quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Bolsonaro no PL o "poder de fogo" de Maranhãozinho será testado


O presidente nacional do PL, o notório ex-deputado federal Waldemar Costa Neto, convidou o presidente Jair Bolsonaro e sua turma, encabeçada pelos três filhos, a se filiarem ao partido. Como fracassou em criar o próprio partido, já perdeu o PSL, foi descartado pelo Patriota e sofreu fortes e duras restrições ao tentar se aproximar do PP, não será surpresa se o presidente aceitar o convite do chefão do partido. A se confirmar tal hipótese, incluindo a provável adesão do senador Roberto Rocha ao movimento migratório, ela terá fortes e graves desdobramentos na política maranhense.

Para começar, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, que controla com mão de ferro o braço do PL no estado, muito provavelmente será alçado à condição de chefe do bolsonarismo no Maranhão, e nessa condição poderá tornar irreversível o seu projeto de candidatura à sucessão do governador Flávio Dino (PSB). Poderá também acontecer o contrário, caso Roberto Rocha venha a ser brindado com o “posto”, o que é mais provável, porque parece ser esse o projeto que o senador cultiva enquanto aguarda a definição do pouso partidário do presidente.

Se Waldemar Costa Neto conseguir atrair o presidente Jair Bolsonaro e sua turma para o PL, é muito provável que em algum momento o comando do partido no Maranhão seja colocado em xeque. E aí se saberá qual é o real poder de fogo de Josimar de Maranhãozinho.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

Eduardo Braide sem perspectiva de futuro…


Ao ser eleito em 2020, prefeito de São Luís, Eduardo Braide despertou uma grande expectativa na população quanto a sua futura gestão. Inicialmente, ele até demonstrou que seria um político com condições de se tornar um líder e que possuía condições comandar um novo grupo político, forte o suficiente para chegar ao Palácio dos Leões em um médio espaço de tempo, não só com boa desenvoltura política, mas com capacidade de trabalho. Mas o tempo passou e com menos de um ano de gestão, a percepção é que o chefe do Palácio de La Ravardiere, se encastelou em seu próprio mundo e demonstra ser um político sem perspectiva de futuro.

Não à toa, diversos são os nomes que já começam a fazer sombra a Eduardo Braide. O ex-prefeito Edivaldo Holanda Júnior, o deputado estadual Duarte Júnior e até mesmo o secretário de Educação, Felipe Camarão.

Eduardo Braide não foi eleito em 2020 com um grande grupo político, mas sim, contou com um recall de 2016 e deu sorte pelas táticas equivocadas adotadas por Flávio Dino, Weverton e seu grupo, assim como a neutralidade de Edivaldo Holanda Júnior.

Porém ao conquistar a Prefeitura, Eduardo Braide poderia ampliar seu poderio político, mas pelo contrário se desgastou politicamente, principalmente com os principais aliados – Roberto Rocha (PSDB), César Pires (PV) e Edilázio Júnior (PSD) – que não admitem publicamente, mas sentem uma frustração em relação a falta de dialogo e o não cumprimento de acordos feitos no período pré e eleitoral.Apoiador de Braide em 2020, Marquinhos passou a ser ignorado pelo prefeito

Experiente com passagem pela Assembleia Legislativa, líder de bloco e presidente de Comissão, Eduardo Braide mantém um moro de isolamento com o parlamento municipal e passou a governar sozinho e/ou com poucos vereadores, nem chegando a ter a metade da Câmara Municipal. Muitos do que pediram voto, hoje sentem vergonha de tal ato, vide Marquinhos da Vila Luizão, Francisco Chaguinhas, Umbelino Júnior e outros.

Para piorar, o irmão, Fernando Braide, é apontado como alguém que tem expressiva atuação na gestão e é considerado o homem forte, aquele que decide por exonerar e/ou nomear os servidores municipais. Fontes apontam que ele seria considerado o secretário de fato da Saúde, afinal ele seria o responsável por manter o controle de todos os cargos importantes da pasta.

Erros de comuns de um político inexperiente, mas Eduardo não é. Mesmo assim ele acaba ser rebaixado para um patamar de um prefeito fadado ao fracasso político e com uma consequente derrota eleitoral em 2024, ainda que seja cedo, para discutir o assunto.

