sexta-feira, 4 de junho de 2021

Flávio Dino pode se filiar ao PSB mesmo antes de PCdoB decidir sobre fusão


O governador do Maranhão, Flávio Dino, teve uma reunião com o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira. Dino publicou a foto do encontro em seu perfil no Instagram e disse que “a conversa foi sobre a conjuntura brasileira e os desafios políticos de 2021”. A pauta principal, porém, foi sobre a possível ida de Dino para o PSB.

A direção nacional do PCdoB não está convencida de que o melhor movimento do partido seja a da fusão da sigla com o PSB para a formação do Socialistas. Muitos veem esse movimento como de incorporação de uma sigla pela outra. A maior parte dos comunistas estaria defendendo a federação partidária e o PT teria aberto a possibilidade de construir esse arranjo com o partido.

Dino, porém, estaria convencido de que este movimento poderia demorar muito e quer resolver o quanto antes sua filiação para poder articular 2022.

Uma fonte próxima ao governador disse ao blogue que ele que antes condicionava sua ida ao PSB junto com todo o partido já estaria mudando de posição. “Ele não vai esperar eternamente a decisão da direção do PCdoB. Hoje, o mais provável é que vá para o PSB sozinho. É o mais provável, mas não significa que vá acontecer”, afirmou.

A mesma fonte disse que a ex-deputada Manuela D´Avila poderia seguir o mesmo caminho de Dino. Em contato com o blogue, Manuela negou. “Não é verdade o que só fonte disse, não estou essa cogitando a possibilidade de “ir para o PSB” e eu sou da direção do PCdoB e estou construindo as saídas com o meu partido para a situação que vivemos.

quinta-feira, 3 de junho de 2021

Bolsonaro prepara novo programa de transferência de renda


Não é preciso ser íntimo de Jair Bolsonaro para saber que ele só pensa na reeleição. “Você passou 30 anos votando em que tipo de gente? Quem não tá contente comigo tem Lula em 2022”, respondeu irritado, outro dia, a uma apoiadora que perguntou por que ele deixava “o povo sofrer”. Dias antes, já havia declarado: “O bandido foi posto em liberdade, foi tornado elegível, no meu entender, para ser presidente. Na fraude. Ele só ganha na fraude no ano que vem”.

O presidente gosta de dizer que não se importa com pesquisas nem entende de economia. Mas compreende muito bem onde o calo aperta, na hora do voto. Já disputou nove eleições e ganhou todas. E percebeu que, se quiser sair vencedor das urnas em 2022, precisará colocar a mão no bolso, ou melhor, no cofre.

Os resultados da última pesquisa Datafolha, que detectou vantagem de Lula contra Bolsonaro — num eventual segundo turno, o petista teria 41% dos votos e o presidente, 23% —, trouxeram dados enfáticos. Se a eleição fosse hoje, Lula teria 56% dos votos no Nordeste, 51% dos eleitores com ensino fundamental e 47% dos que têm renda familiar de até dois salários mínimos.

Estamos falando de um universo de 50 milhões de brasileiros, gente que sofreu seriamente o impacto da pandemia e foi socorrida pelo auxílio emergencial, que, pela regra atual, deverá pagar a última parcela em agosto. Apesar dos dados animadores de crescimento do PIB, o desemprego ainda é de 14,7% e atinge 14,8 milhões de pessoas. Outros 6 milhões são desalentados, que perderam os empregos, mas ainda nem sequer começaram a procurar nova ocupação.

É com esse contingente que Bolsonaro mais interage nas incursões que faz Brasil afora com os aliados do Centrão. Foram seus aliados que lhe expuseram a realidade crua, depois de observar a adesão às manifestações de rua do último fim de semana. Como a tragédia da Covid-19 derrubou o apoio ao governo na classe média, se quiser ganhar as eleições, Bolsonaro precisará ampliar o auxílio emergencial, além de marcar na memória desse público um programa de transferência de renda que carregue sua marca (e não a da herança petista).

Os detalhes do programa ainda estão em discussão. Por ora, só há consenso em torno do nome, Alimenta Brasil — mas quem conhece Bolsonaro sabe que, agora que foi revelado, esse nome pode acabar mudando. Para os magos eleitorais do Centrão, porém, o programa pode até se chamar “Bolsa Reeleição”, desde que o benefício seja polpudo — de preferência R$ 600 mensais por família, e não a média atual de R$ 250. Paulo Guedes já concordou em ampliar o auxílio enquanto durar a emergência da Covid-19, mas a meta dos parceiros de Planalto é ir com ele até o fim do mandato.

