terça-feira, 29 de junho de 2021

Afastado da política, ex-senador Lobão reaparece ao lado de dois deputados do MA


O ex-senador do Maranhão Edson Lobão, que foi Ministro das Minas e Energia e também já governou o estado, estava há anos sem aparecer publicamente, mas neste final de semana surgiu em uma foto fazendo sinal de positivo com as mãos.

Ladeado do veterano político estavam os jovens deputados estaduais Leonardo Sá (PL) e Fábio Macedo (Republicanos). O encontro ocorreu em Brasília na residência de Macedo.

“Tive a honra de receber em minha casa o ex-senador, Edson Lobão, uma das maiores figuras políticas do nosso Maranhão. No encontro também estava presente o deputado estadual, Leonardo Sá. Tivemos uma conversa muito produtiva sobre a conjuntura política atual, onde pudemos compartilhar da grande experiência e sabedoria de Lobão.”, Destacou o deputado Fábio em seu Intagram.

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Renan Filho é convidado para ser vice de Lula


A atuação do governador Renan Filho (MDB) no enfrentamento à pandemia despertou a admiração da esquerda e resultou em convite para que ele seja o candidato a vice-presidente numa eventual chapa encabeçada pelo ex-presidente Lula (PT), em 2022.

O desempenho do senador Renan Calheiros (MDB) na CPI da Covid também foi um fator decisivo para a escolha do governador. O convite teria partido do próprio Lula ao senador alagoano. A ligação entre eles é antiga.

À época em que Lula estava preso, Calheiros fazia visitas frequentes e se tornou um dos principais defensores do ex-presidente, inclusive, condenando a atuação do então juiz Sérgio Moro no processo em que condenou o petista.

A verdade é que ainda é cedo para definir composições eleitorais, pois o cenário político é volátil assim como a certeza “de que dois e dois são cinco”, parafraseando Roberto Carlos.

Tripulante indiano é 2ª vítima confirmada da variante delta no Brasil


O tripulante indiano, de 54 anos, que foi internado em São Luís após testar positivo para a variante delta do novo coronavírus morreu no sábado (26) na capital maranhense, informou a Secretaria de Estado da Saúde (SES) neste domingo (27).

Ele é a segunda vítima confirmada da variante delta no Brasil. A primeira é uma mulher grávida de 42 anos, que veio do Japão, para o norte do Paraná. A mulher morreu em 18 de abril e a morte pela variante foi confirmada no domingo (28), pelo Ministério da Saúde.

O homem estava internado há 43 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular da capital maranhense. A causa da morte não foi divulgadas.

Ele deu entrada no hospital no dia 14 de maio, quando chegou a bordo do navio MV Shandong da Zhi no litoral maranhense. Em 22 de maio, ele chegou a ser intubado após uma piora no seu estado de saúde.

Destino de R$ 6,5 milhões da Covid-19 enviados à Paço, sob Paula da Pindoba, é desconhecido


A Prefeitura de Paço do Lumiar, sob a gestão de Maria Paula Azevedo Desterro, a Paula da Pindoba (PCdoB), tem até a próxima semana para informar ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Maranhão onde foi parar exatos R$ 6.540.546,97 (e não apenas R$ 4.989.170,11 informados anteriormente) destinados pela União ao município para ações de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

O valor corresponde à soma dos montantes ocultados em 2020 e 2021, levantados por técnicos da corte a partir do cruzamento de dados dos portais da transparência de Paço e do governo federal com informações do sistema de acompanhamento de contratações públicas do tribunal, o Sacop.

Segundo o levantamento, do total de R$ 7.741.899,72 enviados à Paço do Lumiar pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido) no ano passado, para uso exclusivo no combate ao novo coronavírus, o destino de apenas R$ 1.977.041,18 foi informado à corte de Contas pelo Sacop, o que representa apenas 25,54% do dinheiro público federal recebido.

Já neste ano, até a data do levantamento, nenhum centavo dos R$ 775.688,43 destinados ao município para ações de saúde contra a doença foi tornado público.

Segundo balanço epidemiológico da prefeitura, até o último dia 25, data da atualização mais recente, 2.353 pessoas já foram infectadas e 193 morreram em decorrência da Covid-19 em Paço do Lumiar.

