segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Roberto Rocha ainda não sabe em qual partido vai se filiar

Senador maranhense mostra dificuldade em encontrar uma nova legenda depois que saiu do ninho tucano; situação complica ainda mais o futuro político no MA


Correram ontem no bastidores políticos mais especulações sobre mudança de partido envolvendo o senador Roberto Rocha. Filho do saudoso governador Luiz Rocha, Roberto já arrumou as malas para sair do PSDB, após perder o comando do partido para o vice-governador Carlos Brandão, em março.

No entanto, cinco meses se passaram e o senador ainda não tem noção onde desembarcará para disputar a reeleição ou buscar novos voos no pleito do próximo ano. Em sua mesa de trabalho, ele analisa os convites, mas sem nenhuma opção capaz de lhe agradar.

O caminho poderá ser o PTB, PP, Patriotas ou até mesmo voltar ao PSDB, caso Brandão venha migrar para o PSB, mas esse é um assunto para nossa próxima abordagem.

Flávio Dino caminha para o Senado sem adversários


Mesmo levando em conta que a contagem regressiva para as eleições vai durar ainda 14 meses, que o calendário eleitoral propriamente dito ainda não foi iniciado, e ainda não haver martelo batido a respeito das candidaturas para o Palácio dos Leões, um fato já está praticamente desenhado no cenário da guerra eleitoral que se aproxima: o governador Flávio Dino (PSB) caminha com segurança a trilha do favoritismo para a única vaga de senador a ser colocada em disputa em 2022.

Isso porque no horizonte dessa disputa não existe, até aqui, dentro ou fora da aliança governista, nenhum nome – político militante ou outsider – com estatura política e potencial eleitoral para se posicionar como concorrente do atual chefe do Governo do Maranhão, que, na semana passada, em entrevista a uma emissora de rádio, confirmou sua pré-candidatura ao Senado. O seu adversário possível seria o senador Roberto Rocha (sem partido), ocupante da cadeira a ser colocada em disputa, mas ele, ao que tudo indica, não pretende não tentar a reeleição, optando por disputar o Governo do Estado ou entrar na guerra por uma cadeira na Câmara Federal.

Isso não significa dizer que o governador Flávio Dino será candidato único ao Senado. Isso não existe na democracia representativa, na qual o conceito de unanimidade não é nem deve ser visto com bons olhos. O que vale mesmo é o conceito de maioria, porque respeita também o de minoria. Outros nomes deverão se apresentar ao eleitorado para brigar pelo mandato senatorial. Até agora, no entanto, nenhum aspirante com estatura política e potencial eleitoral entrou no tabuleiro da política estadual com essa pretensão. Todos os nomes especulados para essa caminhada já anunciaram outros rumos nessa corrida eleitoral.

O espaço natural de surgimento de um candidato a senador com viabilidade seria o Grupo Sarney. Mas ali ninguém parece disposto a assumir o desafio. A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) chegou a cogitar o projeto, mas mudou de ideia, preferindo ser temporariamente lembrada para o Governo, mas focando na Câmara Federal. O empresário Lobão Filho (MDB) e o ex-deputado federal Sarney Filho (PV) passaram a bola para a frente. Hoje, parte do MDB se inclina para a candidatura de Flávio Dino, enquanto outros segmentos sarneysistas, como o PSD, que acatou a decisão do seu candidato a governador, Edivaldo Holanda Jr., de não lançar candidato a senador.

É provável que, mantida sua candidatura, o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL), lance um candidato a senador, sem que haja qualquer sinal de que o nome mais importante da legenda no Maranhão, deputado federal Pedro Lucas Fernandes, queira entrar nessa aventura.