O que se verá nos bastidores daqui por diante, portanto, será um embate em torno do alcance e dos custos da “Bolsa Reeleição”. Não há grandes dúvidas sobre quem deverá prevalecer. “O que interessa é ganhar”, explicou nesta semana um dos pragmáticos representantes do Centrão raiz. “Para isso, Bolsonaro tem que usar uma arma que Lula não tem: ele ordena despesas”, finalizou didaticamente o aliado.

Não dá para dizer ainda quanto será gasto com o novo programa, mas o auxílio emergencial consumiu R$ 300 bilhões em 2020 —o equivalente a dez anos de Bolsa Família. Os economistas preveem que o governo terá uma folga de caixa no ano que vem, em razão do crescimento do PIB, do aumento da arrecadação e da inflação mais alta, que permite subir o teto de gastos na mesma medida. Ainda assim, a equipe econômica tem calafrios quando pensa no perigo de descontrole fiscal.

Há, ainda, outro risco importante. Embora ninguém discuta que a vulnerabilidade social no Brasil tenha aumentado imensamente na pandemia e que o governo precisa agir, é grande o temor de que, no afã eleitoreiro, abra-se apenas mais um guichê de distribuição de dinheiro, sem associá-lo a medidas e contrapartidas efetivas que ajudem a reduzir a desigualdade estrutural da sociedade brasileira — como o comparecimento escolar.

A resposta do Centrão para esse tipo de dúvida é curta e direta: sem programa, não tem reeleição. Além do mais, Bolsonaro não seria o primeiro presidente a sangrar o cofre pensando nas urnas. Fernando Henrique fez isso ao segurar o câmbio, em 1998, para deixá-lo flutuar três meses depois da vitória. O próprio Lula, engordando em quase 2 milhões de famílias o cadastro do Bolsa Família em 2006, último ano do primeiro mandato. E também Dilma Rousseff, ao liberar centenas de bilhões em desonerações fiscais em 2013.

Esse é o jogo, sempre foi, dizem os aliados. Para eles, não haveria por que não jogá-lo, tendo o cofre ao alcance da caneta Bic.

Braide se aproxima do PT e pode apoiar Lula em 2022


O vice-líder do Governo na Assembleia Legislativa, Zé Inácio (PT), deu o primeiro passo no sentido de buscar um possível apoio de Eduardo Braide (Podemos), para a candidatura a presidência da República de Lula em 2022. Em entrevista, o petista afirmou: “o Braide pode ser uma liderança também do estado, que possa vir a apoiar o presidente Lula”.

A fala de Zé Inácio foi feita quando questionado sobre os personagens que foram fundamentais na vitória de Braide para a disputa de prefeito em 2020. O deputado estadual reconhece que o PT optou por outro nome, mas segmentos do partido acompanharam o então candidato do Podemos e também ajudaram na vitória.

A relação entre PT e Braide é antiga. Desde 2016, quando eles ensaiaram uma aliança para a disputa de São Luís, mas que acabou não sendo consolidada.

Agora em 2022, Eduardo Braide terá uma possibilidade de reaproximação com o PT e pode ser o mais caminho mais certo, uma vez que as urnas podem colocar a esquerda de voltar ao poder da República e ficar no lado oposto ao futuro chefe da nação pode trazer dificuldades para uma possível reeleição em 2024.

Flávio Dino é recebido por Hamilton Mourão em Brasília


O governador Flávio Dino esteve nesta quarta-feira (2) em Brasília, onde, na condição de presidente do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, participou da reunião do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido por Hamilton Mourão, vice-presidente da República.

“Estive debatendo vários temas, entre os quais o chamado Plano Amazônia, que o vice-presidente Mourão tem tratado junto a grandes bancos brasileiros visando a obtenção de recursos para projetos de interesse da sustentabilidade”, explicou Dino.

O governador aproveitou para apresentar ao Conselho e ao setor privado o Plano de Recuperação Verde, documento elaborado pelos nove estados da Região Nordeste que visa exatamente fortalecer parcerias.

“Também conversamos sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), que é vital para que haja a regularização fundiária na região e com isso maior eficácia no combate ao desmatamento”, tema em que há grande preocupação do grupo, como destacou o governador do Maranhão.

Outro ponto de destaque, esclareceu Flávio Dino, é que este ano haverá uma conferência sobre mudanças climáticas e “é imprescindível que o Brasil compareça nesse Fórum Internacional em condições de, mostrando bom desempenho, obter apoio aos projetos de desenvolvimento da Amazônia brasileira”.

