O principal líder da população ludovicense parece realmente não saber o que fazer diante da greve dos rodoviários que entra em seu oitavo dia hoje.
Ultimamente, o prefeito que era assíduo em suas redes sociais, divulgando a vacinação ou o bueiro no nível, suas duas únicas e principais ações do seu mandato, parece ter sentido o peso que é comandar a capital do Maranhão.
No início da greve, o prefeito tinha apostado no silêncio, porém recentemente, o Eduardo Braide usou a TV Mirante para conceder entrevista para tentar explicar para população o que estava acontecendo. Parece que essa entrevista era a atitude correta, afinal sempre se espera de um líder um posicionamento diante da crise, porém não foi.
Ao ir para TV, Braide criou um sentimento que estava tudo sob o controle e que logo a situação seria resolvida. Citando uma reunião com o sindicato dos rodoviários, Braide afirmou que estava disposto a propor medidas para os rodoviários, afim de solucionar o fim da greve, mas segundo o sindicato, não foi bem isso que aconteceu.
Na reunião, segundo sindicato, nada foi proposto por parte da prefeitura, e sim, por parte dos empresários. Um mísero aumento de 2% em seus salários, enquanto a categoria luta pelo reajuste de 10% nos vencimentos, além de outras melhorias.
Ali, já ficou claro que quem manda na situação não é os rodoviários, e sim, os empresários.
Usando o espaço da TV, Braide citou o “Cartão Cidadão”, um programa social que a prefeitura de São Luís pretende criar como uma das maneira de conter a crise no transporte público da capital.
E como isso irá funcionar?, segundo Eduaro Braide, a prefeitura de São Luís pretende conceder um auxílio emergencial as empresas de ônibus, em contrapartida, a prefeitura irá conceder tarifas de ônibus gratuita à população de baixa renda e pessoas que perderão seus empregos durante a pandemia, ou seja, mais uma vez um gestor de São Luís irá ajudar os empresários do transporte público e não aos rodoviários.
Depois que apareceu na TV, a situação da greve até parece que piorou. Afinal, após a reunião realizada por Braide, a prefeitura parou de se posicionar publicamente e o prefeito sumiu de suas redes sociais.
Diante da crise instaurada, até Justiça do Trabalho se manifestou. Segundo o desembargador José Evandro de Souza do Tribunal, a Justiça do Trabalho vem agindo como pacificadora dos conflitos trabalhistas, vem buscando uma nova mediação entre patrões e empregados do setor de transportes.
Por outro lado, o sindicato dos rodoviários veio a publico afirmar que não houve mais posicionamentos por parte da prefeitura, nem muito por parte dos empresários.
Em uma tentativa de diminuir o desgaste de sua gestão, o prefeito de São Luís, através de decreto fez uma espécie de feriadão na administração publica municipal, jogou o dia do servidor público para amanhã, sexta-feira (29) e decretou ponto facultativo na segunda-feira (1). Com isso, a capital poderá ficar sem ônibus até no feriados de finados, completado assim, cerca de 15 dias sem ônibus.
O prefeito que era visto como esperança para o luduvicense e que em sua campanha falava que estava pronto, na primeira crise do seu governo está demostrando algo totalmente ao contrário.