segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Braide cede as pressões e se torna refém dos empresários


O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos) tenta mascarar o auxílio financeiro que concederá aos donos de empresas que fazem o transporte público da capital.

De acordo com Eduardo Braide, a prefeitura de São Luís vai conceder uma ajuda em dinheiro para aos empresários para evitar ao aumento da tarifa de ônibus na capital, em contrapartida, a prefeitura lançará um programa social batizado de “Cartão Cidadão” que prevê tarifa zero as pessoas de baixa renda, em especial aos trabalhadores que perderam seu emprego durante a pandemia da Covid-19.

Se for visto pelo lado do benefício social à população, a ideia é boa, por outro lado existe um outro grande fator que temos que levar em conta, a prefeitura de São Luís mais uma vez vai se torna refém dos empresários que comandam o sistema de transporte na capital.

Sem apresentar detalhes, Eduardo Braide vai cometer o mesmo erro de outros gestores que assumiram a cadeira no Palácio de La Ravardière, ceder à pressão dos empresários. Vale ressaltar, que desde o início do ano, a prefeitura São Luís já paga um subsídio para os empresários do sistema como uma espécie de ajuda.

Agora, por meio dessa ajuda de custo, Eduardo Braide elimina todo seu discurso que tinha durante a sua campanha para prefeito de São Luís, tornando-se mais um político que para conseguir se eleger, prometeu algo que não conseguiu cumprir.

Surto machista faz Rogério Cafeteira atacar secretária de Planejamento


O secretário de Esportes do Governo do Estado do Maranhão, Rogério Cafeteira, usou suas redes sociais para atacar a também secretária Cynthia Mota, titular da pasta do Planejamento. Cafeteira publicou uma indireta que foi respondida por Cynthia Mota.
Na réplica, e já com o entrevero entre os dois evidenciado, o secretário desmereceu a capacidade de Cynthia Mota em conduzir o cargo que ocupa. O comentário misógino foi acompanhado pelo secretário de saúde, Carlos Lula.
O silêncio do movimento feminista em relação a um homem que desmerece a capacidade de uma mulher em relação ao cargo que ocupa e credita sua ascensão a favores diz muito sobre o feminismo dos tempos atuais. Se não fosse Cafeteira secretário do comunista Flávio Dino, estaria sendo cancelado. Como é esquerdista, pode afirmar que qualquer mulher em qualquer lugar está lá por favor e não por capacidade. Nada irá acontecer.

DETALHE: Não foi a primeira vez que Cafeteira agiu de forma a atacar mulheres na política. Quando deputado, na legislatura 2015 a 2018, ele teve como um dos pontos altos do seu mandato os ataques contra a ex-deputada Andrea Murad. Como hoje, na ocasião nenhuma militante do movimento feminista demonstrou incômodo.

Se fosse eu a escrever sobre mulher que está no cargo porque não tem capacidade e é jabuti…

domingo, 24 de outubro de 2021

Flávio Dino dá mais um passo no sonho de ser Sarney


O desejo do governador Flávio Dino (PSB) em ser Sarney foi alimentado desde a infância, quando, ao lado de outros “herdeiros do poder”, como o senador Roberto Rocha (sem partido), se esbaldava nos corredores do Palácio dos Leões, assim como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post “Flávio Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

Sonho este reforçado pelo Jornal Pequeno – antes mesmo de ele ser eleito – como mostra artigo publicado em abril de 2014, e analisado pro este blog no post “Jornal alinhado a Flávio Dino orienta o comunista a ser como Sarney”.

O tempo passou, Flávio Dino foi reeleito governador e tentou repetir Sarney em tudo, incluindo o sonho – ainda inatingível – de tornar-se presidente da República.

Mas, se para o ex-presidente este caminho foi natural, Flávio Dino força a barra para percorrê-lo, como a que o tornou nesta quinta-feira, 21, membro da Academia Maranhense de Letras, num movimento tosco de constrangimento dos imortais, forçados a elegerem-no apenas pelo fato de a cadeira 32 ter pertencido ao seu pai, o imortal Sálvio Dino.

