terça-feira, 29 de novembro de 2022

Othelino Neto confirma candidatura a presidente da Assembleia com apoio de Brandão


“Serei candidato sim, e com muita confiança de que terei o apoio do líder, o governador Carlos Brandão”. Com essa declaração, feita durante visita a Parnarama, no domingo, o deputado reeleito Othelino Neto (PCdoB) confirmou sua candidatura à presidência da Assembleia Legislativa para o primeiro biênio da próxima legislatura, que começará em fevereiro do ano que vem, quando a nova composição do Poder Legislativo for empossada e eleja a Mesa Diretora.

Com a declaração, o parlamentar confirmou o que já era sabido dentro e fora do Palácio Manoel Beckman, manifestando também a convicção de que terá o aval do Palácio dos Leões, “para que possamos continuar fazendo as coisas de forma consensual”. O governador Carlos Brandão (PSB) ainda não se manifestou objetivamente sobre o assunto, tendo até agora dito apenas que dará seu apoio ao candidato que seja “agregador”.

O presidente Othelino Neto parece muito à vontade nesse processo, exibindo confiança de que sua candidatura é um projeto sólido. A princípio, ele caminha para buscar o consenso em torno da sua candidatura, à medida que surgem outros projetos de candidatura, entre eles o do ex-presidente e deputado reeleito Arnaldo Melo (PP). E sabe que nesse contexto, o aval do governador Carlos Brandão será fundamental, pois sua posição pode nortear a bancada governista, que é a maior, e pode ter influência decisiva nesse processo. Vale lembrar também que o presidente Othelino Neto também é parte da base governista.

Tem razão o presidente da Assembleia Legislativa quando lembra o consenso alinhavado para que não houvesse disputa na eleição da nova diretoria da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), que foi realizada com chapa única, liderada pelo prefeito de São Mateus, Ivo Rezende (PSB), tendo recebido o aval de 187 dos 217 prefeitos. A eleição da Mesa Diretora da nova Assembleia Legislativa não será um desenho fácil, mas é certo que o presidente reúne as condições políticas para pleitear novo mandato, com grandes chances de se eleger, se não por consenso, como aconteceu na Famem, pelo menos com os votos de uma maioria ampla. Nas contas de um parlamentar, se a eleição da Mesa Diretora fosse agora, o deputado Othelino Neto seria eleito mais uma vez presidente Casa, e sem maiores dificuldades.

Para se posicionar como candidato à presidência da Assembleia Legislativa no primeiro biênio do novo mandato, o presidente Othelino Neto construiu uma base consistente, tanto no aspecto político, quanto no que diz respeito a gestão. No campo político, foi hábil nas articulações nos bastidores, saindo das urnas como o segundo mais votado (84,8 mil votos), saindo das urnas também como o coordenador político da campanha do ex-governador Flávio Dino ao Senado, atuando também como apoiador diferenciado da candidatura do governador Carlos Brandão à reeleição, recebendo dele apoio recíproco à renovação do seu mandato na mesma medida. No campo administrativo, fez boa gestão na Casa, tendo como foco a valorização dos deputados.

No plano de ação da sua candidatura a novo mandato presidencial, o deputado Othelino Neto costurou alianças em todas as frentes ainda durante a campanha eleitoral. Tanto que quando a relação dos deputados eleitos e reeleitos foi anunciada, vários parlamentares eleitos e reeleitos fizeram questão de lhe declarar voto. Houve uma parada por conta das tensões da política nacional, mas com a declaração de domingo em Parnarama, ele engatou uma marcha de força e deu a arrancada cujo desfecho só será conhecido no dia 1º de fevereiro de 2023.

Até lá, muita água vai rolar sob a ponte, e nesse cenário, o presidente do Legislativo deve consolidar seu projeto de ser o titular do cargo no primeiro biênio da nova legislatura.

Flávio Dino já começou a montar equipe para o ministério da Justiça


Já está certa a ida do senador eleito Flávio Dino para o ministério de Justiça e Segurança Pública. Isto porque o próprio ex-governador já está comunicando seus nomes de confiança que hoje estão no governo Brandão que quer eles trabalhando em Brasília com ele a partir do ano que vem.

Um dos nomes certos para deixar o governo Brandão para trabalhar com Dino no ministério é do atual secretário de governo, Diego Galdino. Ele já foi comunicado pelo senador eleito que irá para Brasília com ele.

O ex-governador tem comandado a transição na área de justiça e segurança e inclusive fala em entrevistas já em nome do governo Lula sobre as prioridades para a área.

A oficialização do nome de Dino como ministro está prevista para o começo de dezembro. Ele assume logo no começo do governo Lula.

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Afastando-se de Bolsonaro, Republicanos que apoiou Weverton deve fechar com Brandão


Comandado no Maranhão pelo deputado federal Cléber Verde, o Republicanos apoiou a candidatura derrotada do presidente Jair Bolsonaro (PL) e participou da aliança formada em torno do senador Weverton Rocha (PDT), que concorreu ao Governo do Estado apoiado pelas forças bolsonaristas. Criticado aqui e ali como fisiologista r um dos esteios do Centrão, o Republicanos vem fazendo movimentos fortes no sentido de se livrar do carimbo de bolsonarista e de ser uma agremiação da direita radical.