Independentemente da gestão Paula da Pindoba informar ou não ao TCE do Maranhão o destino dado aos recursos federais, a ocultação deve ser compartilhada com demais órgãos integrantes da Rede de Controle, como Polícia Federal. Em paralelo, a Câmara de Vereadores também pode abrir investigação contra a prefeita.

No âmbito do Ministério Público do Maranhão, já houve o ajuizamento de ação por improbidade para que a Justiça obrigue a gestão municipal a divulgar, detalhadamente, os valores orçamentários e a execução das despesas relacionadas ao enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Paula da Pindoba assumiu o comando dos cofres de Paço do Lumiar pela primeira vez em agosto 2019, em substituição ao então prefeito Domingos Dutra (PCdoB), vítima de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). À época, chegou à visitar o MP maranhense para denunciar falta de transparência de Dutra e a determinar uma varredura em documentos e contratos do município, mas nunca apresentou o resultado prévio nem final do relatório. Em 2020, ela foi reeleita com 46,85% dos votos.

Oposição tem quase o dobro da intenção de votos da base de Flávio Dino

Juntos, pré-candidatos não alinhados ao Palácio dos Leões alcançam até 46,3% das manifestações sobre as eleições de 2022, segundo pesquisa DataIlha, divulgada no fim de semana; melhor posição entre aliados é a do senador Weverton Rocha

A pesquisa do Instituto DataIlha divulgada neste fim de semana acendeu o alerta amarelo no Palácio dos Leões; os números mostram que os candidatos da oposição ao governo Flávio Dino (PSB) podem vencer as eleições em 2022.

De acordo com os números, a ex-governadora Roseana Sarney (MDB) lidera, com 22,8%; o senador Roberto Rocha aparece embolado em segundo lugar, com 11,2%. Já o prefeito de São Pedro dos Crentes, Dr. Lahésio Bonfim, tem 6,9%.

Juntos, portanto, os oposicionistas chegam a 40,9% das intenções de votos.

Se o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL), que tem 5,4%, for incluído entre os não-alinhados a Flávio Dino, o índice de votos em oposicionistas chega a 46,3%, quase a metade dos votos no Maranhão.

O membro da base aliada a Dino melhor posicionado é o senador Weverton Rocha (PDT), com 13,3%; ele ocupa a segunda colocação nominal e vai a primeiro nos cenários em que Roseana não aparece.

A essas alturas, Weverton é, também, o único capaz de atrair apoios da oposição, o que aumentariam as chances dos governistas.

Na soma geral, incluindo eleitores que ainda não têm candidatos (24,6%) e que votariam em branco ou nulo (2,9%), as manifestações de voto contra o governo Flávio Dino superam hoje os 73% no Maranhão.

Após oito anos de mandato, portanto, Flávio Dino tem menos de 1/4 do eleitorado maranhense.

Com informações do Blog do Marco D`eça

Após saída de Flávio Dino, fantasma da extinção avança no PCdoB


Quando o governador do Maranhão, Flávio Dino, anunciou no último dia 17 sua saída do PCdoB após 15 anos no partido, o deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) enviou nos grupos de WhatsApp da militância um áudio emocionado e melancólico: “Recebi uma notícia que me deixou muito triste: Flávio Dino deixou o PCdoB. Infelizmente mudou o rumo. (…). Mas nós comunistas estamos voltando para a moda. Teve aquela crise lá na União Soviética, mas a China já é o país mais importante do mundo hoje. Do jeito deles, no rumo do socialismo”.

Segundo dirigentes da legenda, Dino, único governador comunista da história do País, surpreendeu a todos ao não cumprir o combinado de esperar a votação no plenário da Câmara dos Deputados um projeto do Senado, de autoria de Renan Calheiros (MDB-AL), que permite a dois ou mais partidos se reunirem em uma federação para que ela atue como se fosse uma única sigla nas eleições. O mecanismo é visto como a tábua de salvação da legenda.

