Em mais um episódio de uma série de denúncias feitas contra o deputado federal maranhense Josimar Maranhãozinho e o vereador Renato dos Santos Lima Filho, o Renatinho, a reportagem chegou, desta vez, a um contrato milionário fruto de convênio federal celebrado via Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba – CODEVASF.
Referente à execução de obras de pavimentação asfáltica, o convênio foi firmado com o município de Maranhãozinho em dezembro de 2019, com valor global de R$ 4,7 milhões, conforme aponta dados do Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse – SINCOV.
À época, a Companhia era comandada por João Francisco Jones Fortes Braga, aliado de primeiro escalão de Josimar.
Jones, conforme noticiou a imprensa nacional, chegou empenhar R$ 75 milhões em favor de municípios controlados pelo parlamentar a partir de um esquema envolvendo a compra de emendas de outros parlamentares,. Entre os contemplados estavam as cidades de Zé Doca, Centro do Guilherme e Maranhãozinho,
Seguindo os passos do dinheiro público e realizando o cruzamento de dados, chegamos a Concorrência Pública Nª 002/2020, Processo Administrativo 038/2020, que teve como única participante e, portanto, vencedora, a empresa P R L Pereira, apontada como uma das principais integrantes o ‘consórcio empresarial’ criado pelo deputado federal para operar em prefeituras, e que é controlada pelo vereador Renato Filho. O contrato foi assinado em junho de 2020 pelo ‘testa de ferro’ e primo do vereador, identificado como Paulo Renato Lima Pereira.
Convênio federal de R$ 4,7 milhões pode ter sido ‘desovado’ através da P R L Pereira.
Apesar do serviço de alta complexidade em povoados do município, o prazo vigente das obras foi de apenas 180 dias, o que coloca em xeque sua real execução. Além disso, conforme apurou a reportagem, a empresa não teria qualquer capacidade técnica para executar os serviços por se tratar de mera fachada.
A principal suspeita é que a empresa tenha sido utilizada para ‘lavar’ o convênio através da emissão de notas fiscais frias. Vale lembrar, que toda essa trama aconteceu entre junho e dezembro de 2020, período em que os olhos estavam voltados ao combate à Covid-19, o que reforça a suspeita do desvio dinheiro público. Nas próximas matérias o blog trará mais detalhes sobre o caso, aguardem!.
…Empresa de fachada teria que executar obras de asfaltamento em nove povoados do município de Maranhãozinho.