Enquanto os salários dos servidores públicos continuam atrasados e são reduzidos sem qualquer justificativa plausível, surge um cenário onde aqueles que não fazem a menor questão de contribuir para o bem-estar da sociedade parecem estar em uma lista VIP de favorecidos. É quase um espetáculo surreal ver pessoas que não levantam um dedo recebendo valores que estão muito acima do estipulado pelas leis municipais e pelo mercado. A meritocracia aqui parece ter sido substituída por uma "meritocracia de sofá".
Enquanto em várias partes do Brasil, pessoas humildes lutam heroicamente para sair de situações degradantes, estudando e se formando em profissões respeitáveis como medicina e advocacia, em Paço do Lumiar a realidade é de outro mundo. Um exemplo emblemático, é um assessor do prefeito que, após passar uma temporada na ‘Riviera de Pedrinhas’, resolve investir uma fortuna em uma faculdade de direito caríssima, mas não consegue seu lugar na Procuradoria Municipal. E qual é o seu destino? Um cargo na Secretaria de Educação!, onde sua função é....... vigiar lixões! Uma verdadeira ascensão profissional! “outro patamar!!”
Mas a situação não para por aí. Paço do Lumiar vive um paradoxo digno de roteiro de comédia: enquanto carros luxuosos, micro-ônibus e caminhões compactadores de lixo desfilam pelas ruas, as demandas básicas da população permanecem em segundo plano. Fardamentos escolares são distribuídos com mais mistério do que os segredos da fórmula da Coca-Cola, e obras são realizadas sem licitações, levantando sérias suspeitas sobre a gestão pública e seus interesses obscuros.
E como se isso não bastasse, proprietário (financiado com verba pública) de creche \ escola, sem credibilidade moral, ética ou mesmo técnica, enfrentam dificuldades enormes para contratar professores dispostos a trabalhar na Vila Nazaré. Oferecendo salários abaixo do mercado com a proposta insustentável de dividir seus vencimentos entre os proprietários da Creche \ escola. Como podem falar em educação de qualidade quando até mesmo os educadores são tratados como um mero detalhe?
O cinismo desse “novo patamar” se revela ainda mais quando o prefeito tenta se mostrar como um trabalhador incansável. São horas mostrando seus passeios pelas ruas e lixões ou sujando as unhas com concreto. Mas será isso realmente trabalho ou apenas uma encenação digna dos melhores palcos?
Carlos Brandão tem realizado movimentações políticas com os piores personagens oligárquicos, levando seu secretário de Políticas a baixar hospitais com picos constantes de pressão, enquanto a população enfrenta incertezas sobre o acesso à saúde pública, falta de gases, dipirona e leitos. A impressão que fica é a de que, em vez de buscar soluções, há um esforço deliberado para desmantelar serviços essenciais, deixando a comunidade à mercê da própria sorte.
Se não bastasse o Governador do Maranhão parece ter encontrado um novo hobby: administrar Paço do Lumiar como se fosse um jogo de tabuleiro, mas sem regras e, claro, sem os dados!
A transparência, então? É como aquele doce que a gente promete compartilhar, mas acaba escondendo na bolsa. E cadê os termos de cooperação? Ah, esses devem estar de férias em algum lugar ensolarado, longe da realidade! É como se a gestão pública fosse uma peça de teatro onde todos estão atuando, mas ninguém sabe qual é o roteiro. Que espetáculo!
Ah, o Zé do Posto, e suas manobras! Parece que ele está jogando um jogo de xadrez enquanto o Ministério Público (MP) está apenas tentando entender as regras do jogo. Licitações públicas? Ah, isso é só um detalhe, não é mesmo? E o MP, coitado, parece estar mais para um figurante nesse teatro de absurdos, sem saber se levanta a voz ou se se ajoelha. O que será que o MP precisa para exercer suas prerrogativas? Talvez um mapa do tesouro para encontrar a transparência perdida ou uma boa dose de coragem para desafiar essa gestão que parece mais um puxadinho do que uma administração pública séria. Afinal, quem precisa de licitações quando se pode operar nas sombras da gestão! É um verdadeiro circo, e os palhaços estão todos aplaudindo!
E na Câmara de Vereadores de Paço do Lumiar? Sob a liderança de um vereador com parentesco com uma ave tipicamente brasileira, o tucano, com um detalhe, esse tucano tem estrabismo (não consegue fazer uma foto frontal ou perfil), temos uma série de chefes de gabinete nomeados que, curiosamente, não possuem gabinete para exercer suas funções. Essa prática levanta sérias questões sobre a eficácia da gestão e a real necessidade desses cargos— afinal, quem precisa trabalhar quando se tem tanta gente ocupando espaço?
Paço do Lumiar realmente está em “outro patamar”? Ou estamos apenas testemunhando o reverso do mundo? É hora de refletir sobre o futuro da nossa cidade e exigir mudanças reais.
Por Leon Gusman
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