Se for aprovado, o projeto prevê que depois da eleição esse “casamento” tem de durar pelo menos uma legislatura de quatro anos. Ou seja: os federados serão obrigados a atuar como uma bancada no Congresso, embora possam manter símbolos e programas. Nesse cenário, o PCdoB vislumbra formar uma coalizão com PSB, PSOL, Solidariedade e PDT, ou mesmo se unir a apenas um deles para seguir em frente, mantendo a foice e o martelo na ponta da bandeira vermelha. “O partido é como um trem, tem um destino e vai em uma direção. Mas tem estações no caminho nas quais pessoas entram e saem. O importante é seguir no rumo definido”, concluiu Silva.

Autoproclamado o partido mais antigo do Brasil, o PCdoB planeja comemorar o centenário em março de 2022 sem saber qual será o destino e dividido sobre o que fazer caso não vingue o projeto no Congresso. Líderes de bancadas e parlamentares acham que o texto das federações tem poucas chances de aprovação em um cenário dominado pelo Centrão.

Se isso acontecer, o PCdoB que sobreviveu à ditadura, atuou na clandestinidade e organizou a Guerrilha do Araguaia vai ficar ameaçado de extinção da vida partidária institucional. O motivo é a cláusula de barreira, um mecanismo criado em 2017 que funciona como uma espécie de filtro. Para que as legendas não sejam barradas na Câmara, precisam ter uma votação mínima nas eleições gerais.

Quem passa pela cláusula obtém recursos públicos, tempo de TV e estrutura na Câmara. Na disputa de 2018, a exigência foi para que candidatos à Câmara dos Deputados somassem ao menos 1,5% dos votos válidos em nove Estados, com 1% dos votos em cada um deles. Em 2022, esse piso pulará para 2% (ou eleger 11 deputados) – o piso aumenta de forma progressiva até chegar a 3% na eleição de 2030.

Oficialmente o PCdoB informou que esse assunto ainda não está em pauta no Comitê Central, mas nos bastidores os “cabeças brancas” – ou seja, a ala jovem da legenda – pregam uma fusão partidária, sendo o PSB o partido mais citado. Nesse caso, porém, seria necessário mudar o nome, o programa e a bandeira, que perderia a foice e o martelo. O marxismo-leninismo que norteia a ação do partido certamente teria de ser suavizado ou mesmo excluído do estatuto.

“Se não for aprovada (a federação), vamos fazer um esforço em um processo de unificação que assegure a identidade. O PCdoB não abre mão de manter sua identidade política e ideológica. Se isso também não der certo, estamos discutindo outras alternativas”, disse o advogado e ex-deputado Constituinte Aldo Arantes, de 82 anos , que está no Comitê Central desde 1972. Neta de Luís Carlos Prestes, a cientista política Ana Prestes, de 43, concorda. “Vamos manter independência programática e nossa identidade, sem mudar símbolo e nome. Essa ideia de mudar não teve adesão no partido.”



Certidão e herança

Estigmatizado por Jair Bolsonaro como uma ameaça para o Brasil, o PCdoB tem apenas 9 deputados federais, mas seu símbolo é o mais xingado nas manifestações governistas de extrema-direita. Pelos quadros do partido já passaram nomes que depois foram para o campo oposto do espectro político, como o ex-prefeito César Maia (DEM), o vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PR), e até o deputado bolsonarista Osmar Terra (MDB-RS).

O anticomunismo fez quadros formados na escola do PCdoB deixarem o partido para progredirem politicamente. “A luta institucional dos partidos comunistas não é um fenômeno particular do Brasil. O partido nunca passou de 15 deputados federais, mas é influente. Ele elegeu um presidente da Câmara (Aldo Rebelo) mesmo tendo 12 deputados na bancada. Isso faz parte de um estigma que se deu desde a Guerra Fria. Nunca deixou de existir”, disse Luciana Santos, vice-governadora de Pernambuco e presidente nacional do PCdoB.

O projeto de celebrar o centenário do PCdoB reabriu uma disputa histórica sobre a “marca” do partido comunista original. “Isso é uma fraude histórica”, disse Roberto Freire, presidente do Cidadania. O Cidadania veio do antigo PPS, criado em 1992, que por sua vez veio do PCB, em seu 10° Congresso. “O número do Cidadania é o 23, o mesmo pela qual disputei à Presidência em 1989”, afirmou Freire.

