Em agenda em São Luís neste sábado(13), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, confirmou que o deputado federal Josimar Maranhãozinho permanece à frente do partido no Maranhão. “Essa questão está liquidada. Temos que prestigiar o Josimar, nossa maior vitória foi aqui. Mandei avisar o Bolsonaro que eu vinha para cá, porque o Bolsonaro não entende as coisas como nós entendemos. O PL vai marchar unido sob o comando do Josimar. Bolsonaro vai compreender isso, eu já mandei o recado para ele. Temos que tratar o Bolsonaro de maneira diferente, ele não é normal”, disse
O presidente do PL atribuiu a um deputado maranhense intrigas que envolveram o ex-presidente Jair Bolsonaro com o deputado Josimar Maranhãozinho. Segundo Valdemar, esse parlamentar, cujo o nome não quis citar para “não dar cartaz”, envenenou Bolsonaro contra Josimar com informações falsas. “É inveja desse deputado, dor de cotovelo porque ele não consegue ter a votação que o Josimar e seu grupo têm aqui no PL”, disparou.
Costa Neto aproveitou para agradecer o trabalho da deputada Detinha à frente do PL Mulher. “Ela fez um grande trabalho aqui. E ela está sendo substituída pela nossa vereadora Flávia Berthier, isso não tem problema. Veja bem, a Detinha não precisou do PL mulher para ser a deputada federal mais votada”, frisou.
Valdemar afirmou ainda que o PL em breve estará comandando o Maranhão. “Nós vamos voltar para o poder, vamos ganhar a eleição para Presidente em 2026. E podem tomar bastante cuidado nossos adversários, aqui no Maranhão o Josimar com esse grupo é questão de tempo vai chegar ao governo do estado. Vamos ter senadores. Vamos em pouco tempo ter o governador daqui. Por isso o Josimar precisa ser prestigiado pelo partido”, declarou.
Josimar Maranhãozinho foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em setembro, por um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares, envolvendo prefeituras no Maranhão. Nos últimos dois anos, ele direcionou R$ 21,1 milhões em “emendas Pix” para 15 municípios. Quase metade deste valor, cerca R$ 9 milhões, foi para três cidades — Zé Doca, Maranhãozinho e Centro do Guilherme — que são governadas por parentes ou ex-funcionários de Josimar.
Ainda antes do primeiro turno, Bolsonaro mostrou irritação com a denúncia contra Josimar e disse, em entrevista à rádio Auriverde, que precisaria “dar um freio de arrumação” no partido após as eleições municipais. Em nova entrevista à rádio, já depois de o PL eleger 40 prefeituras no Maranhão, o ex-presidente voltou a cobrar a expulsão de Josimar e do também deputado Pastor Gil (PL-MA), alvo da mesma denúncia, que ainda será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF): — O Maranhão não vai ficar como está. Não tem clima do nosso pessoal permanecer no partido que passa a mão na cabeça de marginais. (…) Ou expulsa esses dois, mais uma vez pegos em corrupção, ou então fica difícil a gente falar que o PL é um partido diferente.
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