segunda-feira, 28 de junho de 2021

Após saída de Flávio Dino, fantasma da extinção avança no PCdoB


Quando o governador do Maranhão, Flávio Dino, anunciou no último dia 17 sua saída do PCdoB após 15 anos no partido, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) enviou nos grupos de WhatsApp da militância um áudio emocionado e melancólico: “Recebi uma notícia que me deixou muito triste: Flávio Dino deixou o PCdoB. Infelizmente mudou o rumo. (…). Mas nós comunistas estamos voltando para a moda. Teve aquela crise lá na União Soviética, mas a China já é o país mais importante do mundo hoje. Do jeito deles, no rumo do socialismo”.

Segundo dirigentes da legenda, Dino, único governador comunista da história do País, surpreendeu a todos ao não cumprir o combinado de esperar a votação no plenário da Câmara dos Deputados um projeto do Senado, de autoria de Renan Calheiros (MDB-AL), que permite a dois ou mais partidos se reunirem em uma federação para que ela atue como se fosse uma única sigla nas eleições. O mecanismo é visto como a tábua de salvação da legenda.

Se for aprovado, o projeto prevê que depois da eleição esse “casamento” tem de durar pelo menos uma legislatura de quatro anos. Ou seja: os federados serão obrigados a atuar como uma bancada no Congresso, embora possam manter símbolos e programas. Nesse cenário, o PCdoB vislumbra formar uma coalizão com PSB, PSOL, Solidariedade e PDT, ou mesmo se unir a apenas um deles para seguir em frente, mantendo a foice e o martelo na ponta da bandeira vermelha. “O partido é como um trem, tem um destino e vai em uma direção. Mas tem estações no caminho nas quais pessoas entram e saem. O importante é seguir no rumo definido”, concluiu Silva.

Autoproclamado o partido mais antigo do Brasil, o PCdoB planeja comemorar o centenário em março de 2022 sem saber qual será o destino e dividido sobre o que fazer caso não vingue o projeto no Congresso. Líderes de bancadas e parlamentares acham que o texto das federações tem poucas chances de aprovação em um cenário dominado pelo Centrão.

Se isso acontecer, o PCdoB que sobreviveu à ditadura, atuou na clandestinidade e organizou a Guerrilha do Araguaia vai ficar ameaçado de extinção da vida partidária institucional. O motivo é a cláusula de barreira, um mecanismo criado em 2017 que funciona como uma espécie de filtro. Para que as legendas não sejam barradas na Câmara, precisam ter uma votação mínima nas eleições gerais.

Quem passa pela cláusula obtém recursos públicos, tempo de TV e estrutura na Câmara. Na disputa de 2018, a exigência foi para que candidatos à Câmara dos Deputados somassem ao menos 1,5% dos votos válidos em nove Estados, com 1% dos votos em cada um deles. Em 2022, esse piso pulará para 2% (ou eleger 11 deputados) – o piso aumenta de forma progressiva até chegar a 3% na eleição de 2030.

Oficialmente o PCdoB informou que esse assunto ainda não está em pauta no Comitê Central, mas nos bastidores os “cabeças brancas” – ou seja, a ala jovem da legenda – pregam uma fusão partidária, sendo o PSB o partido mais citado. Nesse caso, porém, seria necessário mudar o nome, o programa e a bandeira, que perderia a foice e o martelo. O marxismo-leninismo que norteia a ação do partido certamente teria de ser suavizado ou mesmo excluído do estatuto.

“Se não for aprovada (a federação), vamos fazer um esforço em um processo de unificação que assegure a identidade. O PCdoB não abre mão de manter sua identidade política e ideológica. Se isso também não der certo, estamos discutindo outras alternativas”, disse o advogado e ex-deputado Constituinte Aldo Arantes, de 82 anos , que está no Comitê Central desde 1972. Neta de Luís Carlos Prestes, a cientista política Ana Prestes, de 43, concorda. “Vamos manter independência programática e nossa identidade, sem mudar símbolo e nome. Essa ideia de mudar não teve adesão no partido.”



Certidão e herança

Estigmatizado por Jair Bolsonaro como uma ameaça para o Brasil, o PCdoB tem apenas 9 deputados federais, mas seu símbolo é o mais xingado nas manifestações governistas de extrema-direita. Pelos quadros do partido já passaram nomes que depois foram para o campo oposto do espectro político, como o ex-prefeito César Maia (DEM), o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PR), e até o deputado bolsonarista Osmar Terra (MDB-RS).

O anticomunismo fez quadros formados na escola do PCdoB deixarem o partido para progredirem politicamente. “A luta institucional dos partidos comunistas não é um fenômeno particular do Brasil. O partido nunca passou de 15 deputados federais, mas é influente. Ele elegeu um presidente da Câmara (Aldo Rebelo) mesmo tendo 12 deputados na bancada. Isso faz parte de um estigma que se deu desde a Guerra Fria. Nunca deixou de existir”, disse Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB.

