segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

Disputa pelo governo esquenta os debates na Assembléia


A Assembleia Legislativa do Maranhão deve viver dias agitados por conta da decisão da Mesa Diretora de entregar a presidência a Comissão de Constituição de Justiça ao deputado do PDT Márcio Honaiser, o que levou 23 dos 42 deputados a protocolarem um requerimento de revogação da decisão, o que obriga a presidência a colocá-lo para deliberação do plenário. O recurso contesta a forma como foram formadas as comissões técnicas da Casa e pede a anulação dos atos.

O racha na bancada governista no parlamento estadual é só mais um indicativo de que a sucessão governamental entrou na ordem do dia e os debates prometem ser acalorados esta semana quando parlamentares ligados ao vice-governador Carlos Brandão (PSDB de mudança para o PSB) devem pressionar para que o recurso que pede a revogação do ato que formalizou as comissões e entregou a presidência da CCJ ao deputado pedetista seja colocado à deliberação do plenário.

Os signatários do documento questionam a forma como foi feito o processo que entregou a CCJ ao PDT, partido que tem como pré-candidato ao governo o senador Weverton Rocha (PDT) e que já anunciou que fará oposição ao governo de Carlos Brandão que terá início a partir de 31 de março, data em que o governador Flávio Dino (PSB) vai se desincompatibilizar do cargo para concorrer ao Senado.

Comissão mais importante da Casa, nenhum projeto é levado à votação do plenário antes de receber parecer da CCJ, e sendo Márcio Honaiser um declarado apoiador do representante do PDT, os deputados que apoiam a pré-candidatura do vice-governador e que são maioria na Casa queiram manter o controle, até para evitar que seja usada como instrumento para atrapalhar a futura gestão.

O clima deve esquentar ainda mais esta semana. A maioria dos parlamentares contesta e pede anulação dos atos da Mesa Diretora, principalmente o que entregou a CCJ para Honaiser; não estando descartada a judicialização caso não seja colocado para manifestação do plenário, conforme adiantou o atual vice-líder do governo, deputado Zé Inácio.

Ao anunciar sua saída do PCdoB e ingresso no PDT, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Othelino Neto, ao ser questionado se haveria mudança do comportamento do parlamento em relação ao governo Brandão, disse que jamais admitiria que a instituição fosse usada para prejudicar a futura gestão, mas a julgar pela reação dos aliados de Carlos Brandão, não querem pagar para vê.

Apesar do discurso do presidente de Casa, conveniente para o momento, parlamentares ligados ao vice-governador querem evitar que um instrumento que pode atrapalhar o governo seja controlado por um deputado militante histórico do PDT e que está a serviço da candidatura do adversário.

A sucessão, pelo visto, definitivamente entrou na ordem do dia e promete muito barulho em plenário nas próximas sessões.

Roseana não quer conversa com Flávio Dino

Após ser divulgado que o governo testa em pesquisas qualitativas as consequências junto ao eleitorado de uma aliança entre Flávio Dino (PSB) e a oligarquia, Roseana Sarney (MDB) fez questão de mostrar publicamente que não quer conversa com o governador em fim de mandato.

“Levantamento da IDados para o jornal Valor, com informações da PNAD Contínua, mostra que o Maranhão tem o maior percentual de jovens entre 15 e 29 anos que nem estudam e nem trabalham – 36%.”, tuitou a presidente estadual do MDB em tom de crítica ao Palácio dos Leões, numa resposta direta aos entusiastas da aproximação.

Apesar da pressão da bancada de deputados estaduais que está com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) por medo de não receber as emendas parlamentares antes da eleição, a ex-governadora se recusa a mencionar a possibilidade de subir o mesmo palanque do antigo adversário.

Fontes no luxuoso Edifício Murano afirmam que filha de Sarney não está sozinha na decisão. Os deputados federais Hildo Rocha (MDB) e João Marcelo (MDB) também rejeitam qualquer tipo de aproximação com o ex-comunista, assim como o ex-senador Edinho Lobão (MDB).

Dino, com esperanças de concretizar a aliança com os Sarney, se faz de desentendido e apanha calado.


