sexta-feira, 7 de julho de 2023

Mais um maranhense é cotado para Ministério de Lula

O Centrão espera que ao longo de julho e até o início de agosto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) faça uma mini reforma ministerial envolvendo 3 pastas: Turismo, Desenvolvimento e Esportes. O grupo também deseja comando de uma estatal e entende que possa ser a Caixa Econômica Federal.

A partir dessas entregas, serão aprovados em agosto o projeto de lei do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) que dá mais poder ao governo e a lei complementar que cria o chamado novo marco fiscal.

A ideia é contemplar nomes indicados pelas representações na Câmara de União Brasil, PP e Republicanos, partidos que não se sentem devidamente atendidos dentro do governo e que desejam ter mais poder na administração Lula.

De acordo com a GloboNews, Folha de São Paulo e o site Poder 360, no Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome pode sair Wellington Dias (que é senador eleito pelo PT do Piauí e reassume seu cargo no Congresso) e assumir o deputado federal maranhense André Fufuca (PP), que é do Centrão, mas que em 2022 esteve junto com Flávio Dino (PSB) no processo eleitoral (Dino foi eleito senador, mas no momento é ministro da Justiça de Lula).

Fufuca atende ao Centrão, é ligado ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mas não se trata de político hostilizado pelo PT. Seria um nome palatável para Lula colocar na Esplanada.

Hoje três maranhenses integram a equipe ministerial do Presidente Lula. São eles: Flávio Dino, como Ministro da Justiça e Segurança Pública; Juscelino Filho, como ministro das Comunicações; e Sônia Guajajara, como ministra dos Povos Indígenas.

Dias na mira do Centrão 

Um dos coordenadores da campanha presidencial de Lula (PT) no ano passado, o ministro Wellington Dias (Desenvolvimento Social) tem acumulado críticas dentro do Palácio do Planalto e também no Congresso Nacional.

O próprio presidente Lula tem dito a aliados que está decepcionado com o desempenho do ministro. A pasta, que cuida do Bolsa Família, tem R$ 276 bilhões de orçamento —mais do que Saúde e Educação.

O presidente tem reclamado a aliados que Wellington Dias precisa estar mais focado e apresentar mais agendas positivas. Por ser o ministério com uma das principais vitrines do governo, Lula esperava que a pasta fosse celeiro de anúncios benéficos para a imagem do presidente, mas não vê isso acontecendo.

Em outra frente, Dias entrou na mira do centrão por não ter, até agora, liberado emendas cobiçadas pelo bloco de partidos de centro e de direita, pois segue travando a verba das antigas emendas de relator –principal moeda de troca nas negociações entre Bolsonaro e o Congresso e extintas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). O Planalto tem usado essa fatia do Orçamento para tentar ampliar a base política.

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