O projeto de celebrar o centenário do PCdoB reabriu uma disputa histórica sobre a “marca” do partido comunista original. “Isso é uma fraude histórica”, disse Roberto Freire, presidente do Cidadania. O Cidadania veio do antigo PPS, criado em 1992, que por sua vez veio do PCB, em seu 10° Congresso. “O número do Cidadania é o 23, o mesmo pela qual disputei à Presidência em 1989”, afirmou Freire.

“Vamos comemorar enquanto Partido Comunista do Brasil, PCdoB, fundado em 1922, reorganizado em 1962, legalizado em 1985. Somos desta tradição política. Em 1962, nós nos reorganizamos”, disse o historiador Fernando Garcia, da Fundação Maurício Grabois, braço do PCdoB.

Outro ano importante do PCdoB foi 1992, quando o partido rompeu com o stalinismo. “Na época, raspei meu bigode por que estava cheio de fios brancos. A imprensa deu nota que fiz isso por causa da crítica ao Stalin. O PCdoB fez uma crítica de esquerda. Não negamos o papel do Stalin na construção do socialismo, mas achamos que houve uma centralização excessiva do poder”, contou Arantes.

domingo, 27 de junho de 2021

BOMBA: Coronavírus pode ter começado a se espalhar em 2019, aponta estudo


Um novo estudo aponta que o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, pode ter começado a se espalhar pela China mais cedo do que se imaginava, já em outubro de 2019, dois meses antes do primeiro caso conhecido da doença na cidade chinesa de Wuhan.

Esses resultados corroboram estudos anteriores que indicam que os primeiros casos de infecções pelo novo coronavírus ocorreram antes dos casos oficialmente identificados como os primeiros da doença, no início de dezembro em Wuhan.

Nesta semana, um pesquisador americano recuperou dados genéticos de amostras coletadas dos primeiros casos da infecção em Wuhan, que haviam desaparecido de uma base de dados científicos, e relatou que eles reforçam a hipótese de que o vírus já estava circulando antes dos casos relacionados ao mercado de frutos do mar de Wuhan.

Outras evidências científicas já apontavam para um surgimento anterior do vírus causador da Covid-19. Ainda em maio de 2020, pesquisadores fizeram análises do genoma e de mutações do novo coronavírus e afirmaram que o vírus infectou os primeiros humanos provavelmente entre 6 de outubro e 11 de dezembro de 2019, e se espalhou rapidamente pelo mundo após a primeira infecção.

Um outro estudo de junho de 2020 adotou uma abordagem curiosa, com a observação de imagens de satélite da movimentação em hospitais de Wuhan e a análise de buscas no Google por palavras relacionadas aos sintomas de Covid-19. Embora o estudo tenha várias limitações, os pesquisadores também concluíram que o Sars-CoV-2 pode ter circulado na China antes do que era conhecido, possivelmente ainda em agosto de 2019.

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) com a China, publicada em março, também reconheceu que pode ter havido contágios esporádicos entre humanos antes do surto de Wuhan.


Método Interessante

David Robertson, virologista e diretor no Centro de Pesquisas de Vírus em Glasgow (Escócia), que não esteve envolvido no estudo publicado agora no PLOS Pathogens, diz que os métodos dos pesquisadores britânicos oferece uma estimativa cronológica para as primeiras transmissões entre humanos do novo coronavírus similar à oferecida por um estudo publicado no ano passado na revista Science.

A transmissão entre humanos do vírus deve ter ocorrido primeiro entre meados de outubro e meados de novembro de 2019 na província de Hubei, onde fica Wuhan, conclui a análise publicada na Science. “Embora não haja nada de muito novo no artigo da PLOS Pathogens, o modelo ecológico usado pelos pesquisadores corrobora essa análise evolucionária sofisticada, o que indica que o método [usado pela equipe] é razoável”, disse Robertson à imprensa pelo Science Media Centre (SMC).

Ben Neuman, diretor de Ciências Biológicas na Universidade Texarkana, nos EUA, concorda que o estudo publicado agora é mais notável pelo método usado do que por suas conclusões, que estão em linha com estudos já publicados anteriormente. “Parece que, como quer que você veja, o primeiro caso ocorreu por volta de novembro, em algum lugar da China”, disse o especialista ao SMC. “Esse estudo não precisa a localização do primeiro caso na China, nem identifica hospedeiros anteriores de vírus progenitores de similares ao Sars-CoV-2 [animais que teriam carregado os ‘ancestrais’ mais próximos do novo coronavírus]. Para responder a essas questões, certamente precisamos de mais dados genéticos sobre vírus similares, onde quer que eles sejam encontrados”, afirmou Neuman.

Candidatura de Lahésio Bonfim assusta Palácio dos Leões


Mais ativo pré-candidato a governador no campo da direita bolsonarista e conservadora, o prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bonfim (PSL) pretende reunir apoiadores em São Luís.

