De acordo com o requerimento, Professor Lisboa relatou que houve um apagão de energia durante o horário de votação, o que teria causado a troca de urnas eletrônicas e lentidão no processamento dos votos em determinadas zonas e seções eleitorais. As zonas e seções envolvidas são: Zona 076, Seção 0461; Zona 002, Seções 081, 082 e 083; e Seção 119, além da mencionada Zona 179, Seção 424, que, posteriormente, foi verificado que não existe.
O pedido foi inicialmente encaminhado à 89ª Zona Eleitoral de São Luís, onde o juiz Mário Prazeres Neto constatou que as seções mencionadas no requerimento não pertencem à jurisdição da referida zona eleitoral. Além disso, foi observado que não existe a Zona Eleitoral 179, mencionada na petição de Professor Lisboa.
Diante dessa constatação, o juiz declinou da competência para processar e julgar a ação e determinou a redistribuição do caso para o juízo eleitoral competente. Além disso, na sua petição inicial, não foi anexada a procuração de advogado para o candidato. Diante disso, a juíza da 76ª Zona Eleitoral, Patrícia Marques Barbosa, deu um prazo de cinco dias para a apresentação da procuração, sob pena de extinção do processo.
Em suas redes sociais, o candidato a vereador Professor Lisboa, falou da sua participação nas eleições de 2024 em São Luís, destacando a transparência e a honestidade de sua campanha. Mesmo com uma votação baixa, Lisboa ressaltou que sua trajetória foi marcada por integridade, em contraste com o que chamou de “compra desenfreada de votos” que teria ocorrido na cidade. Sem ceder a práticas ilícitas, ele reafirmou seu compromisso com a ética e agradeceu aos eleitores que o acompanharam durante a campanha.
“Eu fui, sou e sempre serei o mesmo professor Lisboa. Com mandato ou sem mandato. Minha vida, minha moral, minha consciência jamais serão conspurcadas”, finalizou Lisboa.
Professor Lisboa faz parte da chapa de vereadores do Podemos e obteve 846 votos no último dia 6 de outubro. A polêmica envolvendo a chapa do Podemos em São Luís ganhou destaque após uma matéria da Folha do Maranhão revelar, com exclusividade, que uma candidata do partido recebeu R$ 300 mil do Fundo Eleitoral, mas obteve apenas 18 votos. Diante da suspeita de uso da candidata como laranja, verificou-se que Brenda Carvalho teve seu maior gasto de campanha com materiais gráficos, contratados da empresa KM Produções e Eventos Ltda., do empresário Kleber Moreira Neto. A empresa, responsável por serviços de marketing político e publicidade, foi contratada de maneira suspeita, levantando questionamentos sobre o uso dos recursos de campanha. O candidato Professor Lisboa também utilizou os serviços da empresa, gastando cerca de R$ 136.500,00.