sexta-feira, 16 de julho de 2021

Eliziane Gama recebeu mais de R$ 2 milhões do Fundo Eleitoral em 4 anos


Após a polêmica votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias acontecida ontem, a senadora maranhense Eliziane Gama (Cidadania) usou as redes sociais para se colocar contra o uso de recursos públicos em campanhas eleitorais. Acontece que em quatro anos a política recebeu mais de R$ 2 milhões em recursos públicos em suas campanhas de 2014, 2016 e 2018.

Na última eleição a senadora recebeu cerca de R$ 1.2 milhões em recursos públicos. Nas eleições de R$ 2016, quando disputou a eleição de prefeita, ela recebeu outros R$ 800 mil. Dois anos antes, quando disputou o cargo de deputada federal, Eliziane foi agraciada com mais de R$ 150 mil.

Em quatro anos, a senadora que hoje se coloca contra o aumento de recursos públicos nas campanhas, pulou de R$ 150 mil para R$ 1.2 milhão. Alguém acredita que ela realmente seja contra o aumento de recursos públicos em campanhas eleitorais?

Todos os dados que mostramn que a senadora é contra o Fundo Eleitoral apenas na frente das câmeras podem ser acessados no site da Justiça Eleitoral:

Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais (tse.jus.br)

As possibilidades de Edivaldo nas eleições de 2022


O ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, se filiará ao PSD, partido comandado no Maranhão pelo deputado federal Edilázio Júnior, aliado da família Sarney e opositor do governador Flávio Dino (PSB), no dia 04 de agosto, em cerimônia que será realizada em Brasília.

Edivaldo deixou a Prefeitura com uma gestão bem avaliada pela população. Apesar de ter passado praticamente três anos inerte, após a sua reeleição, em 2016, o ex-pedetista, utilizando recursos de um empréstimo milionário contraído junto a Caixa Econômica Federal, deixou o gabinete; autorizou dezenas de obras; e entregou outras dezenas em importantes áreas, principalmente nos setores da infraestrutura e paisagismo.

Foi uma virada e tanto, não se pode negar.

Passados seis meses, o ex-prefeito reapareceu na cena política ao anunciar sua filiação à sigla presidida por Edilázio.

O deputado federal já afirmou que Edivaldo será o candidato do PSD a sucessão de Flávio Dino, em 2022.

O projeto ganhou mais entusiasmo, com destaque na mídia, após o ex-prefeito aparecer bem avaliado, com dois dígitos, em uma pesquisa divulgada recentemente pelo Instituto Escutec.

As possibilidades para Edivaldo no pleito do ano que vem são claras. No primeiro cenário, encararia, de fato, uma candidatura ao Palácio dos Leões, sendo que terá um trabalho hercúleo para estadualizar o seu nome e contribuir, em outra ponta, para o crescimento do PSD no Estado – o partido, ano passado, só elegeu cinco prefeitos, só para citar este exemplo – o que lhe daria o suporte necessário para fazer com que o seu projeto ganhasse corpo através de um grupo político que ele pudesse chamar de seu.

No segundo cenário, o ex-prefeito concorreria na eleição majoritária. No entanto, na condição de candidato ao Senado em uma chapa encabeçada por outro nome.

Vale lembrar que PSD e PDT, partido presidido pelo senador Weverton Rocha, pré-candidato ao Palácio dos Leões mais bem avaliado nas pesquisas divulgadas até o momento, mantêm bom relacionamento.

Já no último cenário, Edivaldo disputaria a eleição proporcional – para deputado estadual ou para deputado federal – com amplas chances de vitória.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Fundo Eleitoral: Saiba como votaram os Deputados do Maranhão


Os deputados votaram na tarde desta quinta (15) o Projeto da Lei Orçamentária de 2022, a famosa LDO, que aumenta de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões as verbas destinadas para o fundo público que custeia campanhas políticas.

O texto inclui um fundo eleitoral de R$ 5,7 bilhões – quase o triplo do praticado nas eleições municipais de 2020.

Portanto, na prática, quem votou a favor da LDO votou a favor do novo fundão.

Orientaram Sim à proposta (e portanto na prática a favor do novo fundão): PSL, PL, PP, PSD, MDB, PSDB, DEM, Solidariedade, Pros, PSC, PTB e Cidadania.

