Braide garantiu o comando estadual do seu partido, o PSD, e detém da cúpula nacional do mesmo o aval para entrar na disputa seja qual for o cenário que se estabeleça.
Além disso, nos bastidores, o prefeito de São Luís costura alianças com outras siglas e com atores políticos que não gravitam na órbita de poder do Palácio dos Leões.
Outro movimento de Braide diz respeito a fazer com que o seu nome seja conhecido em todo o Maranhão.
Para isso, mira em alguns veículos de comunicação e perfis em redes sociais com atuação além da capital.
Em São Luís, por exemplo, Braide já detém parceria e dita a linha editorial de pelo menos duas Rádios FM que estão engajadas a soldo na defesa da sua gestão e no projeto de vê-lo governador.
Mas Eduardo Braide é precavido.
Não entrará na disputa de qualquer jeito, renunciando ao controle do Município com um orçamento de mais de R$ 5,5 bilhões somente para o atual exercício financeiro.
Ele aguardará um desfecho do campo majoritário comandado pelo governador Carlos Brandão (PSB).
O melhor cenário para Braide seria o rompimento completo entre brandonistas e os chamados dinistas, políticos que ascenderam com o ex-governador e ex-senador, Flávio Dino, atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ele torce para que isto aconteça.
Na avaliação de Braide, estando os campos separados, haverá um vácuo a ser explorado e a sua possível candidatura ganharia musculatura perante o eleitorado através de uma mensagem de renovação e de trabalho de “excelência” na maior cidade do Estado que lhe garantiu uma reeleição com mais de 70% dos votos válidos.
O atual grupo governista surgiu em 2014, com a primeira eleição de Dino para governador.
A hegemonia se manteve com vitórias no primeiro turno em 2018 e 2022, quando a união ainda reinava.
A separação momentânea – ocasionada por uma série de motivos apresentados por ambas as partes – se deu no fim de 2023 e ainda permanece.
Dinistas defendem o projeto Felipe Camarão (PT), vice-governador, governador, assumindo o cargo no início do ano que vem, com uma renúncia de Brandão para concorrer ao Senado, e disputando a reeleição sentado na cadeira principal dos Leões.
Neste cenário, Eduardo Braide dificilmente optaria pelo enfrentamento, permanecendo aonde está e mirando no pleito de 2030.
Carlos Brandão, até o momento, ainda não deu a senha sobre qual, de fato, será sua decisão.
Enquanto isso, Braide e alguns poucos agentes do dinismo, como o deputado Othelino Neto (SDD), torcem pelo esfacelamento do grupo que vem obtendo vitórias esmagadoras há mais de uma década.
E a decisão final do prefeito estará atrelada obrigatoriamente ao que for definido por aqueles que sempre estiveram juntos.
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