terça-feira, 10 de agosto de 2021

Roseana muda o discurso e já admite disputar o governo do Maranhão


A ex-governadora Roseana Sarney (MDB), mudou o discurso e nesta terça-feira (10), em entrevista à emissora de sua propriedade, por vídeo conferência, admitiu que possa disputar, ano que vem, a eleição para o comando do Palácio dos Leões.

Presidente estadual do MDB, Roseana e aliados próximos, como o deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente da sigla, trabalhavam, até então, com o cenário no qual a emedebista concorresse ao cargo de deputada federal e, desta forma, ajudasse o seu partido a ampliar sua bancada na Câmara. Em recente entrevista, Roberto Costa chegou a revelar tratativas no partido para que o grupo apoie a candidatura de Flávio Dino, ao Senado, e do candidato apoiado por ele ao governo (Carlos Brandão, Weverton, Simplício…)

“Muita gente fica me perguntando por que eu, que lidero todas as pesquisas de intenção de voto, não concorro novamente ao cargo de governadora. Minha vontade pessoal é não disputar o Governo. Mas isso não depende só de mim. É uma decisão partidária que tenho que respeitar”, afirmou.

“É precipitado descartar logo uma candidatura ao Governo”, completou.

Roseana disse que o MDB está dialogando internamente com todos os agentes da legenda e que também irá manter conversas com todos os demais partidos inseridos e com interesse na sucessão do governador Flávio Dino (PSB).

“Estamos abertos ao diálogo para tomar uma decisão acertada não apenas para o partido, mas principalmente para o Maranhão”.

Citando a pré-candidatura do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior, do PSD, a ex-governadora avaliou que o emedebismo maranhense não descarta também compor com projetos de legendas do campo da oposição

Roseana se mostrou contrária à PEC do voto impresso auditável, defendida pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A ex-governadora afirmou ser favorável ao sistema eleitoral do Distrital Misto.

“Sou contra o Distritão como está por que enfraquece os partidos. Uma democracia forte precisa de partidos fortes”.

Clique Aqui e veja a entrevista. 

Com informações do Gláucio Ericeira.

Superintendência Federal da Pesca no Maranhão é usada para fins eleitorais

Atual superintendente da SEAP, Guilherme Paz, pré-candidato a deputado estadual e Roberto Rocha Júnior que disputará mandato de deputado federal, se tornaram da noite para o dia, “amigos dos pecadores”.


A SEAP – Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura no Maranhão que tem como titular Guilherme Paz, filho do ex-deputado estadual Clodomir Paz, assessor do senador Roberto Rocha, tem sido usada violentamente em prol de uma dobradinha política visando as eleições de 2022.

Guilherme Paz é pré-candidato a deputado estadual e o ex-vereador por São Luís Roberto Rocha Júnior, filho do senador, disputará cadeira na Câmara Federal no ano que vem.


Já em clima de campanha, nos últimos meses eles têm recebido diariamente dirigentes de entidades pesqueiras espalhadas por todos os cantos do Maranhão, conforme registro nas suas próprias redes sociais.

Questionado pelo Blog se é servidor da SEAP, Roberto Rocha Jr explicou que “não”. Sobre o fato de a cada dia aparecer com um dirigente de entidade pesqueira de diferente região maranhense, o filho do Senador explicou que os líderes da classe procuram o pai dele em busca de apoio.

“Eles [presidente de entidades pesqueiras] buscam apoio do senador [seu pai] às suas entidades em Brasília: Codevasf, Funasa, INSS, SEAP e até CONAB. Normal”, disse.

– Declaração de Validação de Protocolo

Porém, o Blog apurou que a história não é bem essa, na verdade, Guilherme Paz e Roberto Júnior estão usando a SEAP como trampolim político por artifício de uma Portaria emitida pela Gerência Executivo do INSS em São Luís, comandada por Luís Carlos Silva, também aliado do senador Roberto Rocha.

A polêmica Portaria reza que para formar o processo de liberação do Seguro Defeso é, obrigatoriamente, preciso a “Declaração de Validação de Protocolo” emitido unicamente pela SEAP.

Sem esse documento é impossível apresentar junto ao INSS o pedido do benefício [auxílio financeiro] pago ao pescador artesanal que fica proibido de exercer a atividade pesqueira durante o período de defeso de alguma espécie.

Portanto, a peregrinação de dirigentes de entidades pesqueiras que posam todos os dias para fotos ao lado de Guilherme Paz e Roberto Júnior é exatamente em busca de receber a almejada “Declaração de Validação de Protocolo” para os pescadores que querem dar entrada no Seguro Defeso.


Como apenas a SEAP pode emitir o documento, isso está sendo usado para beneficiar quem fecha compromisso político com a dupla para as eleições 2022.

Cabe agora a Justiça Eleitoral, em especial ao Ministério Público Eleitoral, investigar a atuação da dupla. 