Orientaram Não à proposta: PT, PSB, PDT, Podemos, PSOL, Novo, PV, Rede e a liderança da Oposição.

O projeto foi aprovado por 278 votos a 145, com uma abstenção, de Toninho Wandscheer (Pros-PR).

Veja como os deputados do Maranhão votaram na lista abaixo:

Aluisio Mendes (PSC-MA) -votou Sim

André Fufuca (PP-MA) -votou Sim

Bira do Pindaré (PSB-MA) -votou Não

Cleber Verde (Republicanos-MA) -votou Sim

Dr. Gonçalo (Republicanos-MA) -votou Sim

Edilazio Junior (PSD-MA) -votou Sim

Gastão Vieira (PROS-MA) -votou Sim

Gil Cutrim (Republicanos-MA) -votou Sim

Hildo Rocha (MDB-MA) -votou Sim

Josimar Maranhãozinho (PL-MA)

Josivaldo JP (Podemos-MA) -votou Não

João Marcelo S. (MDB-MA)

Junior Lourenço (PL-MA)

Juscelino Filho (DEM-MA) -votou Sim

Marreca Filho (Patriota-MA) -votou Sim

Pastor Gil (PL-MA) -votou Sim

Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) -votou Sim

Zé Carlos (PT-MA) -votou Não

Câmara de São Luís promove audiência pública para discutir a LDO


Na próxima quarta-feira, 21, às 14h, a Câmara Municipal de São Luís promoverá uma audiência pública com o objetivo de discutir sobre o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

A audiência pública foi convocada pelo presidente da Casa, vereador Osmar Filho (PDT), e será realizada no Plenário Simão Estácio da Silveira. O anúncio da audiência foi feito ainda nessa quarta-feira, dia 14, por meio de um documento assinado pelo chefe do legislativo municipal

A audiência será realizada no formato híbrido, atendendo às disposições dos Decretos n° 36.531/2021 e n° 36.829/2021 do Governo do Maranhão. Dessa forma, serão respeitados os protocolos para evitar aglomerações e a propagação da Covid-19.

A população ludovicense poderá participar da audiência pública de forma remota, por meio do canal oficial da Câmara Municipal de São Luís no Youtube ou acessando o site da casa legislativa.

A participação popular é importante pela oportunidade de opinar sobre a prioridade de aplicação dos recursos municipais e também é um momento para que o cidadão de São Luís possa entender o funcionamento da Câmara e da elaboração da LDO.

Lei de Diretrizes Orçamentárias

A LDO é um instrumento que serve de parâmetro para a distribuição e a aplicação dos recursos do Município em obras e investimentos para cada área da administração. A lei estabelece prioridades e metas.

A proposta servirá de base para a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA), que estima a receita e fixa a despesa do Município, e que será votada no final deste ano pela Casa Legislativa.

Serviço:

O quê? Audiência Pública para discutir projeto da LDO.
Quando? Quarta-feira, dia 21, às 14h.
Onde? Câmara de Vereadores (Plenário Simão Estácio da Silveira) de São Luís

Indicado de Flávio Dino para o TCE pode ser barrado pela Justiça


O secretário-Chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares – que é deputado licenciado – pode ter sua indicação para vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) barrada pela Justiça. Desde o início do ano, Tavares vem trabalhando nos bastidores visando ser indicado a vaga de conselheiro que será aberta com a aposentadoria de alguns dos integrantes da Corte de Contas. Até aqui, pelo menos de forma pública, tem sido o único politico maranhense interessado na vaga.

No entanto, decidida a barrar o assento de qualquer político interessado em uma das cadeiras de conselheiro do TCE-MA, a Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), deverá ingressar nos próximos dias com petição urgente na Justiça, requisitando que a vaga deve ser preenchida por um procurador de Contas ou por servidores de carreira, em conformidade com a Constituição Federal.

Desde 2010 que a Ampcon tenta junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) suspender as indicações políticas para esse tipo de cargo. Para isso, a entidade já solicitou ao STF que seja solicitado a clara definição dos critérios para nomeação de ministros e conselheiros e a anulação dos atos que contrariem essas normas.