No plano nacional, entre outros fatos, o partido, que integrou a coligação com o PL em torno da candidatura de Jair Bolsonaro à reeleição, veio a público ontem avisar que não concorda com a ação do PL, pressionado pelo presidente da República derrotado no pleito, pedindo, sem apresentar uma só réstia de ilegalidade no pleito. O Republicanos avisou que apoiará o Governo do presidente Lula da Silva (PT).

No Maranhão, seguindo uma linha de independência, o Republicanos sinaliza que apoiará o Governo de Carlos Brandão (PSB), ao mesmo tempo em que declara apoio ao prefeito Eduardo Braide (PSD), inclusive participando do Governo municipal, deixando para trás o fato de que em 2020 o partido atuou como adversário do prefeito apoiando a candidatura do deputado estadual Duarte Jr., então no Republicanos, contra o atual prefeito.

domingo, 27 de novembro de 2022

Promessa de Lula de não tentar reeleição antecipa embates


A indicação do futuro presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que não tentará a reeleição em 2026 prenuncia embates no governo e na base aliada em torno da vaga de sucessor e abre caminho para o surgimento de alternativas em um cenário hoje marcado pela baixa renovação.

Jair Bolsonaro (PL), o primeiro presidente a tentar recondução que fracassou nas urnas desde a criação dessa possibilidade, em 1997, também prometeu na campanha de 2018 que poderia abrir mão de concorrer neste ano —e acabou, como se sabe, mudando os planos.

Lula, que em julho começou a falar sobre o assunto em público, atribui a decisão à idade. Ele tem 77 anos e estaria com 81 na próxima corrida presidencial. Além disso, indica querer dar espaço a novos nomes e deixar a carreira eleitoral em um momento de alta, caso o novo mandato seja bem-sucedido.

O compromisso de não ser um nome no xadrez eleitoral, já firmado na largada, é inusual. Bolsonaro, logo após ser eleito, modulou o discurso para reforçar que só evitaria tentar um novo mandato caso o Congresso aprovasse, com aplicação imediata, o fim do instrumento da reeleição.

Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi outro que chegou à Presidência, em 1995, dizendo-se desinteressado em uma recondução. Seu governo articulou a emenda constitucional que estabeleceu o mecanismo, e o tucano foi o primeiro beneficiado por ela, saindo vitorioso do pleito de 1998.

Embora precoce, a discussão sobre a sucessão de Lula é pano de fundo para a transição e a montagem do novo governo. Potenciais presidenciáveis, o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) e os prováveis ministros Fernando Haddad (PT-SP) e Simone Tebet (MDB-MS) teriam três anos para se cacifarem.

Haddad e Tebet são cotados para ministérios que podem funcionar como vitrine eleitoral, como aconteceu com Dilma Rousseff (PT). Também despontam nas apostas os ex-governadores Flávio Dino (PSB-MA), Wellington Dias (PT-PI) e Rui Costa (PT-BA) e o deputado federal eleito Guilherme Boulos (PSOL-SP).

Lula disse na semana do segundo turno que gostaria de lançar novos líderes, mas que isso não é fácil e depende dos partidos. “Não vou dizer para você como eu vou criar um líder, ele nasce”, afirmou à rádio Nova Brasil, na mais recente vez em que se manifestou sobre voltar ao Planalto para um mandato único.

Há a avaliação no universo político de que a sinalização do petista pode ter contribuído para reduzir tensões, na busca de apoios para sua ampla coalizão, e para neutralizar o antipetismo, muitas vezes atrelado a um receio de perpetuação ilegítima do PT no poder, como reiteraram bolsonaristas.

Senador reclama de salário de R$ 33,7 mil e mostra conta no negativo


O senador Marcos do Val (Podemos-ES) usou as redes sociais para reclamar do salário de 33,7 mil que recebe no Legislativo. Na publicação, do Val expôs o extrato de uma conta bancária com saldo negativo e disse que em sua carreira anterior recebia “a cada dois dias o que ganha mensalmente como parlamentar”. Antes de se eleger, do Val tinha uma empresa para treinamento policial e dava palestras.

“Para os que pensam que tenho regalias e salários milionários, segue o extrato da minha conta. Na minha carreira anterior, eu recebia a cada 2 dias o que eu recebo hoje por mês como Senador. E ainda tendo que ouvir ataques, ofensas e ingratidão”, escreveu do Val, no Twitter.


Como senador, do Val tem direito a utilizar um imóvel funcional em Brasília, além de outros benefícios como plano de saúde vitalício custeado pelos cofres públicos.