Flávio Dino não chegou a essa posição por acaso nem pela via do populismo barato. Sua estatura política, hoje de alcance nacional, e seu potencial eleitoral, mostrado por pesquisas, são o resultado de uma construção politicamente correta, iniciada ainda no movimento estudantil, nos anos 80, solidificada por uma bem-sucedida carreira como juiz federal, e, finalmente, o desembarque na seara político-partidária. Começou como deputado federal (2006), tropeçou na eleição para a Prefeitura de São Luís em 2008 e para o Governo do Estado em 2010. Nos anos seguintes criou as condições políticas necessárias para vencer a eleição de governador em 2014 e se reeleger em 2018.

Em seis anos e meio de Governo, Flávio Dino alcançou dois êxitos indiscutíveis. Primeiro: realiza um governo inovador, voltado para o plano social e desmontando a velha cultura do “mando, quero, faço”, e sem registro de derrapagens éticas. Segundo: comanda uma guinada política radical no Maranhão, desbancando a máquina política do sarneysismo, sem perseguir adversários nem caçar bruxas, realizando uma transição só vista no estado quando o próprio José Sarney desbancou a máquina vitorinista no final dos anos 60 do século passado. Foram sua eficiência como governante e a sua saudável ação política, principalmente de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que lhe deram a estatura política e a viabilidade eleitoral que o tornou o grande favorito para o Senado no ano que vem.

Político militante e movido pelo realismo que determina a dinâmica da política, o governador Flávio Dino admite sua posição de favorito, mas não endossa a tese do “já ganhou”, lembrando sempre de que cada eleição é uma eleição, e que independentemente da condição de favorito, vai mergulhar de cabeça na campanha eleitoral.

domingo, 8 de agosto de 2021

Contra rebeliões, Lula controlará poder decisório de diretórios do PT


Interlocutores do ex-presidente Lula dizem que um dos pontos a serem tratados na reunião marcada para a segunda-feira (9/8) será a subordinação dos diretórios estaduais às decisões tomadas pela Executiva Nacional do PT.

Aglutinar o poder decisório no comando do partido foi a forma que Lula encontrou para evitar rebeliões internas na sigla. Nas eleições municipais de 2020, o PT teve de lidar com a pecha de partido desunido em função dos conflitos que surgiram em diversos estados. Cizânias foram registradas em Pernambuco, Ceará, São Paulo e Maranhão.

Ao que parece, a maioria dos dirigentes estaduais concordou com a decisão.

Mical confirma voto em Bolsonaro e aguarda PTB decidir para o Governo e Senado


Indagada sobre a posição quanto ao candidato a governador no próximo ano, Mical Damasceno informou que as eleições para o governador é casada com a de senador, mas que seu partido ainda não tomou decisão.

A parlamentar disse que tem respeito e admiração pelo governador Flávio Dino, mas que a decisão de votar para senador em 2022 caberá ao PTB, partido que ela dirige no Maranhão.

A única certeza é a votação e a luta pela reeleição de Jair Bolsonaro, que terá o apoio nacional e local do PTB. “Não mediremos esforços para reeleger nosso presidente para que o Brasil continue dando certo”, afirmou.

Aliados voltam a pressionar por decisão imediata em favor de Brandão


Os principais operadores da candidatura do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) ao Governo do Estado são o ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) e o ex-prefeito de Ribamar, Luiz Fernando Silva.

Segundo apurou o blog, os dois estão fortemente incomodados com os recentes estímulos do governador Flávio Dino (PSB) a outros candidatos.

E voltaram a forçar a barra pela decisão imediata de Dino em favor de Brandão.

No início do ano, este blog repercutiu declaração de José Reinaldo à TV Mirante, pregando a indicação de Brandão “na marra”, fato que repercutiu como ameaça à base aliada, queimando o tucano e levando Tavares a recuar.

Mas agora, tanto Luiz Fernando quanto José Reinaldo reclamam abertamente a aliados da forma como Flávio Dino trata outros candidatos, a exemplo da reunião fechada com o ex-prefeito Edivaldo Júnior (PSD), o estímulo declarado à candidatura de Simplício Araújo (Solidariedade) e a preferência pública pelo secretário Felipe Camarão (PT).

