Convencido de que o momento é para tratar da imunização da população contra a Covid-19 e não de política, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, mantém o silêncio sobre filiação partidária, mas fontes próximas ao ex-chefe do Executivo da capital admitem que nos próximos dois meses ele deverá está se filiando ao PSD, partido do ex-ministro Gilberto Kassab, e pelo qual pretende lançar sua candidatura ao governo do estado.
Numa atitude considerada estranha para quem acompanha o desenrolar da pré-campanha, Edivaldo não teve seu nome incluído na pesquisa realizada pelo DataIlha, divulgada no domingo (27), mas nas pesquisas anteriores do Instituto Escutec ficou bem situado e em condição de empate técnico com Werverton Rocha (PDT) e Carlos Brandão (PSDB, os dois principais pré-candidatos do grupo do governador Flávio Dino, mesmo sem externar qualquer pretensão para 2022.
Fontes garantem que Edivaldo será candidato ao governo e que tão logo alivie a situação da pandemia, quando a grande maioria da população estiver imunizada contra a doença, voltará a falar de política e que seu primeiro passo será definir filiação a um partido político, sendo o mais cotado o PSD, legenda que possui estrutura, fundo eleitoral e tempo de televisão para que possa concorrer em condições de igualdade.
Rompimento com Braide
Ao abrir as portas do PSD ao ex-prefeito Edivaldo, o deputado federal Edilázio Júnior sinaliza para um rompimento com o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos). Afinal, é de conhecimento público que uma candidatura de Edivaldo a governador servirá apenas para manter seu recall para as eleições de 2024 em que pretende retornar ao comando da prefeitura da capital, ou seja, indo de encontro aos interesses políticos do atual prefeito que deverá ser candidato a reeleição. Vale destacar, que atualmente a vice-prefeita Esmênia Miranda é filiada ao PSD e o partido controla a secretaria municipal de Meio Ambiente, assim como, detém diversos cargos na administração municipal.