Nas redes sociais e em aplicativos de troca de mensagens ele está chamando o “Maranhão Conservador” para uma reunião na capital maranhense, na próxima quarta-feira, 30.

Lahésio disputa espaço entre os conservadores maranhenses – e na base do governo Jair Bolsonaro – com o senador Roberto Rocha (sem partido), com o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (sem partido), e com o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).

É, no entanto, o mais ativo entre todos eles.

Dentro da direita maranhense já há quem defenda uma aliança entre todos os bolsonaristas, em uma chapa que tenha Edivaldo, Lahésio e Roberto Rocha, com a estrutura de Maranhãozinho.

Esta chapa assusta o Palácio dos Leões, segundo já apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, por ser uma garantia de disputa em segundo turno no Maranhão.

De uma forma ou de outra, os conservadores, a direita tradicional e os bolsonaristas estarão no cenário de 2022.

Video: Presidente da CPI insinua que Deputada era prostituta


Irritado, o Senador Omar Aziz foi ao seu Twitter para atacar a Deputada Carla Zambelli depois da repercussão do vídeo em que Zambelli dá um “corretivo” no senador, depois disso Aziz bloqueou Zambelli na rede social, mesmo assim a Deputada postou um vídeo mostrando a esposa do parlamentar sendo presa por corrupção.


Zambelli diz que Omar Aziz insinua que ela foi prostituta e que publicou a música “te amo espanhola” com esse intuito, a Deputada diz que trabalhou na Europa em uma grande empresa, mas se tivesse sido prostituta não teria Vergonha de assumir.


“Se eu tivesse sido prostituta, não seria vergonha alguma admitir. Mas fato é que tive uma carreira robusta nas maiores empresas do mundo”, afirmou a parlamentar, que ganhou projeção após atuar nos movimentos de rua em prol do impachment da ex-presidente Dilma Rousseff.



sábado, 26 de junho de 2021

Duarte Jr vai se filiar ao terceiro partido em três anos


O ex-comunista e agora ex-republicano Duarte Júnior anunciou, por meio das redes sociais, que trocará de partido mais uma vez. Ele pediu desfiliação do Republicanos, partido pelo qual concorreu e perdeu a eleição para a Prefeitura de São Luís em 2020.

Eleito deputado estadual em 2018 pelo PCdoB, Duarte deve voltar para debaixo das asas do governador Flávio Dino e se filiar no PSB.

O mais novo socialista do Maranhão parece não se importar muito com as ideologias dos partidos em que atua. Seu critério de escolha partidária aparenta levar em consideração apenas os seus interesses pessoais.

Por isso que ele já vai para o terceiro partido em três anos. Pouco para quem começou a carreira política há tão pouco tempo.


Com informações do Blog Marrapá

Pela sétima vez, Governo do MA aumenta preço de referência do ICMS na gasolina


Pela sétima vez, o Maranhão aumentou o preço de referência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nos combustíveis este ano. É o que aponta o novo Ato COTEPE/PMPF Nº 22, de 24 de junho de 2021, publicado na edição de hoje do Diário Oficial da União (DOU).

Com o novo aumento, o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) no Maranhão fica em R$ 5,53 no litro da gasolina comum, que anteriormente era de R$ 5,51. Já o preço adotado pelo governo na cobrança de ICMS em cima de gasolina aditivada permanece em R$ 6,66.

Por outro lado, o governo reduziu o preço médio no litro do diesel s10, saindo de R$ 4,57 para R$ 4,50. O diesel comum, também houve uma reeducação, saindo de R$ 4,51 para R$ 4,48.

Está a primeira reeducação no preço de referência para cobrança de ICMS no diesel este ano. Desde o ano passado, o governo vinha acompanhando os reajustes de valores da gasolina e consequentemente também do diesel, aumentando assim, o preço de referência para a cobrança do ICMS.

De acordo com a publicação, os novos preços de referência passam a valer a partir do dia 1º de julho.

sexta-feira, 25 de junho de 2021

URGENTE: OMS diz que variante se espalha entre populações vacinadas


Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom afirmou que a variante delta do coronavírus, a “mais transmissível” registrada desde o início da pandemia, já está em “pelo menos” 85 países ao redor do mundo. De acordo com ele, a cepa identificada primeiro na Índia tem se espalhado inclusive em populações já majoritariamente vacinadas contra a Covid-19.

”Há grande preocupação pela variante delta, e a OMS também está preocupada”, disse o diretor-geral, antes de reforçar o pedido da entidade multilateral pela doação de mais doses de imunizantes a países de baixa renda, durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (25).

Em entrevista da segunda-feira (21), a líder técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, havia afirmado que a variante delta da Covid-19 circula atualmente em 92 países. O comando da OMS não comentou detalhes sobre a revisão para baixo desse número, na declaração de Tedros desta sexta.