cepa originária da Índia e detalhou as ações do estado para impedir que a variante do coronavírus se espalhe.
Um navio vindo da Malásia foi proibido de atracar na costa do estado após a identificação dessa cepa em seis tripulantes. Um deles, indiano, foi transferido para um hospital na capital São Luís.
“Nós adotamos as providências que nos cabiam no que se refere ao controle sanitário no hospital, ou seja, a testagem e todas as recomendações para toda a equipe que teve contato com o paciente internado. Notificamos a empresa armadora do navio e a Vale, proprietária do porto, para que não haja a atracação do navio até que haja a liberação sanitária”, disse.
“Temos, sim, uma situação desafiadora, mas não temos qualquer sinal de que, além do paciente indiano, venhamos a ter outra pessoa com a chamada cepa indiana”, declarou o governador.
Dino informou que o paciente está em um grande hospital privado da capital e que todas as pessoas que foram até a embarcação para fazer o atendimento foram testadas e estão em quarentena. “Vamos fazer a análise genômica, se houver algum positivo, para identificar se seria ou não a cepa indiana”, disse.
“Temos uma situação intermediária. Nem é algo desejável, é um risco que faz com que tenhamos inclusive rigor nas medidas preventivas, mas por outro lado, não temos indicativo de que isso esteja circulando no território do nosso estado”.
Ele disse, porém, que a chegada dessa mutação é “questão de tempo”. “O Brasil é muito grande e não tem controle sanitário em aeroportos e portos. Por isso, acredito que, lamentavelmente, é questão de tempo para que a chamada cepa indiana também esteja circulando no Brasil”, falou.
Para o governador, é imprescindível que a Anvisa, responsável pelo estabelecimento de barreiras sanitárias em portos e aeroportos, tome essa medida rapidamente. “Não há dúvida de que uma medida rigorosamente imprescindível e urgente são as barreiras em aeroportos e portos por parte da Anvisa”, falou. “Todos os estados estão prontos a colaborar se houver a autorização. No Maranhão, não precisa nem a Anvisa fazer, só autorizar que nós fazemos, porque consideramos altamente necessário”. CNN
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