O governador Carlos Brandão (PSB) já tem o esboço do que será o seu novo governo.
O blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso a um dos rascunhos que indicam quem é quem na preferência do titular do Palácio dos Leões, e divide neste post os nomes já definidos, os que ainda disputam espaços e os que devem ficar fora do secretariado.
Nomes já confirmados
Brandão já definiu 10 secretários: Educação, Desenvolvimento Social, Cultura, Segurança, Infraestrutura, Cidades, Comunicação, Fazenda, Pesca e Esporte.
Para a Educação não há mais nenhuma dúvida da volta do vice-governador Felipe Camarão (PT), indicação do ministro da Justiça Flávio Dino (PSB), cuja cota inclui também a pasta das Cidades, ocupada por Lene Rodrigues.
O Desenvolvimento Social será comandado pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PCdoB), que terá uma pasta turbinada; ele também é responsável pela indicação do titular da Cultura, Yuri Arruda, que permanece no posto.
Desde o início do governo, Brandão sofreu uma forte pressão de aliados pela indicação do ex-secretário Raimundo Cutrim para a Segurança Pública. Chegou ele próprio a se convencer disto, mas nos últimos dias decidiu que manterá o coronel Sílvio Leite na pasta.
Outro confirmado é o secretário de Infraestrutura, Aparício Bandeira, da cota pessoal do próprio governador, assim como o ex-deputado Edson Araújo na Pesca. Para o Esporte, a manutenção de Naldir Lopes está confirmada.
Admirado por Brandão, Marcellus Ribeiro permanece na Sefaz.
Embora ainda haja especulações aqui e ali, o Palácio dos Leões vai ter mesmo o ex-secretário Sérgio Macedo novamente na Comunicação, completando o time dos 10 já definidos pelo governo.
Novas pastas
Pelo menos duas novas pastas devem ser criadas por Brandão.
A Secretaria de Desenvolvimento Regional, que ganhará atribuições hoje na Secid, será o posto de Paulo Casé, que ora comanda a Sedes; a outra pasta discutida pelo governador é a dos Povos Originários, um alinhamento com o Ministério homônimo, criado pelo presidente Lula.
Esta pasta será criada para abrigar a deputada estadual Abgail Cunha (PL), que se recusou a ir para a Secretaria da Mulher; a ela também foi oferecida o Meio Ambiente, mas a ideia da pasta ligada aos povos indígenas parece tê-la agradado.
A ida de Abigail para o governo tem um objetivo: abrigar na Assembleia Legislativa o suplente Pará Figueiredo (PL), filho do todo-poderoso desembargador Joaquim Figueiredo dos Anjos.
Pastas ainda em disputa
Várias pastas ainda são disputadas por partidos e aliados políticos do governador.
O secretário de Planejamento Luiz Fernando Silva, por exemplo, já declarou não ter interesse em permanecer na pasta; ele mira a Casa Civil, do ex-prefeito Sebastião Madeira, ou o Porto do Itaqui, cujo titular Ted Lago deve deixar o governo.
Luiz Fernando controla ainda a pasta da Saúde, com Thiago Fernandes, onde Brandão quer botar o adjunto Carlos Vinícius Ribeiro; caso Fernando ganhe o Porto, Vinícius seria deslocado para a Seplan, mantendo Thiago na Saúde.
O ex-deputado federal Bira do Pindaré (PSB) deve ocupar a Secretaria da Agricultura Familiar, mas ainda enfrenta resistências do ex-colega André Fufuca (PP), que tem hoje a indicação na pasta, mas controla também o Detran, de interesse da família do deputado federal Fábio Macedo (Podemos).
Ao PT – que já tem Felipe Camarão na Educação – está sendo oferecida a Secretaria de Agricultura ou a da Mulher, ou uma ou outra. O partido quer as duas. As pastas de Igualdade Racial e Juventude também são alvo do partido de Lula.
Brandão queria mandar Rubens Pereira para a Assembleia, abrindo vaga na Secretaria de Articulação Política, mas o ex-deputado bateu pé e deve continuar na pasta.
O governador tem ainda que contemplar MDB, o PV que tem sido excluído das reuniões e articulações e o grupo Sarney, que já manifestou interesses por alguns setores. Resta saber se ainda haverá espaço para estes últimos.
É aguardar para conferir...
Do blog Marco D'eça
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