Ainda que os mais convictos defensores apontem que Braide está focado na gestão, acaba sendo uma defesa com fraco embasamento, afinal os últimos dez meses foram marcados por uma ação que foi toda graças ao Governo Federal. E se não fosse a vacina contra a covid-19, Eduardo não teria o que mostrar neste momento, e lembrando que a Prefeitura de São Luís não comprou uma dose sequer de imunizante, mas se somente se, aplicou e contou com a sorte do indiano estar em um navio às margens da Ilha.

Caso contrário, restaria a Eduardo Braide falar de ações medíocres para quem comanda uma capital de mais de um milhão de habitantes. Exemplo disto: o Ponto Limpo, que consistia em fazer serviço de jardinagem em canteiros em avenidas e ruas da capital. De tão fraca essa ação, praticamente foi abandonada. Outra atividade exaltada pela gestão, mas que demonstra a minúscula expressão do poder público foi o “Bueiro em Nível”, chega a ser risível e é triste acompanhar uma capital com o potencial de São Luís ser rebaixada a uma ação digna de município recém-criado.

Mas ainda assim há quem insista, que ruas estão sendo asfaltados, iluminação de LED está chegando em alguns pontos. Todas são ações pontuais, que representam pouco impacto na vida da população ludovicense, sem esquecer de que fica bem aquém de um prefeito que se dizia na campanha eleitoral: pronto.

Pronto para quê? Pronto para fracassar? Pronto para deixar a população com saudade do antecessor, Edivaldo Holanda Júnior?

E falando no ex-prefeito, Eduardo Braide foi incapaz de concluir nos últimos dez meses a obra do Anel Viário, talvez por querer deixar cair no esquecimento da população que foi Holandinha que começou ou até mesmo por incompetência.

Mas a falta de resposta do poder público não reside apenas na falta de obras estruturantes ou de impacto. Mas sim no dia-a-dia também.

A Educação que já está na terceira secretária, vive o sucateamento. Os professores que tinham Eduardo Braide como esperança, agora vivem lamentado o fato dele ser prefeito. Menos de 20 escolas tem aulas presenciais, as demais não possuem a mínima condição de receber professores e alunos. Creches são reinauguradas, mas a obra feita foi apenas a pintura na fachada com a marca da atual gestão.

O Transporte vive o caos, uma greve dos trabalhadores com menos de um ano de gestão expõe a falta de capacidade da Prefeitura de dialogar com empresários, motoristas e cobradores para evitar as paralisações. Fora a questão estrutural, ônibus caindo aos pedaços ou pegando fogo. Falta discutir a possibilidade de novos modais, deixando a população refém apenas dos coletivos ou de alternativas precárias como vans e carrinhos lotação.

Na Assistência Social, programas são desativados como o premiado Circo Escola. No Esporte, o básico que seria garantir a iluminação do Nhozinho Santos não é feito. Fora o fato de Secretarias existirem para garantir apenas emprego para políticos que não obtiveram sucesso eleitoral, caso de Pavão Filho que é secretário de Orçamento Participativo, e nunca um único release da Secretaria de Comunicação apresentou qualquer ação de pasta ou da Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, que talvez nem tenha sede para o secretário André Campos ir despachar.

A verdade é que a propaganda vendida por Eduardo Braide durante a campanha eleitoral trouxe um sentimento de frustração. Ainda que alguns defendam que ainda é cedo para cobrar algo, tá na hora da Prefeitura de São Luís ser mais do que uma niveladora de bueiros ou especializada em fazer jardinagem em canteiros.

Porém, a pandemia da covid-19, possivelmente ainda garanta uma sobrevida a essa falsa sensação de gestão exitosa que a vacinação construiu, mesmo que este não seja um mérito da Prefeitura, mas no Brasil é comum se vangloriar com os méritos alheios. E vale destacar que a própria imunização apresentou problemas, sendo centralizada e faltando acessibilidade, expôs a imagem da gestão, afinal várias foram cenas de pessoas humilhadas no sol quente a espera do que é básico, do que é mínimo, que é receber a vacina no braço.

