Faltando apenas cinco meses para entregar o cargo ao vice Carlos Brandão (PSDB), o governador Flávio Dino (PSB) enfrenta a dura realidade da frustração de expectativas em todos os campos de sua gestão.
Ele fracassou em sua principal promessa, o combate à pobreza, e entrega um Maranhão com índices de miseráveis ainda maiores que o recebido em 2015, quando assumiu o governo com a promessa de acabar com a miséria no estado.
Flávio Dino chega ao fim de mandato com a imagem de um implacável cobrador de impostos, com altos reajustes de ICMS, mas, ao mesmo tempo, favorecendo empresas que têm parceria com o seu governo.
Esta forma de ver a economia resultou, inclusive, na quebradeira de setores inteiros, como o de supermercados, o da construção civil e o agronegócio.
Nestes cinco meses que o separam do fim do seu mandato, Dino reforça a imagem de perseguidor daqueles que entendem o debate de ideias como salutar para democracia; incapaz de diálogo, Dino persegue, censura, bloqueia e cancela opositores.
E o resultado de todos estes aspectos negativos na personalidade do governador é o fracasso também, em sua articulação política.
O líder inconteste de sete anos atrás se transformou numa figura caricata, birrenta, falastrão, que vive às turras com sua base e é refém da estrutura governamental para se eleger senador
O comuno-socialista deve deixar o governo em abril sem base político-partidária, indisposto com aliados de peso, como o senador Weverton Rocha (PDT) , o presidente da Assembleia Othelino Neto (PCdoB) e alguns dos principais prefeitos maranhenses.
E ainda ficará refém de Carlos Brandão, que assumirá o governo com poder de decidir sobre o futuro de sua candidatura ao Senado.
Para alguém que assumiu o mandato como a esperança do povo maranhense e com a certeza de que o estado estava, a partir de então, em mãos de quem sabe o que faz, chegar ao final da gestão com todos estes aspectos, é o fracasso como gestor, como político, como liderança, como cidadão.
E é assim que Flávio Dino encerra o seu ciclo no Maranhão…
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