A opção de Dino por outros nomes foi tratada no blog Marco Aurélio D’Eça, no post “Flávio Dino repensa estratégia e pode liberar vários candidatos da base…”

O raciocínio dos brandonistas têm sua lógica: não faz sentido que Flávio Dino obrigue o vice-governador a seguir um protocolo documentado em sua pré-campanha enquanto outros nomes da base têm liberdade para agir da forma que quiserem para viabilizar suas candidaturas.

O grande problema deste raciocínio é o fato de que não apenas Brandão, mas também o senador Weverton Rocha (PDT) foi obrigado a assinar tal protocolo.

Levando em conta que Weverton tem hoje o maior número de partidos e lideranças em sua base de apoio – e lidera todas as pesquisas de intenção de votos entre os nomes da base – é correto afirmar que o estímulo de Dino a outros nomes tem como alvo o senador, e não Brandão.

sábado, 7 de agosto de 2021

Gramado do Castelão custa ao governo Dino o dobro do gasto no Maracanã do RJ


O custo de manutenção e conservação do gramado do Castelão é superior a R$ 1,3 milhão. Para piorar a situação, o campo é considerado um dos piores do Brasil por jogadores e técnicos dos clubes que disputam o Campeonato Brasileiro da Série B.

Segundo o Diário Oficial do governo, o preço exato do contrato, firmado entre a Secretaria de Estado do Esporte e Lazer (Sedel) e a empresa B M de Almeida Eireli, é de R$ 1.342.113,04 (um milhão, trezentos e quarenta e dois mil, cento e treze reais e quatro centavos).

Após ver a matéria do jornalista Daniel Matos, fiz uma pesquisa para saber se o valor era realmente elevado. Em termos comparativos, o governo Flávio Dino está gastando o dobro do que é investido anualmente para manter o gramado do estádio do Maracanã, um dos maiores do Brasil. Atualmente o custo do estádio carioca é cerca de R$ 700 mil por ano.

O fato é que se Flávio Dino usar o gramado do Castelão criar custos de R$ 1 milhão, R$ 5 milhões, R$ 10 milhões ou R$ 1 bilhão, nada vai acontecer. Nem Ministério Público e muito menos a Justiça irão fazer algo. Nunca antes na história do Maranhão um governo foi tão livre para “gastar” o dinheiro do pagador de impostos das formas mais irresponsáveis possíveis.

Contrariando o PSD, vereadora Karla Sarney participa de manifestações em defesa pelo voto impresso


A vereadora por São Luís, Karla Sarney (PSD), saiu às ruas de Brasília em manifestação pelo voto auditável nas eleições de 2022.

“Voto auditável já! A proposta não tem como objetivo retornar ao sistema de votação em cédula de papel. Pelo contrário, o intuito é que o voto continue sendo na urna eletrônica, mas após a confirmação do voto eletrônico, este seja impresso, conferido e automaticamente depositado em outra urna totalmente lacrada. Tudo sem contato direto com o papel”, escreveu a vereadora em suas redes sociais.

Importante ressaltar dois pontos nesse posicionando da vereadora Sarney, primeiro é que o presidente nacional do seu partido, Gilberto Kassab, é contra o voto impresso.

Outro destaque é o fato da proposta ter sido derrotada no nascedouro. Nesta quinta-feira (05) a Comissão do Voto Impresso na Câmara derrubou, por 23 votos a 11, a proposta bolsonarista para retomar a contagem manual dos votos.

Aliás, o deputado federal Edilázio Júnior, presidente estadual do PSD e familiar da vereadora, votou contra o voto impresso, defendido pela parlamentar da capital maranhense.

Ainda na capital federal, Karla conseguiu ser atendida em audiência pela Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos Damares Alves, a quem ela não economizou elogios e alega ter discutido assuntos relacionados a projetos em favor das mulheres.