quarta-feira, 2 de junho de 2021

Lira descarta aceitar impeachment de Bolsonaro


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), descartou, nesta terça-feira (1º), a possibilidade de aceitar um pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em entrevista a uma emissora de rádio, Lira destacou que Bolsonaro conta com “apoio em todas as matérias” na Câmara e no Senado:

“O Brasil não tem essa instabilidade política. Há apoio para o presidente em todas as matérias, principalmente na Câmara e no Senado, sobre o tema das reformas estruturantes, as reformas que tramitam nesta Casa.”

Questionado sobre as dezenas de pedidos de impeachment da oposição contra Bolsonaro, o presidente da Câmara descartou:

“Não vejo condições atualmente, e falo isso com muita transparência, de que existam essas condições hoje no Brasil que deem margem a um pedido de impeachment.”

Lira ainda minimizou a conexão entre os protesto da esquerda do último fim de semana com o possível avanço de um processo de impeachment:

“Não é uma caminhada de um grupo numa semana ou a caminhada de outra parcela na outra que vai fazer com que isso ande nesta Casa.”

De acordo com a avaliação de Lira, o quadro tem que ser “muito mais amplo” e não há, neste momento, “a necessidade, nem oportunidade nem a conveniência” de se aceitar um pedido de impeachment.

Roseana em contagem regressiva para assumir comando do MDB

Roseana e o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi

O braço maranhense MDB deve marcar para meados de junho a convenção extraordinária por meio da qual a ex-governadora Roseana Sarney assumirá a presidência do partido no estado, mantendo isolado na vice-presidência, como prêmio de consolação, o deputado Roberto Costa, que tem travado uma queda de braço com os cardeais do partido por defender um alinhamento do partido com o governo Flávio Dino.

A mudança vem sendo discutida desde o inicio do ano e nesta semana as reuniões se intensificaram em Brasilia para definir a composição dos demais membros da Executiva Estadual e de como o partido vai se posicionar nas eleições de 2022.

Apesar de se colocar como o principal articulador da legenda, Roberto Costa foi excluído destas reuniões que foram realizadas na residência do ex-presidente José Sarney e que contou com presença do presidente nacional do MDB e deputado federal, Baleia Rossi.

Diante disso, fica notório que o grupo que sempre deu as cartas na legenda perderá influência e chega ao fim após três décadas presidido pelo ex-senador João Alberto, o mais longevo chefe partidário do Maranhão em tempos recentes.

Roseana Sarney tentou assumir o comando do MDB no final de 2018, após sofrer dura derrota nas urnas como candidata ao Governo do Estado. Naquele momento, a Ala Jovem do partido, que tentara impor um projeto mais arrojado de renovação partidária, reagiu negativamente, gerando uma prolongada crise nas fileiras emedebistas.

A conciliação começou em meados de 2019, quando a Ala Jovem lançou Roseana Sarney para a Prefeitura de São Luís. Ela não aceitou a candidatura, mas baixou a guarda para uma grande conciliação, que culminou no início do ano, quando um acordo lhe assegurou a presidência do partido a partir de junho.

Um dos itens do acordo é que Roseana Sarney suspenderá a aposentadoria para de novo encarar as urnas. Ela afirma o desesjo de concorrer a Câmara Federal, mas membros do MDB não descartam uma candidatura ao Governo do Estado ou ao Senado, diante das articulações que envolvem a formação de palanques para candidato a Presidência da República.

Dino anuncia suspensão de eventos e ponto facultativo na sexta-feira


O governador Flávio Dino (PCdoB) informou por meio de suas redes socais o lançamento de novos decretos suspendendo eventos entre quinta-feira (3) e domingo (6), além de anunciar ponto facultativo na sexta-feira (4), para o serviço público.

“Editei decreto agora suspendendo eventos do governo do Estado entre quinta e domingo. Sexta será ponto facultativo no serviço público estadual. Sobre eventos privados e municipais, cada prefeito vai tratar de acordo com a situação da sua cidade, observadas regras gerais estaduais”, escreveu Dino.

O governador afirmou que vão continuar as fiscalizações visando o cumprimento dos protocolos sanitários e que cada prefeitura também pode exercer a fiscalização sanitária.

Os números de casos de Covid-19 voltaram a subir no Maranhão. Subiu para 26.598 pessoas com o vírus ativo no Estado.


CPI da Covid: Eliziane Gama fará parte do G7


Conhecido como “G7”, o grupo majoritário de integrantes da CPI da Covid, formado por senadores de oposição de independentes, ganhou uma integrante da bancada feminina.

Nesta quinta, depois de uma reunião com o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) selou a participação nas reuniões do time que dá as cartas na CPI, com o maior número de votos entre os 11 titulares da comissão. O blog presenciou o final da reunião.

“Eu tenho experiência em participação de CPIs como deputada estadual e como deputada federal”, disse Eliziane ao blog ao final do encontro com Aziz. Ela tem sido elogiada por colegas pela qualidade dos questionamentos que faz aos depoentes da CPI.

Na noite desta quinta, Eliziane já participou da reunião na casa do presidente da CPI. Mesmo sem voto, Eliziane, assim como suplentes da CPI, são considerados parte do núcleo decisório que tem traçado os caminhos da comissão, já que há titulares da CPI que não viajam a Brasília toda semana e participam de forma remota.

O G7 abarcava sete dos 11 senadores com voto na CPI. Eles se consideram independentes ou de oposição ao governo e tentam evitar que a CPI acabe em pizza. Aos poucos, foi recebendo suplentes, que votam quando os titulares não participam da sessão.