Uma das características de José Sarney era a incapacidade de sentir ódio, que se somava à sua capacidade de converter adversários em aliados.

O próprio Flávio Dino já experimentou desta capacidade, tornando-se, nos últimos anos, sarneysista a ponto de oferecer a vaga de suplente de senador a um indicado do ex-presidente.

Dino ainda precisa percorrer um longo caminho até chegar perto do que Sarney foi: governador, presidente da República, quatro vezes presidente do Senado, maior político da história, escritor renomado e traduzido internacionalmente, membro das academias Maranhense e Brasileira de Letras e doutor honoris causa em diversas universidades mundo afora.

O ex-comunista – agora socialista e imortal postiço – está na estrada, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post lá de 2014.

De qualquer forma, o próprio blog já alertava Flávio Dino, naquela época, do risco de se tornar caricato na tentativa de tornar-se outra pessoa.

E “virar uma mera cópia do que dizia combater”….


sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Conselheiro do TCE "cai em campo" para manter os mandatos dos filhos na Câmara e Assembleia

Edmar Cutrim em visita aos “Caldas”, consolidando os votos para os filhotes Gil e Glalbert

Conhecido no meio político como um dos maiores operadores da política, o conselheiro e ex-presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Edmar Cutrim, vem aparecendo sistematicamente em municípios do Maranhão visitando bases eleitorais que votaram ou poderão votar nos seus filhos, Glalbert Cutrim (PDT) e Gil Cutrim (Republicanos).

Na última semana ele esteve em Cantanhede onde visitou diretamente lideranças indicadas pelo prefeito José Martinho, mais conhecido como Kabão.

Prestes a deixar o cargo de conselheiro, e “macaco velho”, como se diz na gíria política, Edmar Cutrim sabe da força que perderá com sua saída do TCE, além de ter a clara noção da vulnerabilidade da eleição dos dois filhos.

Em Cantanhede, o atual prefeito, que vive lidando com problemas de prestação de contas no TCE, garante que irá votar nos filhos do conselheiro. O problema é que para deputado federal, Kabão também promete votos para o deputado federal, Hildo Rocha (MDB).

Temendo, portanto, essa divisão do eleitorado de Kabão, Edmar Cutrim resolveu visitar diretamente as lideranças prometidas, como tem feito em outros municípios nos quais já identificou fragilidade de Gil e Glalbert Cutrim.

Por Matias Marinho 

Morre a mãe de Osmar Filho, a prefeita de Cajari, Dra. Maria Felix


O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Osmar Filho (PDT), comunicou às 6h da manhã desta sexta-feira (22), que a sua mãe, a prefeita de Cajari, Mária Felix, faleceu após lutar bravamente contra um câncer. Ela estava internada em um hospital de Brasília e já tinha pedido licença do comando da Prefeitura no último dia 13 de outubro.

Mária Felix tinha 55 anos e era natural de Cajari, trabalhou como professora ao longo da sua vida. Ela era casada com o juiz Osmar Gomes.

“É com profundo pesar que comunico o falecimento de minha mãe, Dra. Maria Felix, prefeita de Cajari, ocorrido na madrugada desta sexta-feira (22) em Brasília onde se submetia a tratamento de saúde.
Esposa, filha, avó, amiga e liderança política do nosso estado, minha mãe deixa um legado de retidão, de ética e de amor ao próximo. Sua alegria, seu cuidado, seu senso de justiça permanecerão vivos para sempre em nossos corações! Obrigado por tudo, mãe ! Que o nosso Deus a receba em paz na sua morada eterna e que Ele nos dê o conforto nesse momento de muita dor”, postou Osmar Filho em sua página pessoal no Instagram.

Quem assume o comando da Prefeitura de Cajari é o vice-prefeito Constâncio Sousa.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

Brandão admite dificuldade na união do seu grupo político


O vice-governador e pré-candidato ao Governo do Maranhão, Carlos Brandão (PSDB), admitiu, em entrevista ao O Estado, que existe sim uma dificuldade na união do grupo político comandado pelo governador Flávio Dino (PSB) em torno de um único nome para as eleições de 2022, pelo menos com relação a disputa do Palácio dos Leões.