Com informações do Blog Marrapá

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Retomada do PTB por Jefferson pode colocar em risco posição de JP


Não está garantida a permanência do deputado federal Josivaldo JP no comando do PTB no Maranhão. A reviravolta na disputa do comando nacional pelo grupo liderado pelo ex-deputado federal e atual presidente de honra do partido, Roberto Jefferson, que numa série de golpes e contragolpes derrubou a presidente Graciela Nienov, pode complicar a situação de Josivaldo JP.

Isso porque ele foi alçado à presidência do PTB no Maranhão por Graciela Nienov, antes da crise que acabou na sua derrubada. Não está claro se Roberto Jefferson concorda com a mudança que tirou a deputada estadual Mical Damasceno da presidência regional e a transferiu para a presidência do PTB Mulher.

Com a queda de Graciela Nienov, a deputada Mical Damasceno se reconciliou rapidamente com Roberto Jefferson, devendo continuar onde está. Já o deputado Josivaldo JP poderá continuar ou não no comando do partido no Maranhão. Contra ele está o fato de ter sido turbinado por Graciela Nienov; a seu favor pesa o fato de ele ser deputado federal e bolsonarista de primeira hora.

E a julgar pelo empenho com que os partidos bolsonaristas estão se preparando para tentar sobreviver nas urnas, não será surpresa se o deputado federal Josivaldo JP for mantido no chamando do PTB no Maranhão. Mas ele corre o risco de ser despachado se não jurar lealdade a Roberto Jefferson.

sábado, 12 de fevereiro de 2022

Fábio Macedo atua para que esqueçam que é agressor de mulher


O deputado estadual Fábio Macedo tem trabalhado para ser o candidato a deputado federal mais votado do Maranhão, exceto se Josimar do Maranhãozinho for renovar o mandato. Na eleição passada, o parlamentar federal obteve quase 200 mil votos e agora pretender se eleger governador.

O que representa um desafio para muitos postulantes a uma vaga na Câmara Federal ou quem pretende permanecer no mandato, para Macedo tem sido coisa fácil. Filho do empresário Dedé Macedo, muito conhecido de prefeitos, dinheiro não tem sido dificuldades.

Macedinho, como é mais conhecido o filho de Dedé, a facilidade financeira tem feito o milagre de unir adversário de uma mesma cidade, como é o caso de Tuntum. Lá, ele será apoiado pelo atual prefeito, Fernando Pessoa e pelo ex-prefeito Tema.

Neste final de semana, Fábio conseguiu o apoio do prefeito de São Benedito do Rio Preto, o médico Maurício Fernandes. Em quase todas as cidades do Maranhão, Macedinho contabiliza o apoio de várias lideranças.

A soma dos gastos com a campanha se avoluma cada vez mais. Mas dinheiro é o que não falta. O que falta mesmo é a liga para amarrar as notas.

Campanha milionária de Fábio Macedo pode ter estrutura gigante de marketing para fazer o povo esquecer que ele responde boletim de ocorrência por agredir mulher e já foi preso por afirmar que o pai dele é matador de gente.


Com informações do Blog do Werbeth Saraiva

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022

Confusão entre Adelmo Soares e Duarte Jr. pela liderança do bloco governista


Os bastidores estão fervendo pela indicação do líder do bloco governista que está sendo formado na Assembleia Legislativa.

Com o rearranjo das forças na casa Legislativa do Maranhão, o deputado Adelmo Soares já estava há alguns dias colhendo assinaturas dos colegas para ser o novo líder do bloco e vinha tendo sucesso.

Porém, um novo interessado tomou à frente e foi direto ao governador que assumirá a partir de abril. Duarte Júnior esteve ontem na casa de Brandão e exigiu que ele fosse o líder do bloco para ganhar destaque nas discussões.

Adelmo ficou furioso com o intento de Duarte e ligou para o atual líder, Rafael (ex-Leitoa) e disse que não seria justo ser atropelado agora depois de ter construído a indicação por vários dias.

A confusão está grande pela indicação.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

Brandão pode não ter legenda para concorrer à reeleição, diz ex-presidente do PSB


O ex-presidente do PSB no Maranhão, Luciano Leitoa, se manifestou contrário à filiação do vice-governador Carlos Brandão (PSDB) no seu partido, afirmando também que o ainda tucano pode ficar sem legenda para concorrer à reeleição em outubro.