“O vice-presidente Mourão fez questão de enfatizar que nós temos uma tendência muito grave para este ano de 2021. Eu sugeri uma série de providências práticas para que haja intensificação da integração de ações federais e estaduais para que, com isso, o Brasil não venha a ter indicadores negativos no que se refere a desmatamento ilegal e queimada”, completou.

Descoberta inédita em São José de Ribamar liga Covid-19 ao consumo de álcool


O médico e prefeito de São José de Ribamar, Dr Julinho, baixou decreto em que está proibido o consumo de bebidas alcoólicas em bares, restaurantes, conveniências e estabelecimentos comerciais, inclusive, nas praias que pertencem ao município, pelos próximos 15 dias.

Quem desrespeitar a ordem do prefeito e for flagrado consumindo bebida alcoólica em lugar público, poderá pagar multa que varie entre R$ 500,00 e R$ 2.000,00 por cada cerveja.

Com o decreto, o prefeito espera diminuir a proliferação da pandemia na cidade.

O decreto também reduz a capacidade de bares, barracas, lanchonetes e/ou similares ao limite máximo de 10 mesas, sendo 4 pessoas por mesa. O funcionamento deve ser restrito das 9h até às 16h.

Academias também só funcionarão com 50% da capacidade, no horário de 6h às 18h.

Com informações do Blog Linhares Jr

quarta-feira, 2 de junho de 2021

Lira descarta aceitar impeachment de Bolsonaro


O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), descartou, nesta terça-feira (1º), a possibilidade de aceitar um pedido de impeachment contra o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Em entrevista a uma emissora de rádio, Lira destacou que Bolsonaro conta com “apoio em todas as matérias” na Câmara e no Senado:

“O Brasil não tem essa instabilidade política. Há apoio para o presidente em todas as matérias, principalmente na Câmara e no Senado, sobre o tema das reformas estruturantes, as reformas que tramitam nesta Casa.”

Questionado sobre as dezenas de pedidos de impeachment da oposição contra Bolsonaro, o presidente da Câmara descartou:

“Não vejo condições atualmente, e falo isso com muita transparência, de que existam essas condições hoje no Brasil que deem margem a um pedido de impeachment.”

Lira ainda minimizou a conexão entre os protesto da esquerda do último fim de semana com o possível avanço de um processo de impeachment:

“Não é uma caminhada de um grupo numa semana ou a caminhada de outra parcela na outra que vai fazer com que isso ande nesta Casa.”

De acordo com a avaliação de Lira, o quadro tem que ser “muito mais amplo” e não há, neste momento, “a necessidade, nem oportunidade nem a conveniência” de se aceitar um pedido de impeachment.

Roseana em contagem regressiva para assumir comando do MDB

Roseana e o presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi

O braço maranhense MDB deve marcar para meados de junho a convenção extraordinária por meio da qual a ex-governadora Roseana Sarney assumirá a presidência do partido no estado, mantendo isolado na vice-presidência, como prêmio de consolação, o deputado Roberto Costa, que tem travado uma queda de braço com os cardeais do partido por defender um alinhamento do partido com o governo Flávio Dino.

A mudança vem sendo discutida desde o inicio do ano e nesta semana as reuniões se intensificaram em Brasilia para definir a composição dos demais membros da Executiva Estadual e de como o partido vai se posicionar nas eleições de 2022.

Apesar de se colocar como o principal articulador da legenda, Roberto Costa foi excluído destas reuniões que foram realizadas na residência do ex-presidente José Sarney e que contou com presença do presidente nacional do MDB e deputado federal, Baleia Rossi.

Diante disso, fica notório que o grupo que sempre deu as cartas na legenda perderá influência e chega ao fim após três décadas presidido pelo ex-senador João Alberto, o mais longevo chefe partidário do Maranhão em tempos recentes.

Roseana Sarney tentou assumir o comando do MDB no final de 2018, após sofrer dura derrota nas urnas como candidata ao Governo do Estado. Naquele momento, a Ala Jovem do partido, que tentara impor um projeto mais arrojado de renovação partidária, reagiu negativamente, gerando uma prolongada crise nas fileiras emedebistas.

A conciliação começou em meados de 2019, quando a Ala Jovem lançou Roseana Sarney para a Prefeitura de São Luís. Ela não aceitou a candidatura, mas baixou a guarda para uma grande conciliação, que culminou no início do ano, quando um acordo lhe assegurou a presidência do partido a partir de junho.

Um dos itens do acordo é que Roseana Sarney suspenderá a aposentadoria para de novo encarar as urnas. Ela afirma o desesjo de concorrer a Câmara Federal, mas membros do MDB não descartam uma candidatura ao Governo do Estado ou ao Senado, diante das articulações que envolvem a formação de palanques para candidato a Presidência da República.