De acordo com o que se diz nos bastidores, Flávio Dino tenta convencer os partidos a apoiar a candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB); mas, faltando 1 ano e quatro meses para as eleições, apenas três das 16 legendas tendem a seguir com o tucano: o PCdoB, o PT e o próprio PSDB.
Todos os demais já estão com projetos definidos, como se pode ver abaixo:
1 – PDT, DEM, PSB, PSL, Cidadania e PRB tendem a seguir com o senador Weverton Rocha.
Apoiado também pelos presidentes da Assembleia, da Famem e da Câmara Municipal, o senador pedetista tem alinhamento com prefeitos de São Luís, Imperatriz, Timon, Balsas, Pinheiro e Bacabal, alguns dos maores colégios eleitorais do estado.
Mas ainda depende de espaços de poder no próprio governo Dino, o que pode levar a perdas de apoio diante de um eventual atropelo da máquina, como pregam os aliados de Brandão;
2 – PL, Avante e Patriotas pertencem ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho.
O parlamentar controla com mão de ferro 40 prefeituras maranhenses e o mandato de quatro deputados federais: Júnior Marreca (Patriotas), Júnior Lourenço (Avante), Pastor Gil (PL) e Paulo Marinho Jr. (PL); além disso, controla deputados estaduais e vereadores em diversos municípios.
Contra Josimar pesam as ações da Polícia Federal contra ele e contra o seu grupo, além das especulações de que ele negocia apenas garantias para fechar com Brandão em melhores condições.
3 – PP e PROS ainda não fecharam nenhum apoio.
Os partidos comandados no Maranhão pelos deputados federais André Fufuca e Gastão Vieira, respectivamente, seguem ainda sem definição; mas articulam fortemente com o senador Weverton, que já tem, inclusive,m garantia dos comandos nacionais para a aliança.
Embora se reúna sistematicamente com Weverton, Fufuca insiste em dizer que ainda segue ouvindo as bases do PP; Gastão Vieira, por sua vez, tem proposta de seguir para o PSL.
4 – PTB deve seguir com Bolsonaro e se oferece a Edivaldo Jr.
O partido hoje comandado pela deputada estadual Mical Damasceno já ofereceu legenda ao ex-prefeito de São Luís, desde que ele aceite ser candidato alinhado ao bolsonarismo, o que. em última análise nem seria problema para um político sem nenhuma consistência ideológica.
Contra Edivaldo pesam mesmo o fato de ele não construir um grupo consistente, ter abandonado seus aliados nas eleições de 2020, ter um legado de obras e serviços frágeis e, agora, as ameaças nacionais a suspeitas de corrupção em sua gestão.
5 – O Solidariedade já lançou a candidatura de seu presidente, Simplício Araújo.
O secretário de Indústria e Comércio é o maior símbolo da fragilidade da candidatura de Brandão dentro do governo Dino. Simplício questiona a força do Palácio dos Leões, os apoios políticos e a força do dinheiro nas eleições. E diz que é preciso “Vossa excelência,. o povo”,s e manifestar.
Contra estes argumentos pensam o fato de que os mais próximos de Dino pregam exatamente que ele imponha o nome do vice-governador, sem levar em consideração a base política e muito menos a manifestação do povo, medida por meio das pesquisas.
E é assim que se encontra neste momento da pré-campanha a base político eleitoral do governador Flávio Dino e o principal motivo pela qual ele decidiu cancelar a reunião que teria com os partidos desta segunda-feira.
Com informações do Blog do Marco D`eça