Nos últimos anos, o cidadão luminense reclamou por demais da qualidade da prestação do serviço oferecido na gestão da prefeita de Paço do Lumiar Paula Azevedo. Até então, as críticas apontavam para má gestão e desvio, no entanto, a operação “18 minutos” da Polícia Federal deflagrada na semana passada mostrou a triste realidade do que de fato acontecia na gestão.
O que faltava de benesses aos munícipes sobrava no bolso daqueles que foram eleitos para representar o povo. Pelo menos é isso que indica parte do material encontrado na casa de Flavio, Alderico e Fred Campos.
Além de documentos contábeis das empresas dos investigados, a relação de funcionários também foi apreendida, revelando o destino de boa parte dos recursos que deveriam ser usados em prol do cidadão.
Via folha de pagamento, milhões eram repassados aos vereadores. Descobriu-se que o modus operandi não era usado, apenas, por Fernando Feitosa, Mauro Multibanco e Bianca Mendes, conforme já denunciado pelo blog.
Os envolvidos são vários, entre eles, acredite quem quiser, a vereadora Ana Lúcia. Exatamente. Ela mesma, a primeira secretária do Poder Legislativo. A irmã Ana Lúcia, evangélica fervorosa, proba e defensora da família, moral e bons costumes. Por mês, pela nominata de “servidores” indicados pela parlamentar eram lhe repassados quase R$41 mil reais.
Respondendo várias broncas na PF por crime de desvios contra o INSS, que logo iremos esmiuçar, o ex-líder do governo na gestão azevedista, Paulo Henrique era beneficiado com R$37.000 mil. Já o major Roberto, mensalmente, entre os três, era o que menos abocanhava. Com os indicados dele ficava R$35 mil.
Nos últimos anos foram pagos a Ana Lúcia cerca de 1.630.000 milhões, enquanto o major Roberto se beneficiou com 1.260.000 milhões e Paulo Henrique recebeu 1.330.000 milhões. Matematicamente, estamos falando de algo em torno de R$4.200.000. Somados aos R$4.000.000 pagos aos também “representantes do povo” Feitosa, Bianca e Mauro Multibanco a conclusão é lógica.
O dinheiro que faltava para investir na saúde, educação e infraestrutura estava no bolso dos parlamentares. Na cidade, comenta-se que a grande maioria eram beneficiados e que o rombo ultrapassa a casa dos R$33 milhões de reais.
Tão logo tenhamos acesso, as demais relações serão publicadas.
Cassada no último dia 09 pela Câmara formada exatamente por esses vereadores, a gestora foi procurada para falar sobre o assunto e preferiu não se pronunciar. No entanto, aliados garantem que durante toda à gestão Azevedo foi extorquirda e sempre que um projeto devia ser analisado era preciso pagar alto para aprovação no plenário Thiago Aroso. A informação se os servidores eram presentes ou fantasmas não conseguimos confirmar até o fechamento desta edição.
Na planilha que o blog teve acesso com exclusividade, vejam abaixo os nomes e valores dos servidores.
Vereadora Ana Lúcia:
Vereador Paulo Henrique:
Vereador Major Roberto:
ENTENDA O CASO:
A Polícia Federal deflagrou, na manhã de quarta-feira (14), a Operação 18 Minutos, para apurar a atuação de organização criminosa suspeita da prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Tribunal de Justiça do Maranhão.
Policiais federais cumpriram 55 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, nos estados do Maranhão, Pará e Rio de Janeiro. Também foram cumpridas outras medidas cautelares, como o afastamento de cargos públicos, sequestro e indisponibilidade de bens e monitoramento eletrônico.
De acordo com as investigações, a organização criminosa é suspeita de atuar na manipulação de processos do Tribunal de Justiça do Maranhão com o intuito de obter vantagem financeira. São investigados os crimes de organização criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
OUTROS VEREADORES ENVOLVIDOS:
Suspeitos da prática de “rachadinha”, também já está em poder dos federais denúncias formuladas e protocoladas na Câmara contra os vereadores Mauro Roberto Rabelo, Fernando José Santos Feitosa e Bianca Hellainne Mendes. Misteriosamente, os pedidos de afastamento por falta de decoro apresentados na Câmara dias antes da sessão que cassou a comunista estavam justamente em poder de Fred Campos, que está sendo investigado junto com o pai e o irmão.
Segundo as más línguas, a investigação contra os edis ainda não andou em razão da manobra do presidente Jorge Marú, que se dizia “aliado” da prefeita. Marú recebeu o material e declarou que teria “encaminhado” à Comissão de Ética da Casa, entretanto pelo visto o destino dado foi outro bem diferente, fazendo com que a grave denúncia permaneça sem resposta.
Cópias de contra cheques e a relação nominal com os valores recebidos deixaram as autoridades policiais de queijo caído. Embora tenha sido encontrada denúncias, apenas, contra os três parlamentares, suspeita-se que tal prática atinja quase a totalidade dos vereadores, além do próprio prefeito Inaldo Pereira.
Embora a existência do fato tenha sido publicizado em sessão por uma vereadora, a Câmara de Paço do Lumiar foi procurada, mas ninguém quis falar sobre a existência e veracidade. O mesmo acontecendo com os parlamentares citados, os quais desde já encontram-se com a palavra franqueada para que possam se posicionar.
No somatório, os indicados de Bianca, inclusive os irmãos, recebiam pouco mais de R$42.500 mês. Já Feitosa, que constantemente ocupava à tribuna para cobrar melhorias do Executivo eram agraciados com R$ 40 mil mensal e, pasmem senhores, nessa rodada, Mauro Multibanco era o campeão com o repasse superior a R$50 mil reais mês.
Detalhe importante: com exceção de major Roberto, todos são ligados a Fred Campos e candidatos à reeleição no próximo dia 06 de outubro. Com a palavra, o Ministério Público Estadual.
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