Os valores mensais recebidos organizam-se da seguinte forma:

Salário – R$ 33.763

Verba de gabinete – em torno de R$ 100 mil

Auxílio-moradia para parlamentares que não ocupam apartamento funcional em Brasília – em torno de R$ 4.200

O montante acima não inclui o reembolso de despesas médico-hospitalares e a cota para exercício de atividade parlamentar.

sábado, 26 de novembro de 2022

Saiba quem pode fazer parte do secretariado no governo Brandão


Embora oficialmente os assessores mais próximos do governador reeleito Carlos Brandão (PSB) afirme que o foco é a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, na prática, já discute a formação do futuro governo. Indicações estão sendo avaliadas para as diversas secretarias e as tratativas seguem nos bastidores dentro do mercado das negociações políticas.

O blog imaranhão360 teve acesso a relação que circula nos corredores do Palácio dos Leões que poderão assumir ou indicar nomes para secretarias. Na lista aparecem alguns deputados eleitos, não reeleitos do PSB, PT, PP, PCdoB, PV e outras legendas que integraram a coligação O Maranhão Não Pode Parar. Como já adiantado pela mídia, Sebastião Madeira deve ser mantido na Casa Civil , além de Luís Fernando Silva que deve seguir à frente da SEPLAN.


Veja a lista das possíveis indicações:


Casa Civil: Sebastião Madeira

Governo: Paulo Victor

Gestão e Previdência: Anderson Lindoso

Educação: Felipe Camarão

Saúde: Carlos Lula

Cultura: Raimundo Garrone

Turismo: Catulé Junior

Meio Ambiente: Adriano Sarney

Planejamento: Luís Fernando Silva

Comunicação: Edwin Jinkins

Articulação Política: Rubens Pereira

Desportos e Lazer: Rogério Cafeteira

Mulher: Ana do Gás

Direitos Humanos: Augusto Lobato

Infraestrutura: Marcus Brandão

Indústria, Comércio e Gás: Fábio Braga

Segurança Pública: Raimundo Cutrim

Ciência, Tecnologia e Inovação: Bira do Pindaré

Agricultura Familiar: Adelmo Soares

Igualdade Racial: Professor Paulo Caribe

Agricultura, Pesca e Pecuária: Edson Araújo

Cidades e Desenvolvimento Urbano: Rodrigo Lago

Trabalho e Economia Solidária: José Antônio Heluy

Fazenda: Marcellus Ribeiro 

Administração Penitenciária: Fredson Maciel

Desenvolvimento Social: Paulo Casé

Transparência e Controle: Pedro Chagas

Relações Institucionais: Luzileide Cutrim

Juventude: Nonato Chocolate

MOB: Tiago Fernandes

Agemleste: Socorro Waquim

Agemsul: Marco Aurélio

Caema: Marcos Silva

Detran: Diego Rolim

EMAP: José Reinaldo Tavares

Procon: Emily Castelo Branco

Viva: Jota Pinto

Gasmar: Adaltina Queiroga

Gestão, Patrimônio e Assistência dos Servidores: Murilo Andrade


Segundo fontes palacianas, o governador Brandão tem mantido o foco em fazer um “desenho administrativo do Estado, nas possíveis reformas na estrutura e não na composição” e que só deve tratar de indicações no início de dezembro.

“Ele tem falado em renovar, oxigenar, em promover uma atualização. Claro que isso não é uma coisa dogmática, obrigatória para todas as áreas, mas uma tendência, um chamamento, uma provocação do governador Carlos Brandão para que a base e os partidos entendam que ele vai dar uma cara nova, a sua própria marca ao governo que se iniciará em janeiro”, explicou a fonte.

Justiça Eleitoral volta a cassar mandato de vereadores no Maranhão


A Justiça Eleitoral segue implacável quando tem analisado os casos da utilização de laranjas para fraudar a cota de gênero nas eleições maranhenses.

Nós já tivemos posicionamento do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão pela cassação de vereadores do PP de Caxias, do MDB de Lago do Junco e do PL de Miranda do Norte, mas agora já teve posicionamento até do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O caso analisado pelo TSE foi em Jatobá. O Ministério Público Eleitoral (MPE) denunciou que o PDT, nas eleições de 2020, utilizou candidaturas laranjas para fraudar a obrigatoriedade da cota de gênero.

O TSE entendeu que o MPE tinha razão e decidiu pela cassação de três vereadores do PDT (Cinza, Cutia e Sebastião do Axixá), eleitos em 2020 na cidade de Jatobá.

Além da cassação de toda a chapa do PDT, o TSE determinou ainda o recálculo dos quocientes eleitorais e partidários. Com isso, Jatobá, nos próximos dias, contará com três novos vereadores.

Vale lembrar que nas eleições deste ano, a Justiça Eleitoral ainda não se posicionou. Os partidos União Brasil e PSC estão sendo acusados – pela Federação PSDB/Cidadania e pelos partidos PSB e PSD – de descumprirem a cota de gênero.

A diplomação dos eleitos de 2022 está marcada para o dia 17 de dezembro. Resta saber se o TRE-MA se posiciona sobre o assunto antes da diplomação ou vai empurrar o problema para 2023.