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sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Oposição a Brandão já contabiliza nove deputados na Assembleia Legislativa


A tumultuada votação de projetos de lei enviados pelo Executivo nesta quinta-feira (21), primeira de maior destaque após a dividida votação para a presidência da Casa, revelou as novas dimensões da oposição ao governo de Carlos Brandão (PSB) na Assembleia Legislativa do Maranhão.

Se o governador, até o início de 2023, orgulhava-se da unanimidade e, já neste ano, passou a contabilizar o apoio de 41 dos 42 parlamentares, bastou uma semana para o salto ao número de nove parlamentares posicionados de forma contrária aos interesses dos Leões.

A conta é feita pelo primeiro a “desertar”, o deputado estadual Wellington do Curso (Novo). “Gestão Brandão iniciou oposição, unicamente, com Wellington do Curso. E agora, somam-se mais 8: Othelino Neto, Fernando Braide, Rodrigo Lago, Carlos Lula, Júlio Mendonça, Leandro Bello, Francisco Nagib e Ricardo Rios”, escreveu o parlamentar no grupo de WhatsApp oficial do Marrapá.

Antes, Wellington rememorou a situação em cada um dos dois períodos de Flávio Dino à frente do Executivo estadual. “Na época de Flávio Dino chegou a ter 7 na oposição: Wellington do Curso, Andréa Murad, Sousa Neto, Adriano Sarney, Edilásio Jr, César Pires e por último Eduardo Braide (após negarem a 1º Vice-presidência em detrimento de Othelino). Em tempo, Eduardo Braide era líder de Flávio Dino na Alema, antes do desentendimento pela vaga na mesa diretora”, observou.

“2º Mandato de Flávio Dino sobrou: Wellington do Curso, Adriano Sarney e César Pires”, rememorou o parlamentar.

O número, que já é suficiente para, por exemplo, a formação de um bloco parlamentar, pode representar dores de cabeça adicionais ao Executivo, caso continue mantendo o ritmo de crescimento.

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Josimar deve reforçar oposição a Flávio Dino na AL


O governo de Flávio Dino (PSB) deverá ter, a partir da sessão de hoje na Assembleia Legislativa, sete deputados compondo oposição na Casa. Até antes da operação Maranhão Nostrum, do Ministério Público Estadual, o Palácio dos Leões – desde 2015 – na verdade tinha de fato seis parlamentares no campo opositor a Dino. Em 2018, reduziu pela metade.Por divergências com Josimar de Maranhãozinho (PL), governador vai ter oposição maior no Legislativo Municipal.

Desde o fim de setembro, que o presidente estadual do PL e deputado federal Josimar de Maranhãozinho vem ensaiando sua saída do grupo governista.Por ser pré-candidato ao governo do Maranhão e perceber que não se encaixa entre os nomes de pré-candidatos palacianos, Maranhãozinho já indicava o desembarque do grupo de Flávio Dino.

Com a operação Maranhão Nostrum, que ocorreu dia 2 deste mês e teve Josimar e aliados como alvo, o presidente do PL decidiu assumir a postura mais clara de atacar o governo de Flávio Dino.

Com a narrativa de que a operação do Ministério Público teve motivação política, Maranhãozinho vem criticando os índices sociais e econômicos do governo maranhense e criticou o governador Flávio Dino no episódio do discurso do socialista em Chapadinha contra a prefeita da cidade, Belezinha (PL).

Esta postura de Josimar de Maranhãozinho deverá ser repetida pelos quatro deputados estaduais do PL na Assembleia Legislativa.A esposa do deputado federal, Detinha, Vinícius Louro, Leonardo Sá e Hélio Soares deverão mudar o tom em relação ao Palácio dos Leões.

Vinícius Louro já até iniciou na semana passada quando foi a tribuna da Casa criticar a operação do MP junto com a Polícia Civil.

O que me chama a atenção, senhores deputados, é que, depois desses dois grandes eventos, depois do crescimento do deputado federal Josimar de Maranhãozinho ao Governo do Estado do Maranhão, acontece essa operação.O que eu entendo é que um deputado estadual para se ter uma ordem expedida para invadir a sua residência tem que ser por meio do Tribunal de Justiça, um deputado federal para ter uma ordem pra invadir a sua residência tem que ser por meio do Supremo Tribunal.E ali entraram por meio de um juiz singular”, disse o parlamentar.

Reunião

Sobre a posição da bancada do PL na Assembleia Legislativa, que já faz parte de um bloco junto com o Republicano, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho disse a O Estado que vai reunir hoje com os quatro deputados para bater o martelo sobre a posição a ser adotada.