Mas quando o assunto covid-19 esgotar, o que Eduardo Braide vai ter para mostrar? Na visão de quem fez parte e acompanha os bastidores da política municipalista, o prefeito um temperamento totalmente incompatível com aquilo que se espera de um líder, e talvez só aí se dará contar dos erros cometidos ou ainda mantenha-se encastelado acreditando que tudo está perfeito.

Mais uma vez é de se lamentar, afinal a frustração, decepção, desilusão e o desencanto é enorme por parte de uma população sedenta por transformações de verdade, que infelizmente até o presente momento não chegaram.



Disputa pelo Senado deve ser acirrada


O cenário dos sonhos de Flávio Dino de ser candidato único ao Senado Federal se desfaz à medida que o debate pré-eleitoral se intensifica.

Hoje, meia dúzia de nomes avaliam concorrer à cadeira ocupada atualmente pelo senador Roberto Rocha. Isso sem considerar o próprio ‘Asa de Avião’, que tem legitimidade para optar pela reeleição.

Segundo colocado das pesquisas no confronto direto com o mandatário do Palácio dos Leões, Roberto teme o vexame eleitoral de 2018 e aguarda as definições eleitorais do governador para se colocar ou não como postulante à reeleição.

Outro que se coloca à disposição para a disputa é o petista Paulo Romão, que encontrou na pré-candidatura de Felipe Camarão a governador a chance de percorrer o interior do estado e defender dentro do PT o debate da construção de uma ‘chapa pura’ para a sucessão majoritária do ano que vem.

No PSD, de Edilázio Junior, o pré-candidato é o ex-prefeito de Arari, Djalma Melo. Contudo, há quem veja em Edivaldo Holanda Junior, ex-prefeito de São Luís, o candidato ideal para ‘bater’ Flávio Dino na disputa de senador.

A depender da conjuntura, a ex-senadora Roseana Sarney, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho, o prefeito Erlanio Xavier, o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, e o ex-governador José Reinaldo Tavares também são considerados ‘players’ da corrida senatorial.

Todos aguardando ansiosamente pelo resultado da reunião que escolherá entre o vice Carlos Brandão, o senador Weverton Rocha e o secretário Simplício Araújo o pré-candidato ao governo a ser apoiado por Dino e toda a base em 2022.

segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Esquema de “rachadinha” coloca Prefeito do MA na mira do MP


O prefeito de Bela Vista do Maranhão, Augusto Filho (PL), que foi denunciado pelo vereador Alex Torres da Silva sob acusação de contratação de servidores públicos em excesso como forma de possibilitar a prática de distribuição dos salários entre os funcionários que não estariam na folha de pagamento do Prefeitura. A prática é conhecida como “rachadinha”.

De acordo com o vereador, alguns servidores possuem remuneração muito alta e há excesso de contratação para cargos como gerente administrativo, vigia e zelador, os quais estariam recebendo sua remuneração e repassando para pagar outros servidores, sendo que nem todos os contratados constam efetivamente da folha de pagamento do município.

Junto com o prefeito estão sendo investigados os servidores Pedrina de Sousa da Silva Gomes, Carlindo da Silva Santos, Hugo Marinho de Araújo Cavalcante, Gleiziane Ferreira Artman, George dos Santos, Elza Silva Rocha Leire, Salomão da Silva Costa e Valdonir dos Santos Nogueira.

Braide cede as pressões e se torna refém dos empresários


O prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos) tenta mascarar o auxílio financeiro que concederá aos donos de empresas que fazem o transporte público da capital.

De acordo com Eduardo Braide, a prefeitura de São Luís vai conceder uma ajuda em dinheiro para aos empresários para evitar ao aumento da tarifa de ônibus na capital, em contrapartida, a prefeitura lançará um programa social batizado de “Cartão Cidadão” que prevê tarifa zero as pessoas de baixa renda, em especial aos trabalhadores que perderam seu emprego durante a pandemia da Covid-19.

Se for visto pelo lado do benefício social à população, a ideia é boa, por outro lado existe um outro grande fator que temos que levar em conta, a prefeitura de São Luís mais uma vez vai se torna refém dos empresários que comandam o sistema de transporte na capital.