Brandão reconheceu o esforço do governador Flávio Dino em busca de uma unidade, mas disse que nem sempre isso será possível.

“A unidade é importante, mas nem toda vez se consegue. Vamos ver se a gente, até lá, consegue fazer algum esforço para estar todo mundo unido”, destacou.

O vice-governador fez questão de reconhecer que todas as pré-candidaturas possuem legitimidade, mas entende que existe um compromisso em prol da unidade de um grupo, pelo bem do Maranhão e continuidade do trabalho do governador Flávio Dino.

“Todos nós estamos trabalhando pela unidade. De fato, as candidaturas colocadas todas são legítimas, todos os pré-candidatos têm partidos, têm filiações partidárias, então é legítimo que eles possam pleitear. E todos têm projetos para o Maranhão. Agora, na carta que nós assinamos, na última reunião que fizemos, entre todos partidos e lideranças políticas, o governador foi bem claro sobre isso: primeiro foi colocado que nós teríamos apenas um candidato a senador; segundo, que o processo sucessório seria conduzido pelo governador Flávio Dino, e todos assinaram a carta; e que ele só teria um candidato [a governador]. Ele, inclusive, colocou bem claro que não iria repetir o que aconteceu em 2020, de ele ter vários candidatos e ele se manifestar apenas no segundo turno. Então ele deixou na carta que terá apenas um candidato. E que, durante esse período em que todo mundo está fazendo a sua movimentação, sua mobilização, a gente trabalharia pela unidade”, afirmou.

Brandão ainda destacou que existe uma nova reunião agendada para novembro, com todo o grupo político do governador Flávio Dino, para tratar sobre as eleições 2022. O que ainda não se sabe é se Dino “baterá o martelo” ou se postergará ainda mais a sua decisão. Clique aqui e leia a entrevista na íntegra.

É aguardar e conferir, mas a cada dia que passa, menos se acredita numa unidade e mais se aposta num racha ainda maior na base de Flávio Dino, vide que o grupo comandado pelo deputado federal, presidente do PL no Maranhão e pré-candidato ao Governo do Estado, Josimar de Maranhãozinho, já abandonou a barca dinista.

Deputado do MA vai ao STF saber se é investigado por venda de emendas


O deputado federal Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) ingressou no STF (Supremo Tribunal Federal), na última sexta-feira (15), requerimento de acesso à informações com objetivo de saber se é alvo de procedimentos investigatórios que apuram a suspeita de desvio de emendas parlamentares destinados a municípios do Maranhão.

A resposta foi concedida nessa segunda-feira (18), em decisão proferida pelo presidente da Corte, ministro Luiz Fux.

Segundo Fux, em pesquisa fonética realizada nos sistemas informatizados do Supremo, tanto pelo nome completo quanto o CPF do parlamentar, não foram encontrados processos em tramitação em nome do petebista, exceto a própria petição em que buscou a informação.

Contudo, destaca o ministro na decisão, a pesquisa processual realizada não considerou a busca por processos sigilosos. Por esta razão, Fux determinou o arquivamento do processo.

O pedido de informações de Pedro Lucas ao Supremo foi feito pelo escritório Aragão & Tomaz Advogados Associados, dos sócios Eugênio José Guilherme de Arazão e Willer Tomaz de Souza, na mesma data em que reportagem da revista Crusoé citou o parlamentar entre os investigados em um inquérito sigiloso que corre no STF com objetivo de apurar a suspeita de compra e venda de emendas parlamentares.

Horas antes da decisão de Fux, Pedro Lucas disse que não era investigado, e que a citação ao nome dele pela Crusoé relata a destinação de uma emenda de R$ 4 milhões para Arame que, segundo ele, “ainda não foi nem aprovada na CEF [Caixa Econômica Federal]”. O município é comandado pelo ex-deputado federal Pedro Fernandes, também do PTB e pai de Pedro Lucas.