A Constituição determina que as nomeações exijam idoneidade moral e reputação ilibada, além de notório saber jurídico, contábil, econômico e financeiro. No entanto, de acordo com a entidade, esses critérios não estão sendo atendidos. “Repetidos episódios sugerem que o preenchimento de vagas em tribunais de contas em todo o país possa ter atendido a interesses pessoais ou de partidos políticos”, alega a associação em um dos pedidos formulados ao STF.

Na tentativa de barrar mais uma indicação política para TCE maranhense, a Ampcon já avisou que vai fazer mais uma provocação aos tribunais visando requisitar a vaga para servidores de carreira.

Lupi vem ao Maranhão para articular em prol de Weverton e Ciro


O presidente do PDT, Carlos Lupi, viajará ao Maranhão na semana que vem para uma visita ao governador Flávio Dino (PSB).

O PDT articula para que Dino apoie o senador Weverton Rocha ao cargo de governador do Maranhão.

No mês passado, Lupi esteve no Piauí e em entrevista a TV Meio Norte, e afirmou que a candidatura de Weverton é irreversível e que ele será candidato ao governo com ou sem o apoio de Flávio Dino. Nos bastidores, circula a informação de que alianças entre o PDT e PSB em outros estados dependerá do desfecho no Maranhão.

A vinda de Carlos Lupi ao Maranhão tem o objetivo de manter o nome de Ciro Gomes forte no campo da esquerda para as eleições do ano que vem, apesar de o presidenciável marcar cada vez mais sua posição ao centro, com ataques tanto a Lula quanto a Bolsonaro.

Outra parte desse plano é fortalecer o PDT nos estados do Nordeste antes mesmo das alianças nacionais serem sacramentadas. Lupi já viajou a pelo menos cinco estados da região para que Ciro possa “ter campo por lá”, segundo o presidente da legenda relatou a interlocutores.

Dino, Lupi e Ciro têm uma relação de proximidade. Em 2015, por exemplo, os três lançaram juntos um manifesto contra o impeachment de Dilma Rousseff.

Apesar da possibilidade de aliança entre o PDT e o PSB em vários estados, ainda não está definido como os partidos e os atores regionais vão se relacionar na disputa pela presidência. Nesse momento, Dino está mais alinhado a Lula do que a Ciro.

O governador disse em junho que Ciro desempenharia papel mais importante na eleição se ficasse na esquerda e que sua posição no centro “é roupa que não lhe cabe”. A fala ocorreu justamente por ocasião da filiação de Dino ao PSB com a perspectiva da formação de uma aliança em torno da candidatura de Lula. O PDT desde o início marcou posição distante desse movimento.

Lupi tem dito a alguns interlocutores que, a despeito das pesquisas mostrarem pouca chance para a terceira via no ano que vem, Bolsonaro irá desidratar ainda mais até o pleito de outubro, o que alimenta a esperança dentro do partido de um possível embate entre Lula e Ciro Gomes no segundo turno, cenário que, de tão remoto, não foi simulado na pesquisa Datafolha da última sexta. O PDT acredita que as chances de Ciro no segundo turno são maiores contra Lula do que contra Bolsonaro.

Após trair Bolsonaro, Kajuru quer renunciar


Semanas após divulgar conversa com o presidente Jair Bolsonaro e ajudar a agravar a crise política no Brasil, o senador Jorge Kajuru (Podemos) disse que pensa em renunciar ao mandato ainda neste ano. A declaração foi dada em entrevista ao site Poder360.

Na conversa, o senador afirmou que a única razão pela qual ele continua no cargo é a sua equipe parlamentar. Kajuru disse “não querer morrer de terno e gravata”.

Antigo aliado do presidente, Kajuru usou a proximidade a Bolsonaro para divulgar uma conversa entre ele e o presidente sobre a CPI da Covid. Após o episódio, ele se voltou contra Bolsonaro e acabou se tornando um dos autores da notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro no caso Covaxin.

Kajuru, que chegou a ser uma esperança de renovação política nas últimas eleições, mostrou-se uma espécie de Alexandre Frota. Midiático e desbocado, o senador passa à distâncias das grandes discussões do Congresso Nacional e ganha notabilidade apenas por espetáculos absurdos. Até mesmo este anúncio de possível renúncia pode ser um deles.

Kajuru mostra que a política tradicional, chamada de velha política, não é o fundo do poço.