Ainda segundo ele, o encaminhamento do PL é exatamente de se tornar oposição ao governo Flávio Dino.

sexta-feira, 30 de julho de 2021

De como Flávio Dino controla até os passos da oposição para 2022

Conduzindo como quer as ações dos principais candidatos do governo à sua sucessão – inclusive a do ex-prefeito Edivaldo Júnior, que nem filiado é mais à sua base – governador impõe também aos partidos oposicionistas uma pauta que o beneficia diretamente no processo


Dois fatos ocorridos na semana passada demonstram que o governador Flávio Dino (PSB) tem o controle absoluto de sua base e manipula como quer as cordas do processo eleitoral de 2022 no Maranhão:

1 – Principais pré-candidatos governistas, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT) – obrigados a assinar um “pacto” – são conduzidos pelo próprio Dino, que controla suas ações e impõe aos dois uma agenda comum “e sem brigas”, como a ocorrida no interior, no fim de semana;

2 – Mesmo impondo a Brandão e Rocha um “pacto” obrigatório, Dino recebeu o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD) – que não assinou pacto algum e nem mais faz parte de sua base – acatando sua candidatura a governador por um partido de oposição, o que diminui os dois governistas, em troca do apoio ao seu projeto senatorial.

Mas se controla com mão de ferro aliados e “ex-aliados”, a força de Flávio Dino se revelou ainda maior com outros dois fatos, também ocorridos semana passada, mas protagonizados pela oposição:

1 – Após noticias dando conta de que a Justiça Eleitoral irá analisar o processo de cassação de Flávio Dino – pela chamada “farra de capelães” – o MDB, partido hoje presidido pela ex-governadora Roseana Sarney, apressou-se em emitir nota “esclarecendo” que nada tinha a ver com o processo;

2 – Tão logo soube da reunião a portas fechadas de Dino e Edivaldo, o blog Marco Aurélio D’Eça contatou o presidente do PSD, Edilázio Júnior, que admitiu a possibilidade de a chapa de Edivaldo não ter candidato a senador; o ex-prefeito é, agora, uma espécie de candidato “por fora” da base dinista, condição que não foi dada aos demais nomes governistas.

Se isolados, estes fatos já são quase um tratado de força política; em conjunto, mostram o tamanho do poder de Flávio Dino.

Se for mesmo disputar a eleição de senador, Flávio Dino tem apenas pouco mais de oito meses de mandato; mas a tranquilidade com que controla todos os passos de sua sucessão – conduzindo governistas e oposicionistas – faz parecer que ele acabou de assumir o governo.

Não há na história do Maranhão nenhuma liderança que chegou ao final do mandato com tanta força popular – a ponto de não ter adversário para concorrer à vaga que ele escolheu disputar – e tanto vigor político, controlando quem é quem em seu governo e como deve agir a oposição.

Sem adversário para o Senado, decidindo os rumos da sucessão entre governistas e oposicionistas, Flávio Dino deve chegar a 2022 como o maior líder da história maranhense.

Com essas condições que lhe são concedidas por aliados e adversários, pode se tornar o senador mais votado da história, tendo ao seu lado o governador que ele quiser eleger.

E com uma oposição do tamanho que ele quiser.

Por Marco Aurelio D`eça

domingo, 25 de julho de 2021

Oposição? Edilázio Júnior e PSD enfrentam dificuldades com Edivaldo


O deputado federal Edilázio Júnior, presidente estadual do PSD tem que resolver e/ou tentar conviver com algo indigesto para as eleições do ano que se aproxima.

O parlamentar é árduo opositor do governador Flávio Dino (PSB) e não abre mão desse posicionamento.

Além de ser integrante familiar do grupo Sarney na política do Maranhão, Edilázio mantém postura contrário ao governo Dino – entre tantos motivos – porque tem convicção que o governador interferiu por duas vezes consecutivas (2017 e 2019) na eleição do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) em movimentos de bastidores que não permitiram sua sogra, a desembargadora Nelma Sarney, vencer a disputa pela presidência do Palácio Clóvis Bevilácqua.

Portanto, a oposição do comandante do PSD estadual em relação ao Palácio dos Leões é algo pessoal e irreversível.

Porém, dada a dinâmica da política, o pré-candidato a governador do partido de Edilázio é intimamente ligado a Flávio Dino.

Embora estivessem distantes desde o segundo turno das eleições de 2020, semana passada o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior esteve no Palácio dos Leões reunido com o governador do Maranhão em encontro não divulgado pela imprensa e, na oportunidade, deixou muito claro que irá votar com Dino para o senado na eleição de 2022.