Sem apresentar detalhes, Eduardo Braide vai cometer o mesmo erro de outros gestores que assumiram a cadeira no Palácio de La Ravardière, ceder à pressão dos empresários. Vale ressaltar, que desde o início do ano, a prefeitura São Luís já paga um subsídio para os empresários do sistema como uma espécie de ajuda.

Agora, por meio dessa ajuda de custo, Eduardo Braide elimina todo seu discurso que tinha durante a sua campanha para prefeito de São Luís, tornando-se mais um político que para conseguir se eleger, prometeu algo que não conseguiu cumprir.

Surto machista faz Rogério Cafeteira atacar secretária de Planejamento


O secretário de Esportes do Governo do Estado do Maranhão, Rogério Cafeteira, usou suas redes sociais para atacar a também secretária Cynthia Mota, titular da pasta do Planejamento. Cafeteira publicou uma indireta que foi respondida por Cynthia Mota.
Na réplica, e já com o entrevero entre os dois evidenciado, o secretário desmereceu a capacidade de Cynthia Mota em conduzir o cargo que ocupa. O comentário misógino foi acompanhado pelo secretário de saúde, Carlos Lula.
O silêncio do movimento feminista em relação a um homem que desmerece a capacidade de uma mulher em relação ao cargo que ocupa e credita sua ascensão a favores diz muito sobre o feminismo dos tempos atuais. Se não fosse Cafeteira secretário do comunista Flávio Dino, estaria sendo cancelado. Como é esquerdista, pode afirmar que qualquer mulher em qualquer lugar está lá por favor e não por capacidade. Nada irá acontecer.

DETALHE: Não foi a primeira vez que Cafeteira agiu de forma a atacar mulheres na política. Quando deputado, na legislatura 2015 a 2018, ele teve como um dos pontos altos do seu mandato os ataques contra a ex-deputada Andrea Murad. Como hoje, na ocasião nenhuma militante do movimento feminista demonstrou incômodo.

Se fosse eu a escrever sobre mulher que está no cargo porque não tem capacidade e é jabuti…

domingo, 24 de outubro de 2021

Flávio Dino dá mais um passo no sonho de ser Sarney


O desejo do governador Flávio Dino (PSB) em ser Sarney foi alimentado desde a infância, quando, ao lado de outros “herdeiros do poder”, como o senador Roberto Rocha (sem partido), se esbaldava nos corredores do Palácio dos Leões, assim como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post “Flávio Dino e sua relação histórica com os Sarney…”.

Sonho este reforçado pelo Jornal Pequeno – antes mesmo de ele ser eleito – como mostra artigo publicado em abril de 2014, e analisado pro este blog no post “Jornal alinhado a Flávio Dino orienta o comunista a ser como Sarney”.

O tempo passou, Flávio Dino foi reeleito governador e tentou repetir Sarney em tudo, incluindo o sonho – ainda inatingível – de tornar-se presidente da República.

Mas, se para o ex-presidente este caminho foi natural, Flávio Dino força a barra para percorrê-lo, como a que o tornou nesta quinta-feira, 21, membro da Academia Maranhense de Letras, num movimento tosco de constrangimento dos imortais, forçados a elegerem-no apenas pelo fato de a cadeira 32 ter pertencido ao seu pai, o imortal Sálvio Dino.

Uma das características de José Sarney era a incapacidade de sentir ódio, que se somava à sua capacidade de converter adversários em aliados.

O próprio Flávio Dino já experimentou desta capacidade, tornando-se, nos últimos anos, sarneysista a ponto de oferecer a vaga de suplente de senador a um indicado do ex-presidente.

Dino ainda precisa percorrer um longo caminho até chegar perto do que Sarney foi: governador, presidente da República, quatro vezes presidente do Senado, maior político da história, escritor renomado e traduzido internacionalmente, membro das academias Maranhense e Brasileira de Letras e doutor honoris causa em diversas universidades mundo afora.

O ex-comunista – agora socialista e imortal postiço – está na estrada, como mostrou o blog Marco Aurélio D’Eça no post lá de 2014.

De qualquer forma, o próprio blog já alertava Flávio Dino, naquela época, do risco de se tornar caricato na tentativa de tornar-se outra pessoa.

E “virar uma mera cópia do que dizia combater”….