“Vamos comemorar enquanto Partido Comunista do Brasil, PCdoB, fundado em 1922, reorganizado em 1962, legalizado em 1985. Somos desta tradição política. Em 1962, nós nos reorganizamos”, disse o historiador Fernando Garcia, da Fundação Maurício Grabois, braço do PCdoB.

Outro ano importante do PCdoB foi 1992, quando o partido rompeu com o stalinismo. “Na época, raspei meu bigode por que estava cheio de fios brancos. A imprensa deu nota que fiz isso por causa da crítica ao Stalin. O PCdoB fez uma crítica de esquerda. Não negamos o papel do Stalin na construção do socialismo, mas achamos que houve uma centralização excessiva do poder”, contou Arantes.

domingo, 27 de junho de 2021

BOMBA: Coronavírus pode ter começado a se espalhar em 2019, aponta estudo


Um novo estudo aponta que o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, pode ter começado a se espalhar pela China mais cedo do que se imaginava, já em outubro de 2019, dois meses antes do primeiro caso conhecido da doença na cidade chinesa de Wuhan.

Esses resultados corroboram estudos anteriores que indicam que os primeiros casos de infecções pelo novo coronavírus ocorreram antes dos casos oficialmente identificados como os primeiros da doença, no início de dezembro em Wuhan.

Nesta semana, um pesquisador americano recuperou dados genéticos de amostras coletadas dos primeiros casos da infecção em Wuhan, que haviam desaparecido de uma base de dados científicos, e relatou que eles reforçam a hipótese de que o vírus já estava circulando antes dos casos relacionados ao mercado de frutos do mar de Wuhan.

Outras evidências científicas já apontavam para um surgimento anterior do vírus causador da Covid-19. Ainda em maio de 2020, pesquisadores fizeram análises do genoma e de mutações do novo coronavírus e afirmaram que o vírus infectou os primeiros humanos provavelmente entre 6 de outubro e 11 de dezembro de 2019, e se espalhou rapidamente pelo mundo após a primeira infecção.

Um outro estudo de junho de 2020 adotou uma abordagem curiosa, com a observação de imagens de satélite da movimentação em hospitais de Wuhan e a análise de buscas no Google por palavras relacionadas aos sintomas de Covid-19. Embora o estudo tenha várias limitações, os pesquisadores também concluíram que o Sars-CoV-2 pode ter circulado na China antes do que era conhecido, possivelmente ainda em agosto de 2019.

Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) com a China, publicada em março, também reconheceu que pode ter havido contágios esporádicos entre humanos antes do surto de Wuhan.


Método Interessante

David Robertson, virologista e diretor no Centro de Pesquisas de Vírus em Glasgow (Escócia), que não esteve envolvido no estudo publicado agora no PLOS Pathogens, diz que os métodos dos pesquisadores britânicos oferece uma estimativa cronológica para as primeiras transmissões entre humanos do novo coronavírus similar à oferecida por um estudo publicado no ano passado na revista Science.

A transmissão entre humanos do vírus deve ter ocorrido primeiro entre meados de outubro e meados de novembro de 2019 na província de Hubei, onde fica Wuhan, conclui a análise publicada na Science. “Embora não haja nada de muito novo no artigo da PLOS Pathogens, o modelo ecológico usado pelos pesquisadores corrobora essa análise evolucionária sofisticada, o que indica que o método [usado pela equipe] é razoável”, disse Robertson à imprensa pelo Science Media Centre (SMC).

Ben Neuman, diretor de Ciências Biológicas na Universidade Texarkana, nos EUA, concorda que o estudo publicado agora é mais notável pelo método usado do que por suas conclusões, que estão em linha com estudos já publicados anteriormente. “Parece que, como quer que você veja, o primeiro caso ocorreu por volta de novembro, em algum lugar da China”, disse o especialista ao SMC. “Esse estudo não precisa a localização do primeiro caso na China, nem identifica hospedeiros anteriores de vírus progenitores de similares ao Sars-CoV-2 [animais que teriam carregado os ‘ancestrais’ mais próximos do novo coronavírus]. Para responder a essas questões, certamente precisamos de mais dados genéticos sobre vírus similares, onde quer que eles sejam encontrados”, afirmou Neuman.