A Revista Piauí publicou nesta quinta-feira (6) detalhes das investigações da Polícia Federal que identificaram indícios de enriquecimento ilícito e movimentações financeiras incompatíveis com os rendimentos de juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão, suspeitos de participação em um esquema de venda de sentenças.
O relatório da PF aponta que o desembargador Luiz Gonzaga, por exemplo, recebeu depósitos de origem não identificada que somam R$ 2,3 milhões, enquanto a juíza Alice Rocha registrou 55 depósitos em espécie, totalizando R$ 236 mil. Já Cristiano Simas, seu substituto na 5ª Vara, movimentou R$ 504 mil de forma semelhante. O assessor Lúcio Fernando Penha Ferreira, conhecido como “servidor ostentação”, viu seu patrimônio crescer de R$ 1,1 milhão para R$ 4,4 milhões em dois anos, ostentando carros de luxo e um apartamento de R$ 3,4 milhões.
As apurações começaram após denúncias de fraudes contra o Banco do Nordeste e levaram à revelação de um suposto esquema envolvendo decisões judiciais favoráveis ao advogado maranhense Sousa Filho. Conversas interceptadas pela PF mostram integrantes do grupo discutindo estratégias para se proteger das investigações. Em uma dessas mensagens, o filho de Sousa Filho criticou Ferreira, afirmando que ele estaria “com medo” e tentando se livrar das acusações.
O ex-deputado federal Edilazio Júnior e sua sogra, a desembargadora Nelma Sarney, são citados na mesma investigação.
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