Por meio das redes sociais, o ex-prefeito de Timon e ex-deputado federal frisou que a filiação de Brandão ao PSB não passa de oportunismo, pois o objetivo do vice é garantir tão somente o apoio de Lula (PT) para as eleições.

“A provável filiação de Brandão ao PSB é um afronto a história de nosso partido, por puro casuísmo e oportunismo. Por mais que eu compreenda que ele filiado no PSB pode ficar dependente do partido para ser candidato e assim ficar na rédea, podendo a qualquer momento não ter a legenda, como já aconteceu em alguns estados em outros momentos, a exemplo de Minas Gerais, o perfil dele não condiz com tudo aquilo que o partido que estou filiado e presidi durante 10 anos sempre pregou”, disse Luciano Leitoa.

Com informações do Blog Marrapá

Roseana Sarney para de jogar e confirma candidatura à Câmara Federal


Depois de cansar-se de jogar no tabuleiro da sucessão maranhense e tomar uma boa dose de juízo político, a ex-governadora Roseana Sarney, presidente regional do MDB, retomou o seu projeto eleitoral inicial confirmando que vai mesmo disputar uma cadeira na Câmara Federal, e não o Governo do Estado. A informação pelo deputado Roberto Costa, vice-presidente regional do MDB, em pronunciamento na Assembleia Legislativa, e por ela própria em conversa com amigos e aliados. Com a decisão, o MDB, sob seu comando, não disputará as eleições majoritárias, já que também não terá candidato ao Senado, e vai investir todo o seu peso político e prestígio eleitoral para eleger deputados federais e deputados estaduais. E num plano mais aberto, a decisão de Roseana Sarney ajusta o quadro de pré-candidatos ao Palácio dos Leões, nele permanecendo, por enquanto, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB a caminho do PSB), o senador Weverton Rocha (PDT), o ex-prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PSD), o prefeito Lahesio Bonfim (Agir36), e, de uma maneira furta-cor, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).

Roseana Sarney jogou o tempo que pôde como pré-candidata ao Governo do Estado, embalada pelas pesquisas que a apontaram na liderança da corrida, levando muitos dos aliados a acreditarem que ela, de fato, poderia ser candidata. Esse entusiasmo foi mantido por meses, fazendo com que a ex-governadora saísse um pouco da realidade, provavelmente ela própria, em algum momento, acreditando que tinha condições políticas e eleitorais de voltar ao comando do Estado, que ela governou por mais de uma década. Sob o generoso pacote de intenções de votos, as pesquisas trouxeram um contrapeso amargo: um elevado e fatal percentual de rejeição, consequência natural do desgaste de um grupo político que deu as cartas no Maranhão por mais de 50 anos.

Sem lastro para disputar o Governo ou o Senado, Roseana Sarney tem agora duas missões politicamente importantes pela frente. A primeira é mobilizar e incentivar as forças que formam o MDB, para que o partido saia das urnas com uma minibancada de deputados federais, incluindo ela própria como “puxadora de voto”, e uma bancada expressiva de deputados estaduais, para manter de pé o partido frente ao próximo Governo. Sua candidatura a deputada federal é a soma de três fatores: a vontade de sair da zona de esquecimento e retornar à ribalta da política, a possibilidade de obter uma grande votação e, desse modo, ajudar o partido a eleger mais deputados federais, e, assim, fortalecer a estratégia nacional do MDB, que pretende chegar à Câmara Federal com uma bancada numerosa e politicamente expressiva.

A outra missão da ex-governadora como chefe partidária é situar o MDB no contexto da disputa majoritária estadual. No que diz respeito à “guerra” pelos Leões, parte do MDB já esteve inclinada a apoiar a candidatura do senador Weverton Rocha, mas todos os indícios mais recentes são de que, com o seu aval, o MDB irá para as urnas alinhado à candidatura do vice-governador Carlos Brandão. O vice-governador tem conversado com as mais diversas vozes sarneysistas e, pelo que sopram os bastidores, esse entendimento já estaria fechado. Em relação à única vaga para o Senado, que poderia disputar correndo sério risco de não chegar lá, a ex-governadora decidiu, de acordo com o comando partidário, não lançar candidato e liberar suas bases para votar no governador Flávio Dino (PSB).

E ao que tudo indica, Roseana Sarney decidiu que chegou a hora de colocar o MDB nos trilhos.

Com informações do Blog Repórter Tempo