Domingos Costa

segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Josimar garante que não abre mão de candidatura ao governo


O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) reafirmou o fim de semana que pretende mesmo ser candidato a governador do Maranhão no ano que vem.

Em discurso na cidade de Bacuri, ele garantiu que não abre mão do projeto.

“É com esse sentimento de querer fazer mais pelo nosso estado do Maranhão que afirmamos, sim, que venha quem vier Josimar Maranhãozinho estará na disputa para Governo do Estado em 2022”, disse.

O parlamentar foi um dos presentes a um encontro de líderes promovido pelo governador Flávio Dino (PSB) no qual se firmou um compromisso de unidade em torno de uma candidatura única. Ele, no entanto, não quis assinar uma carta conjunta nestes termos.

Prefeitura de Morros dá início as aulas presenciais da rede municipal de ensino


Após um ano meio de salas de aula vazias em decorrência da pandemia do novo Coronavírus, a rede municipal de ensino do município de Morros, deu início nesta segunda-feira (09), as aulas presenciais do ensino híbrido de forma gradativa. O prefeito Milton Santos (Paraíba), o vice-prefeito, professor Edinaldo e o secretário municipal de Educação, Mário Alberto, estiveram na Escola Tancredo Neves para recepcionar os alunos juntamente com os educadores.

Segundo a gestora da Escola Municipal Tancredo Neves, as aulas presenciais de forma híbrida serão nas segundas, quartas e sextas, com divisão de grupos de alunos. Nas terças e quintas-feiras as aulas serão ministradas de forma remota através do ensino online.

"Estamos seguindo a recomendação da Secretaria Estadual da Educação, obdecendo todos os protocolos e medidas sanitárias. Os horários de aula do Ensino Híbrido serão divididos em duas etapas distintas: uma remota e outra presencial com rotatividade de alunos semanal em dois grupos A e B". Nas terças e quintas será feita uma higienização em toda a escola", explicou a gestora, Lizziane Brandão.

Para o prefeito de Morros, o momento da volta às aulas presenciais, não pode ser confundido com baixar a guarda em relação as medidas de segurança de saúde. "Todos os nossos Educadores e profissionais da Educação já foram imunizados, uns com a primeira a dose e outros já com segunda dose, mas não podemos relaxar, usar máscaras e manter o distanciamento ainda é a melhor forma de não contrair o coronavírus. Esperamos que em breve, todos os nossos alunos sejam imunizados. Que Deus abençoe esta volta as aulas", finalizou o prefeito Milton Santos (Paraíba).

As aulas presenciais do Ensino Híbrido também iniciaram em algumas escolas municipais da sede e da zona rural, a transição do ensino remoto para o presencial está acontecendo de forma gradadiva em todo o município de Morros.

Ascom

Flávio Bolsonaro critica Dino por placa em obra federal: ‘Engana a população’


O senador Flávio Bolsonaro (sem partido) fez uma dura crítica ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), ao comentar o caso em que a gestão do socialista colocou uma placa do governo estadual em obra federal em São Luís.

No Instagram, o filho do presidente da República acusou Dino de “enganar a população”. “Com recursos 100% federais, governador do Maranhão engana a população e coloca placa dele na obra de Bolsonaro”, escreveu.




Dino reagiu.

Não se importou em negar a acusação, mas desferiu ataques contra o senador.

“A obsessão do pai contaminou o filho que só entende de ‘rachadinhas’ e mansão milionária no Lago Sul. Deveria procurar alguma coisa de útil para fazer. E deixar o Maranhão em paz. Temos muito o que fazer aqui, diferente dessa gente que fica só em passeio de moto e cercadinho”, disse.

Ao jornalista John Cutrim, o secretário de Estado das Cidades e Desenvolvimento Urbano, Márcio Jerry – cuja pasta é responsável pela execução dos serviços – confirmou que os recursos são federais. E acabou atestando a lentidão da gestão estadual para tocar a obra ao informar que as verbas foram disponibilizadas ainda no governo Dilma Rousseff (PT).

“Obra executada pelo governo do Maranhão através da Secretaria de Cidades e Desenvolvimento Urbano, com repasses de operação com a CEF celebrada ainda no governo Dilma”, disse, revelando que a obra na capital estende-se, pelo menos, há cinco anos.

Gilberto Léda

Roberto Rocha ainda não sabe em qual partido vai se filiar

Senador maranhense mostra dificuldade em encontrar uma nova legenda depois que saiu do ninho tucano; situação complica ainda mais o futuro político no MA


Correram ontem no bastidores políticos mais especulações sobre mudança de partido envolvendo o senador Roberto Rocha. Filho do saudoso governador Luiz Rocha, Roberto já arrumou as malas para sair do PSDB, após perder o comando do partido para o vice-governador Carlos Brandão, em março.

