Gramado do Castelão custa ao governo Dino o dobro do gasto no Maracanã do RJ

O custo de manutenção e conservação do gramado do Castelão é superior a R$ 1,3 milhão. Para piorar a situação, o campo é considerado um dos piores do Brasil por jogadores e técnicos dos clubes que disputam o Campeonato Brasileiro da Série B.

Segundo o Diário Oficial do governo, o preço exato do contrato, firmado entre a Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel) e a empresa B M de Almeida Eireli, é de R$ 1.342.113,04 (um milhão, trezentos e quarenta e dois mil, cento e treze reais e quatro centavos).

Após ver a matéria do jornalista Daniel Matos, fiz uma pesquisa para saber se o valor era realmente elevado. Em termos comparativos, o governo Flávio Dino está gastando o dobro do que é investido anualmente para manter o gramado do estádio do Maracanã, um dos maiores do Brasil. Atualmente o custo do estádio carioca é cerca de R$ 700 mil por ano.

O fato é que se Flávio Dino usar o gramado do Castelão criar custos de R$ 1 milhão, R$ 5 milhões, R$ 10 milhões ou R$ 1 bilhão, nada vai acontecer. Nem Ministério Público e muito menos a Justiça irão fazer algo. Nunca antes na história do Maranhão um governo foi tão livre para “gastar” o dinheiro do pagador de impostos das formas mais irresponsáveis possíveis.

Cachoeira Grande e Presidente Juscelino ¨torram¨ R$ 2 milhões com informática e eventos

Levantamento realizado mostra que, a empresa W V Lopes Filho, sediada no bairro da Forquilha, em São Luís. A empresa que trocou de nome para WR Enterprise Eireli, vem faturando alto com a venda e manutenção de peças de informática para as prefeituras de Cachoeira Grande e Presidente Juscelino.

Ainda de acordo com o levantamento, a empresa tem como sua principal atividade os serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas. De acordo com dados da Receita Federal, a empresa está em nome de Waldimar Viana Lopes Filho, morador do Iguaíba, bairro sediado no município de Paço do Lumiar, região da grande ilha de São Luís.

Waldimar Viana Lopes Filho, responsável pela empresa, ganhou 4 contratos e em cada, ambos para fechados pelas secretárias de administração.

O levantamento da Folha aponta também que, os contratos foram fechados com dois dias de diferença em cada cidade, sendo no dia 17/05 no município de Presidente Juscelino e 19/05 no município de Cachoeira Grande.

Outro fator que chama atenção é a escrita em ambos os contratos, praticamente idênticas, inclusive com o número de pregão presencial 012/2021. Com as minutas dos contratos parecidas, a empresa no intervalo de dois dias praticou preços diferentes em ambos os contratos.

No dia 17/05, a empresa informou em seu contrato com o município de Presidente Juscelino que a manutenção do computador seria R$ 190,00, porém a empresa dois dias depois cobrou R$ 229,00 para a prefeitura de Cachoeira Grande, pelo mesmo serviço. Outra divergência, é a manutenção de impressoras multifuncionais, o valor em Presidente Juscelino foi de R$ 150,00, quanto para Cachoeira Grande foi R$ 196,00, e assim é quase todos os preços da empresa nos dois contratos.

A WR Enterprise Eireli já teve envolvida em outra polêmica, a empresa foi contrata para realizar uma pesquisa eleitoral durante as eleições municipais no município de Santa Luzia. A pesquisa eleitoral com o número de registro MA-08755/2020 e foi registrada no dia 1 de agosto do ano passado. Ao todo, a pesquisa entrevistou 423 pessoas, onde foi questionado a preferência do eleitorado para o município de Santa Luzia. A pesquisa custou o valor de R$ 7.000,00.

Waldimar Viana Lopes Filho é uma espécie de produtor de eventos, que realiza shows e intermedeia contratações de atrações artísticas para algumas prefeituras do Maranhão. Apesar de sua empresa ter como principal atividade a realização de eventos, a W V Lopes Filho tem pelo menos 35 atividades secundarias onde ela opera em algumas prefeituras do Maranhão.

Nos perfis das redes sociais, Waldimar Viana Lopes Filho faz questão de exibir a sua aproximação com artistas em eventos supostamente realizados por ele.

Tentamos entrar em contato com o empresário Waldimar pelo número fornecido no site da Receita Federal, porém não fomos atendidos.