A fala do presidente estadual do PDT põe fim a especulações de que o partido estaria negociando pastas no primeiro escalão do governo de Carlos Brandão (PSB), após longo período de distanciamento. Em 2022, Weverton travou um disputa interna com Brandão para ser o candidato do grupo, não obteve êxito, abriu dissidência, lançou sua candidatura ao governo, foi derrotado no primeiro turno e passou a fazer oposição, ainda que de forma tímida.
O senador foi bem claro na entrevista ao afirmar que o PDT não pretende compor com o governo, muito menos indicar secretário, conforme vinha sendo especulado, porém disse que torce para que o governo do Maranhão avance em questões nacionais e defendeu a união dos partidos que apoiam o presidente Lula. Segundo o pedetista, se o grupo governista se manter unido em torno do presidente não haverá divisão.
Candidato à reeleição, Weverton Rocha, seguindo orientação do presidente Lula, se reaproxima do Governo do Estado com esperança de compor a chapa da aliança governista para Senado com Brandão (são duas vagas em disputa), tendo Felipe Camarão como candidato a governador. O problema é que outros dois candidato à Câmara Alta do Congresso Nacional, a senadora Eliziane Gama (PSD) e o ministro do Esporte André Fufuca (PP) também esperam contar com o apoio de Lula.
Na entrevista do presidente do PDT ficou patente que existe um senso comum entre os políticos do Maranhão: a reunificação da aliança governista tem condições de eleger o governador e os dois senadores e quem estiver fora dela dificilmente logrará êxito em seus projetos políticos para 2026, caso contrário, o jogo não terá favorito e estará aberto a outras alternativas
Weverton sabe perfeitamente que somente terá condições de renovar o mandato se estiver no grupo com Camarão, Brandão e aval do líder petista. O problema é que a senadora Eliziane Gama, que já lançou sua candidatura à reeleição, disse o presidente teria compromisso com ela e Fufuca se aproxima cada vez de Lula e também articula para ter o apoio do presidente.