O ex-secretário de Estado da Segurança Pública do Maranhão e ex-deputado estadual, Dr. Cutrim concedeu entrevista nesta sexta-feira, 17, ao Programa Conversa Franca, na Rádio Web Interativa, onde falou sobre diversos temas relacionados ao atual cenário da Segurança Pública no estado maranhense.
Para o ex-parlamentar, gabaritado na área, a falta de gestão nos últimos anos, foi o principal foco para os gargalos presentes no atual momento que enfrenta o sistema de segurança pública do Maranhão.
Diante da tribulação com falta de estrutura, de pessoal e do sucateamento latente, o setor encara um movimento de delegados, que Dr. Cutrim classificou como inoportuno, e que essas ações desagregam a Polícia Civil, que segue em situação delicada.
O experiente delegado da Polícia Federal apontou, que é imprescindível que as polícias civil e militar sejam valorizadas, mas que diante do cenário financeiro adverso que o estado atravessa, não é possível atender todos os pleitos da categoria.
Dr. Cutrim destacou, que o governador Carlos Brandão herdou do ex-governador Flávio Dino, hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, um estado quebrado e com muitos problemas, entre eles no setor da segurança pública.
Ainda, o ex-secretário externou que entende como ilegal o movimento dos delegados, que tem assinado portarias, o que ele classifica como algo fora das atividades destes profissionais e que fere a lei.
’’Se olharmos as hierarquias das leis. Quem assina decreto é governador, presidente da república e prefeito. Quem assina as portarias, os ministros e secretários de estados. Quem expede instrução normativa delegado geral. O delegado não tem poder, nem atribuição para assinar portaria’’, destacou.
Dr. Cutrim foi enfático ao destacar ao apontar meios para que a atual gestão reoxigene o sistema de segurança pública do Maranhão. Ele destacou que apesar de no momento o governo não poder atender essas demandas financeiras existem outros mecanismos que podem ajudar a valorizar os profissionais da segurança pública do Maranhão.
O ex-deputado criticou os dois últimos ex-secretários de segurança pública, que no seu ponto de vista falharam e cometeram atos de improbidade administrativa e contribuíram para o esfacelamento do sistema.
Com informações do Jornal Itaqui Bacanga