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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Vídeo: Confusão envolvendo Feliciano, Eliziane e Duarte Jr. na CPMI


O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) discutiu com a senadora e relatora da CPMI do 8/1, Eliziane Gama (PSD-MA), durante os trabalhos da comissão.

A discussão entre os dois começou após a fala do deputado, que saiu em defesa do depoente do ex-ministro Anderson Torres. Ele levanta o tom de voz, dá um tapa na mesa e parlamentares pedem para que se “respeite a senadora”. (veja no vídeo abaixo)

Após terminar sua fala, Feliciano se envolveu em uma briga com a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que disse que tem um filho de esquerda e reprovou as falas do deputado. Feliciano então bateu na mesa. Após isso, deputados e senadores governistas, como a própria relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o senador Rogério Carvalho (PT-SE) e o deputado Duarte (PSB-MA), começaram a protestar contra Feliciano.

“Respeite a senadora. Essa mania de bater na mesa contra mulher”, declarou Eliziane.

Feliciano se senta novamente e volta a discutir com Eliziane no microfone. “A turminha da esquerda do mimimi […] A senadora pode colocar o dedo no meu nariz e eu não posso falar nada?”.

O presidente da comissão, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), negou que Soraya não apontou o dedo para ele e pediu para a sessão voltar à normalidade. Feliciano então responde que o líder do colegiado não viu, pois ele estava de costas no momento.

O deputado federal Duarte Júnior prestou solidariedade à senadora e parlamentares bolsonaristas o hostilizaram pela ação, que, em resposta, ironizou a situação e insinuou que eles estão com medo.

terça-feira, 20 de junho de 2023

Eliziane Gama e Deputado batem boca-boca na CPMI dos atos terroristas

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos antidemocráticos do 8 de Janeiro precisou ser interrompida nesta terça-feira (20/6) após uma discussão entre a relatora senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e o deputado bolsonarista Éder Mauro (PL-PA).

A oitiva de hoje é destinada a ouvir o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques. Ele comparece à CPI do 8/1 no papel de testemunha.

Após ser interrompida diversas vezes por Éder Mauro durante um questionamento a Silvinei, Eliziane se irritou com o parlamentar. Ele, que não é membro titular da CPI, proclamou gritos e ofensas contra a senadora.

A relatora prosseguiu: “Fiz uma pergunta de forma clara e direta, e espero que ele (Silvinei) responda. Nem vou aceitar que parlamentar nenhum venha a cercear a minha voz. Deputado, o senhor nem é integrante desta comissão, então, por favor, se cale. Quem está falando aqui é a relatoria da comissão. Vá gritar em outro lugar, aqui não. Respeite esta comissão, cale a sua boca, cale a boca”.


Questionamento

A confusão na CPI começou quando a senadora Eliziane Gama perguntou a Silvinei se ele confirma que foi acusado de agredir um frentista que se recusou a lavar uma viatura da PRF.

“Quero saber se o senhor tem consciência de que o senhor foi acusado, houve abertura do processo onde consta que o senhor teria agredido uma pessoa, inclusive, de forma muito terrível e brutal por conta dele ter se negado a lavar uma viatura. O senhor foi ou não acusado nesse processo?”, questionou.

O ex-diretor da PRF respondeu: “Deixa eu explicar, não é verdade”. Depois, a relatora insistiu para que Silvinei respondesse apenas “sim” ou “não” à pergunta. “O senhor não foi condenado? Não quero uma explicação do processo. Ele tem que responder o questionamento que eu fiz. Não estou pedindo que o depoente responda o que eu quero, estou pedindo que responda o que eu perguntei”, disse Eliziane.

A atitude da parlamentar irritou a oposição. Após a confusão, a sessão foi suspensa por cinco minutos por determinação do presidente do colegiado, Arthur Maia (União-BA), e retomada em seguida.

Quem é o ex-diretor da PRF

Silvinei Vasques é investigado pelo Ministério Público Federal devido a uma operação da PRF realizada, no domingo das eleições presidenciais, nas estradas. O ex-diretor-geral também chegou a ser intimado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para esclarecer as operações policiais relacionadas ao transporte de eleitores no segundo turno das eleições.

A PRF realizou mais de 500 operações no transporte de eleitores, que foram suspensas após pedido da Justiça Eleitoral.

De acordo com o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, as operações não impediram eleitores de chegarem aos seus locais de votação.

Ex-diretor da PRF e natural de Ivaiporã, no Paraná, Silvinei Vasques faz parte dos quadros da PRF desde 1995 e já exerceu atividades de gerência e comando em diversas áreas do órgão.

Ele foi superintendente nos Estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro, e atuou como Coordenador-Geral de Operações. Também foi Secretário Municipal de Segurança Pública e de Transportes no município de São José, em Santa Catarina, em 2007 e 2008.

Ele assumiu o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em abril de 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro. A exoneração aconteceu em 20 de dezembro. (Metrópoles)