No entanto, cinco meses se passaram e o senador ainda não tem noção onde desembarcará para disputar a reeleição ou buscar novos voos no pleito do próximo ano. Em sua mesa de trabalho, ele analisa os convites, mas sem nenhuma opção capaz de lhe agradar.

O caminho poderá ser o PTB, PP, Patriotas ou até mesmo voltar ao PSDB, caso Brandão venha migrar para o PSB, mas esse é um assunto para nossa próxima abordagem.

Flávio Dino caminha para o Senado sem adversários


Mesmo levando em conta que a contagem regressiva para as eleições vai durar ainda 14 meses, que o calendário eleitoral propriamente dito ainda não foi iniciado, e ainda não haver martelo batido a respeito das candidaturas para o Palácio dos Leões, um fato já está praticamente desenhado no cenário da guerra eleitoral que se aproxima: o governador Flávio Dino (PSB) caminha com segurança a trilha do favoritismo para a única vaga de senador a ser colocada em disputa em 2022.

Isso porque no horizonte dessa disputa não existe, até aqui, dentro ou fora da aliança governista, nenhum nome – político militante ou outsider – com estatura política e potencial eleitoral para se posicionar como concorrente do atual chefe do Governo do Maranhão, que, na semana passada, em entrevista a uma emissora de rádio, confirmou sua pré-candidatura ao Senado. O seu adversário possível seria o senador Roberto Rocha (sem partido), ocupante da cadeira a ser colocada em disputa, mas ele, ao que tudo indica, não pretende não tentar a reeleição, optando por disputar o Governo do Estado ou entrar na guerra por uma cadeira na Câmara Federal.

Isso não significa dizer que o governador Flávio Dino será candidato único ao Senado. Isso não existe na democracia representativa, na qual o conceito de unanimidade não é nem deve ser visto com bons olhos. O que vale mesmo é o conceito de maioria, porque respeita também o de minoria. Outros nomes deverão se apresentar ao eleitorado para brigar pelo mandato senatorial. Até agora, no entanto, nenhum aspirante com estatura política e potencial eleitoral entrou no tabuleiro da política estadual com essa pretensão. Todos os nomes especulados para essa caminhada já anunciaram outros rumos nessa corrida eleitoral.

O espaço natural de surgimento de um candidato a senador com viabilidade seria o Grupo Sarney. Mas ali ninguém parece disposto a assumir o desafio. A ex-governadora Roseana Sarney (MDB) chegou a cogitar o projeto, mas mudou de ideia, preferindo ser temporariamente lembrada para o Governo, mas focando na Câmara Federal. O empresário Lobão Filho (MDB) e o ex-deputado federal Sarney Filho (PV) passaram a bola para a frente. Hoje, parte do MDB se inclina para a candidatura de Flávio Dino, enquanto outros segmentos sarneysistas, como o PSD, que acatou a decisão do seu candidato a governador, Edivaldo Holanda Jr., de não lançar candidato a senador.

É provável que, mantida sua candidatura, o prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahesio Bonfim (PSL), lance um candidato a senador, sem que haja qualquer sinal de que o nome mais importante da legenda no Maranhão, deputado federal Pedro Lucas Fernandes, queira entrar nessa aventura.

Flávio Dino não chegou a essa posição por acaso nem pela via do populismo barato. Sua estatura política, hoje de alcance nacional, e seu potencial eleitoral, mostrado por pesquisas, são o resultado de uma construção politicamente correta, iniciada ainda no movimento estudantil, nos anos 80, solidificada por uma bem-sucedida carreira como juiz federal, e, finalmente, o desembarque na seara político-partidária. Começou como deputado federal (2006), tropeçou na eleição para a Prefeitura de São Luís em 2008 e para o Governo do Estado em 2010. Nos anos seguintes criou as condições políticas necessárias para vencer a eleição de governador em 2014 e se reeleger em 2018.

Em seis anos e meio de Governo, Flávio Dino alcançou dois êxitos indiscutíveis. Primeiro: realiza um governo inovador, voltado para o plano social e desmontando a velha cultura do “mando, quero, faço”, e sem registro de derrapagens éticas. Segundo: comanda uma guinada política radical no Maranhão, desbancando a máquina política do sarneysismo, sem perseguir adversários nem caçar bruxas, realizando uma transição só vista no estado quando o próprio José Sarney desbancou a máquina vitorinista no final dos anos 60 do século passado. Foram sua eficiência como governante e a sua saudável ação política, principalmente de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que lhe deram a estatura política e a viabilidade eleitoral que o tornou o grande favorito para o Senado no ano que vem.

Político militante e movido pelo realismo que determina a dinâmica da política, o governador Flávio Dino admite sua posição de favorito, mas não endossa a tese do “já ganhou”, lembrando sempre de que cada eleição é uma eleição, e que independentemente da condição de favorito, vai mergulhar de cabeça na campanha eleitoral.