Sobre o pedido feito ao STF, alegou ter feito para garantir “direito de resposta e outros direitos”, e rebateu a informação de que faça parte do grupo político comandado pelo deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL-MA).

De acordo com a Súmula Vinculante 14, procedimentos eventualmente sigilosos têm seu acesso garantido exclusivamente às partes e seus advogados. Na decisão sobre o pedido de Pedro Lucas, porém, Fux destaca que esse acesso ocorre “sempre que inexista prejuízo para a realização de diligências, razão pela qual esta Presidência não detém informação sobre feitos desta natureza”.

O inquérito revelado pela Crusoé segue a mesma linha de outra apuração no Supremo, também sigilosa, revelada no último 8, que envolve pelo menos outros quatro congressistas maranhenses em suposto desvio de valores de emendas parlamentares destinadas a municípios maranhenses, inclusive por congressista de outro reduto eleitora.

Os alvos são: os deputados federais Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil (PL-MA) e Hildo Rocha (MDB-MA), além do senador Roberto Rocha (PSDB-MA).

A investigação foi instaurada com base em anotações manuscritas e mensagens em aparelhos celulares apreendidas no bojo da Operação Ágio Final, deflagrada pela PF do Maranhão em dezembro de 2020, com objetivo de desarticular suposto esquema de extorsão contra prefeituras maranhenses que foram beneficiadas com emendas destinadas por diversos congressistas.

A citação aos parlamentares e o fato dos valores discriminados nas anotações serem idênticos aos valores das emendas destinadas não configuram prova do envolvimento deles nos crimes apurados, mas os indícios levaram a PF a investigar a suposta conexão.

Procurados, apenas Roberto Rocha e Hildo Rocha retornaram o contato.

“Eu investigado?? Por quem e por que??? Então estão investigando 81 senadores e 513 deputados. A menos que alguém tenha colocado meu nome em algum desses inquéritos. Eu até imagino quem seja”, respondeu o senador tucano, sem entrar em detalhes a respeito da suspeita apurada pela PF nem sobre quem teria “colocado” o nome dele na apuração.

Já o emedebista, em nota enviada por sua assessoria, ressaltou haver presidido nesta semana audiência pública da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, na qual teve a participação do ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário. Durante a apresentação de relatórios de auditorias feitas em convênios e aquisições de equipamentos com recursos federais, Rosário revelou a possibilidade de haver negociatas com emendas parlamentares.

“Segundo ele, a CGU em conjunto com a Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão apurando possíveis irregularidades realizadas com emendas. Entretanto, não foram apontados nomes de investigados”, disse Hildo Rocha.

O Blog apurou que o inquérito foi originalmente instaurado pela Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros da Polícia Federal no Maranhão, quando buscava apurar suposta prática de associação criminosa e tráfico de influência que seriam encabeçadas pelo agiota Josival Cavalcante da Silva, mais conhecido como Pacovan.

No curso das investigações, foi identificada a possível relação dos parlamentares com os delitos apurados, com isso os autos foram remetidos para o STF, em razão do foro por prerrogativa de função dos deputados e do senador da República. A suspeita é de que o grupo tenha recebido até 25% do valor total das emendas destinadas aos municípios maranhenses, como suposto pagamento de propina, mediante comissão de Pacovan, supostamente obtido por meio de contratos com empresas de fachada.

O relator do caso no Supremo é o ministro Ricardo Lewandowski.

Em publicação nas redes sociais, o deputado Josimar Maranhãozinho classificou a suspeita levantada pela PF como perseguição de adversários políticos na disputa de 2022, por estar postulando concorrer ao Palácio dos Leões em oposição ao grupo político controlado pelo governador Flávio Dino (PSB).

“Sinceramente, nem me surpreendo com tamanha perseguição e má fé, por parte de alguns indivíduos. Não são capazes de superarem meus trabalhos e partem para a difamação. Nessa ‘selva", algumas ratazanas se escondem em alcovas de leões. Mas, às vezes, caem em sua própria armadilha”, escreveu.

Por Atual 7