Entre as demais legendas de esquerda que conquistaram sete capitais há quatro anos, PSB, PDT e PSOL, só um candidato tem chance real de vitória: João Campos, no Recife. “Apesar do retorno do presidente Lula ao poder, o antipetismo segue forte e resiliente. O PT continua com dificuldades em avançar sobre o eleitorado que votou em Bolsonaro em 2022″, analisa o cientista político Murilo Medeiros, da Universidade de Brasília,.
O PT teve a sua melhor performance em eleições municipais em 2004, quando venceram em nove capitais: Aracaju, Belo Horizonte, Fortaleza, Macapá, Palmas, Porto Velho, Recife, Rio Branco e Vitória. Desde então, os números foram caindo: seis em 2006; quatro em 2012; uma em 2016 e zero em 2020.
Em Goiânia, a deputada federal Adriana Accorsi perde para Sandro Mabel, do União (50% ante 35%); em Teresina, o deputado estadual Fábio Novo fica atrás de Silvio Mendes (União), no resultado mais parelho (49% ante 44%); em Fortaleza, o presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão, ainda está distante de Capitão Wagner, também do União, (49% ante 35%) e em Porto Alegre, Maria do Rosário sofre um revés para o atual prefeito Sebastião Melo, do MDB.
Como mostrou o Estadão, candidatos e dirigentes do PT cobram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por maior participação em campanhas nas eleições municipais. Desde que a propaganda eleitoral foi liberada, em 16 de agosto, o petista só dedicou um dia a promover aliados presencialmente.
O PSDB É outro tradicional partido que pode acabar ficando sem nenhuma prefeitura em capital. Até o momento Beto Pereira, em Campo Grande, tem a única candidatura competitiva.
A análise do cientista político aponta um cenário favorável para o União Brasil. Hoje, o partido controla apenas Salvador, mas lidera nas pesquisas em Salvador e em outras seis capitais (Porto Velho, Goiânia, Campo Grande, Teresina, Cuiabá e Fortaleza) e tem candidaturas competitivas em Natal, Aracaju e Manaus. (Estadão)
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