O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que os mais de 100 pedidos de impeachment protocolados contra o presidente Jair Bolsonaro na Casa estão sendo analisados. “Vamos nos posicionar muito em breve sobre grande parte deles”, afirmou. Segundo ele, apesar do momento de dor causado pela pandemia da COVID-19, “temos a obrigação de trabalhar uma estrutura para trabalharmos a viabilidade no Brasil apto a se recompor rapidamente no cenário econômico”.
Em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta manhã de quarta-feira, Lira reforçou o discurso que vem adotando de que a discussão sobre impeachment contra o presidente deve ser com “muita responsabilidade”. Segundo ele, não é o presidente da Câmara que estrutura o impeachment, mas a conjuntura política e nacional de um país.
“Quando o presidente perde a capacidade política, perde a capacidade de gestão econômica, cria no Brasil uma condição de desemprego absurda, cria uma condição de inflação incontrolável”, afirmou o deputado. Lira, então, ponderou que não enxerga essa situação atualmente no país.
Questionado sobre a afirmação que fez de que Bolsonaro estaria em seu “pior momento” e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no “melhor momento”, Lira criticou a repercussão na imprensa e denunciou que a fala foi tirada de contexto.
O parlamentar avalia que pesquisas eleitorais são “retratos de momento” e que, diante do atraso da vacinação e da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Bolsonaro não atravessa o momento com grande eleitorado. Porém, Lira acredita que é algo passageiro.
Para as eleições de 2022, o deputado diz que “ainda está muito cedo” para especular o pleito, mas avalia que Bolsonaro e Lula “são os mais fortes”. No entanto, em um possível embate entre os dois políticos, o parlamentar acredita que “os ventos que sopram no Brasil ainda são o vento de centro-direita”.
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