O grupo inclui Aziz, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Renan Calheiros (MDB-AL), Otto Alencar (PSD-BA), Humberto Costa (PT-PE), Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Rogério Carvalho (PT-SE).

Nas reuniões remotas dos finais de semana, que têm acontecido nos domingos pela manhã, as discussões ganham a participação de Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Eduardo Braga (MDB-AM).

Presidente da CPI diz ter provas suficientes para indiciar Bolsonaro


A cúpula da CPI da Covid alega já haver provas suficientes para acusar o governo de Jair Bolsonaro de não querer comprar vacinas para combater o novo coronavírus. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), disse que, com um mês de funcionamento, o colegiado conseguiu reunir evidências de que Bolsonaro seguia orientações de um “gabinete paralelo” ao Ministério da Saúde e agiu de forma “deliberada” para atrasar a compra dos imunizantes, apostando na chamada “imunidade de rebanho”.

Para Aziz, a CPI já tem motivos para pedir ao Ministério Público o indiciamento de agentes públicos por crime sanitário e contra a vida.

“Já temos provas suficientes de que o Brasil não quis comprar vacina. (…) Isso não tem mais o que provar. Tenha a certeza de que a CPI não vai dar em pizza”, disse o presidente da CPI, ao Estadão, sem dizer, no entanto, os nomes de quem deverá ser apontado como cúmplice da crise no país, sob o argumento de que, no comando da comissão, não pode fazer esse tipo de comentário. O senador afirmou, porém, ser impossível não responsabilizar Bolsonaro.

Na avaliação do senador, as ações do presidente contrárias ao isolamento social e ao uso de máscara de proteção mostram que ele estaria apostando na imunidade de rebanho e no tratamento precoce com medicamentos como a cloroquina.

“Essas duas coisas estão diretamente ligadas a ele. Não tem jeito. Ele [Bolsonaro] foi quem falou diretamente sobre cloroquina”, destacou.

terça-feira, 1 de junho de 2021

Ocupação de leitos de UTI para a Covid-19 ultrapassa 98%


A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) exclusivos para a Covid-19 na Grande Ilha ultrapassou os 98% nessa segunda-feira (31). Já em Imperatriz, segunda maior cidade do Maranhão, a ocupação é de 68,06%.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES), em hospitais dos quatro municípios da Grande Ilha (São Luís, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Raposa), dos 269 leitos, apenas cinco leitos estão livres.

Só na última semana, a média móvel de óbitos pela doença no estado subiu 28%, o que está atrás apenas do Roraima (32%) e Mato Grosso do Sul (48%). Já a média móvel de casos se mantém estável, após um período de queda, há duas semanas.


Taxa de ocupação de Leitos de UTI

Leitos de UTI para a Covid-19 na Grande São Luís

Total de leitos: 269
Leitos ocupados: 264
Leitos livres: 5
% de ocupação: 98,14%


Imperatriz

Total de leitos: 243
Leitos ocupados: 170
Leitos livres: 73
% de ocupação: 69,96%



Taxa de ocupação de Leitos Clínicos

Leitos clínicos para a Covid-19 na Grande São Luís

Total de leitos: 532
Leitos ocupados: 485
Leitos livres: 47
% de ocupação: 91,17%


Imperatriz

Total de leitos: 194
Leitos ocupados: 89
Leitos livres: 105
% de ocupação: 45,88%



Coronavírus no Maranhão

Com as 197 mortes registradas na última semana, o Maranhão é agora o terceiro estado com a maior média de óbitos por Covid-19 no Brasil.

O crescimento no número de óbitos pela doença acontece há duas semanas, após um período de queda, e coincide com a chegada do navio indiano Shandong Da Zhi, onde seis tripulantes testaram positivo para a variante indiana do coronavírus, que é mais transmissível.

No entanto, apesar do aumento dos óbitos e da interrupção na queda dos casos, o governo do Maranhão diz que ainda não foi verificada a transmissão local da variante indiana no estado.



Transferência de pacientes

O governador Flávio Dino afirmou, após reunião com representantes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário maranhense que, caso a quantidade de leitos para Covid-19 continue baixa, os pacientes da Grande São Luís devem começar a ser transferidos para outras regiões do estado.

Durante a coletiva, o governador disse que, no momento, ainda não há decisão de lockdown e esclareceu que a situação atual não deriva da cepa indiana, pois ainda não há evidência de transmissão local da nova variante da Covid-19 no estado. Na ocasião, o governador anunciou que as medidas restritivas de combate ao coronavírus permanecem as mesmas.

OMS inclui Coronavc em lista de uso emergencial contra a Covid-19


A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou a Coronavac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech, para uso emergencial, fazendo da vacina a segunda produzida na China a obter endosso da organização, informou a OMS nesta terça-feira (1°).

A lista de uso emergencial da OMS é um sinal para os reguladores nacionais sobre a segurança e eficácia de um produto. Ela também permite que a vacina seja incluída no esquema Covax, o programa global de fornecimento de vacinas principalmente para países pobres, que atualmente enfrenta grandes problemas de abastecimento devido à suspensão das exportações de vacinas pela Índia.

Em comunicado, o painel independente de especialistas recomendou a Coronavac, que no Brasil é produzida pelo Instituto Butantan, para adultos com mais de 18 anos, com uma segunda dose entre duas e quatro semanas depois da primeira.

Não houve limite máximo de idade, uma vez que os dados sugerem que é provável ter efeito protetor em pessoas idosas.

(Agência Brasil com informações da Reuters)