O Blog teve conhecimento que nessa reunião também estava presente o presidente estadual do PCdoB, Márcio Jerry. Diante disso, ficam alguns questionamentos:

Como será desbaratado esse nó na eleição do próximo ano?

Como Edilázio irá conciliar essa situação?

Existirá relação de confiança entre o presidente do PSD e o candidato a governador do partido?

Domingos Costa

terça-feira, 6 de julho de 2021

União da Oposição pode impor derrota a grupo de Dino em 2022


Uma leitura que precisa ser feita após a divulgação das últimas pesquisas eleitorais, é que uma unidade de oposicionistas pode impor uma nova derrota ao grupo político de Flávio Dino, agora em 2022.

A ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que não pretende disputar a eleição para o Executivo, é quem lidera todos os levantamentos. Sendo assim, será fundamental em comandar esse processo de unidade da Oposição.

A Oposição deve ganhar um novo e fortíssimo aliado, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, deve ser anunciado no PSD, partido comandado pelo deputado federal Edilázio Júnior.

Edivaldo tem sido uma grata surpresa nas pesquisas, já que mesmo sem atravessar o Estreito dos Mosquitos e sem jamais ter dito que disputaria o Palácio dos Leões, vai pontuando bem.

O ex-prefeito da capital, no cenário espontâneo da pesquisa Escutec, onde não são apresentados nomes aos eleitores, aparece em terceiro, mas que na realidade é primeiro, já que os dois que estão na sua frente são Roseana e o governador Flávio Dino. Uma não deve disputar e o outro não pode. No cenário estimulado, Edivaldo aparece em terceiro, atrás de Roseana que lidera com folga. 

Além disso, é preciso lembrar que o atual prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos), não é do grupo político de Flávio Dino. Braide ainda pelo efeito do pleito eleitoral do ano passado e pelo excelente início de gestão, transformando São Luís na capital brasileira da vacinação, é outro nome decisivo para as eleições do ano que vem. O prefeito já disse que não vai disputar este ano o Governo do Maranhão, mas um apoio seu será fundamental para o pleito, afinal a capital sempre tem um peso diferenciado nas eleições estaduais.

Somando-se a isso uma ruptura, praticamente inevitável, do grupo político de Flávio Dino e uma unidade de oposicionistas, a Oposição tem totais condições de vencer a eleição para o Governo do Maranhão, basta ter maturidade e ausência de vaidade.

segunda-feira, 19 de abril de 2021

Oposição pode reunir até 7 partidos contra grupo dinista em 2022

Os deputados Adriano Sarney, Dr. Yglésio, Wellington do Curso e César Pires iniciaram diálogo com grupos não-alinhado ao dinismo ou pelo menos mais independente.

Enquanto o grupo do governador Flávio Dino (PCdoB) ainda bate cabeça para definir um candidato ao Governo do Estado, a oposição ao governo comunista vem aos poucos se alinhando em torno de um projeto comum: chegar, de forma decisiva, ao segundo turno em 2022.

Com este foco, já há lideranças de pelo menos sete partidos, como MDB, PV, PTB, PL e PSD, além de partidos de média estrutura, como PSC e Podemos.

Para efeito de comparação, se houver composição em torno de um único candidato, o grupo já reúne mais partidos que o senador Weverton Rocha (PDT), pré-candidato mais bem viabilizado no grupo dinista.

As conversas já envolve ao menos quatro pré-candidatos a governador: a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), o senador Roberto Rocha (sem partido), deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) e o prefeito Lahésio Bonfim (sem partido).

Além deles, a oposição pode reunir em torno de um candidato lideranças do porte da ex-governadora Roseana Sarney (MDB), deputados federais como Edilázio Júnior (PSD), Aluísio Mendes (PSC), Hildo Rocha (MDB) e prefeitos com repercussão estadual, do porte de Maura Jorge.

Na Assembleia, um bom grupo de parlamentares – com nomes do peso de Adriano Sarney (PV) César Pires (PV), Wellington do Curso (PSDB) e Dr. Yglesio (PROS) – sonha com a consistência de um grupo não-alinhado ao dinismo; ou pelo menos mais independente.

Para forçar um segundo turno, a reunião de sarneysistas e bolsonaristas em torno de um projeto único tem um objetivo claro: aproveitar-se do racha – ou da falta de consistência do candidato dinista.

Nesta hipótese, poderão disputar efetivamente contra o legado do atual mandatário.

Ou influenciar de forma decisiva a disputa entre dois oriundos do dinismo.