O estudante de 18 anos, Vinícius Barros Macedo, em entrevista ao radialista Jorge Aragão, no programa Ponto Final, na rádio Mirante AM, falou sobre a emoção de ter passado em primeiro lugar no curso de direito da Universidade Federal do Maranhão e de ter tirado a maior nota do Enem em todo o Maranhão, obtendo uma média de 995.4.
Vinícius afirma que fez o Enem em 2019, mas apenas como treineiro, já que ainda estava no segundo ano. Ele chegou a passar no vestibular da UEMA também para Direito, mas o sonho era mesmo ingressar na Universidade Federal do Maranhão.
“A UFMA sempre foi o meu sonho, então passar para a UFMA tem um emoção diferente, porque é a federal, é o Enem, é o Sisu, é uma estrutura muito maior, o esquema para a matrícula é muito maior. Tem uma pressão diferente. Mas não vou mentir que por ter passado na UEMA antes, eu já tinha um sobreaviso, um descanso”, disse Vinícius.
Sobre a nota, o estudante disse que foi uma surpresa, pois as notas dos cursos de medicina costumam ser as mais altas no Sisu.
“Não esperava, até porque o meu curso não é o mais concorrido. Medicina é muito mais concorrido. Foi uma surpresa, sinceramente. Geralmente os primeiros lugares de medicina alcançam pontuações altíssimas, como alcançaram esse ano também. Então, não era esperado de jeito nenhum”, acrescentou.
Vinícius também analisou o cenário da educação no período de pandemia, ele revela que apesar das medidas restritivas e as aulas em sistema remoto, foi um momento de mais estudo e novos aprendizados, como no uso do computador.
“Há males que vem para o bem. Apesar dos pesares, apesar da pandemia, da restrição de aula, mais tempo em casa, significou no meu caso, mais tempo de estudo, mais tempo de foco, mais tempo para questões, porque o deslocamento para o colégio já é um tempo perdido, então para mim foi um tempo ganho, o tempo de ficar em casa. No final, a pandemia, apesar dos pesares para mim, significou uma melhora, até porque eu aprendi a mexer com a questão do computador que eu não era tão ligado, aprendi a estudar pela internet, por PDF, por site de questão, que eu não era adepto. Foi razoavelmente bom até certo ponto, porque a ausência de aula presencial, uma quebra no terceiro ano, de início eu senti muito. De início era um caos, ninguém sabia como era, ninguém tinha paciência de ficar três, quatro horas sentado, vidrado, anotando. Então é uma aula em cima da outra”, avaliou Vinícius.
O jovem estudante também destacou a necessidade de investir na educação do Maranhão, para que os estudantes maranhenses possam brigar em pé de igualdade com os candidatos de outros estados.
“Agora é necessário investir aqui, na educação daqui, para que a gente suba de nível e que o estudante maranhense deixe de brigar somente pela UFMA, por exemplo, e passe a brigar também em outras universidades”, destacou Vinícius. Clique aqui e ouça a entrevista completa