segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Vereador maranhense elogia atos terroristas em Brasília, “defesa da pátria”

 

Postura lamentável senão criminosa do vereador do município de Santa Inês José Dilson Noleto Vilarinho Junior, popularmente conhecido como “Didi Júnior”, filiado ao PL, Partido Liberal.

O parlamentar usou suas redes sociais para elogiar os atos terroristas praticados por bolsonaistas – assim com ele – em Brasília, neste domingo (8) ao invadirem e depredarem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

“Nenhuma força policial é capaz de conter uma multidão de cidadãos na defesa da pátria, convictos de seus ideais, manifestando seu inconformismo com um governo montado para roubar o dinheiro público, proliferar a miséria e manipular, custe o que custar, chega!”. Escreveu o vereador Didi Júnior.

Até as 22h deste domingo, o vereador de Santa Inês é o único político de mandato no Maranhão a elogiar os atos bolsonaristas radicais.

P.S.: Após a repercussão negativa de suas declarações, o vereador removeu o post de suas sociais

Por Domingos Costa

domingo, 8 de janeiro de 2023

“Dino e Múcio foram inoperantes”, dispara coordenador do PT na Câmara


Para o deputado federal Washington Quaquá, do PT, a responsabilidade da invasão ao Palácio do Planalto, por bolsonaristas, é compartilhada entre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o da Defesa, José Múcio.

“Tanto Dino quanto Múcio foram avisados há dias sobre essa invasão. Isso nunca poderia ter acontecido. Dino e Múcio foram inoperantes”, dispara Quaquá. Na nova legislatura, o petista assume a função de coordenador da bancada federal do Rio de Janeiro na Câmara.

Washington Quaquá criticou Dino e Múcio após invasão de bolsonaristas

“Vou propor uma comissão especial do Congresso Nacional para discutir o estatuto de defesa do Estado Democrático de direito. É preciso garantir as liberdades e, com o mesmo rigor da lei, a democracia brasileira”, completou.

Vale destacar ainda, que o presidente Lula desautorizou Dino em fazer a coletiva para informar as primeiras medidas que o governo adotaria perante às manifestações.

Por Paulo Cappeli / Metropoles 

Líder do Governo acionará PGR para decretar intervenção na segurança do DF


O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, afirmou que acionará a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja decretada intervenção na segurança pública do Distrito Federal após os atos antidemocráticos deste domingo (8/1).

Randolfe também informou que entrará com duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar pedirá prorrogação do inquérito que investiga os atos a partir dos acontecimentos deste domingo, além do impedimento da posse de Anderson Torres como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Randolfe também criticou a ação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), no enfrentamento das manifestações bolsonaristas.

“A manifestação terrorista em Brasília já era prevista e contou com a complacência e quase cumplicidade do governador do DF, Ibaneis Rocha. Qualquer coisa que vier a acontecer com a vida das pessoas e ao patrimônio do povo brasileiro, o senhor Ibaneis Rocha será responsabilizado”, escreveu.

Veja a publicação:



sábado, 7 de janeiro de 2023

Ausência de Dino na recondução de Brandão repercute no meio político


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi ausência marcante na cerimônia de recondução do governador Carlos Brandão (PSB) ao Palácio dos Leões, mas o clã Sarney esteve presente, dentre eles, o ex-presidente da Republica, José Sarney, a ex-governadora e deputada federal eleita, Roseana Sarney (MDB) e o deputado estadual e presidente do Partido Verde, Adrano Sarney. O evento foi realizado nessa sexta-feira (6), na praça Dom Pedro II, Centro de São Luís, com apresentações artísticas de nomes locais e nacionais. 

Dino e Brandão estão em crise desde a eleição do primeiro ao Senado e reeleição do último ao governo do Maranhão. Desde outubro do ano passado, o ex e o atual governador do Estado vivem um casamento típico de fachada, daquelas relações com quase nenhuma sintonia.

Na última quinta (5), a reportagem entrou em contato com a assessoria do Ministério da Justiça e com a Secretaria de Comunicação do Estado, e indagou a respeito da presença de Dino no evento, e se foi feito convite para a participação do ex-mandatário na cerimonia de recondução de Brandão. Ambas, porém, não responderam os questionamentos.

Antes, Dino já havia sido procurado para comentar a relação com o governo Brandão, via aplicativo de mensagens. Brandão também tem ignorado solicitações a respeito de como está a sua comunhão com Dino.

Embora o ministro pudesse alegar agenda apertada em Brasília (DF) com assuntos relacionados à pasta, ele sequer enviou gravação para ser exibida na solenidade, como é esperado para eventos dessa relevância envolvendo aliados. Até o momento, também não fez qualquer comentário a respeito do evento que marcou o retorno do sucessor ao Poder Executivo maranhense.

Afora o descumprimento de acordos relacionados à presidência da Assembleia Legislativa e ao comando de pastas no primeiro escalão do novo governo, a tensão é fortemente motivada pela forma como o novo mandatário do Estado vem tratando a coisa pública, sobretudo por três fatores: precarização de programas e serviços que eram considerados prioritários por Dino; ojeriza a Diego Galdino e Felipe Camarão; e pelo estilo oligarca que tem apresentado, com distribuição desenfreada de poder para familiares.

Galdino, no caso, teve o nome vetado para a Secretaria da Educação no novo governo, e Camarão, embora vice-governador, tem sido escanteado das discussões de formação do futuro secretariado e das decisões que influenciarão na próxima gestão estadual.

Até mesmo o anúncio do retorno de Camarão para a Seduc, única indicação que aceitou para a pasta, está sendo cozinhada. À cada declaração sobre a formação do novo secretariado, Brandão tem adiado a formalização dos nomes. Na campanha, seria após eleito. Depois, assim que tomasse posse. Até recentemente, embora não haja qualquer relação com o compromisso assumido, garantia que seria após a eleição para a presidência da Alema. Durante a posse, porém, já adiou para fevereiro. Ontem, mesmo após resolvido consenso pela eleição de Iracema Vale (PSB) para o comando da Casa, não deu data certa, e disse apenas que vai primeiro sentar com os partidos aliados.

Segundo pessoas próximas ao ministro de Lula (PT) ouvidas reservadamente pelo Blog, Dino tem pretensões políticas para o âmbito nacional que podem ser atrapalhadas por Brandão, caso o ex-vice, “deslumbrado com o poder”, não siga as orientações convenientes a esse projeto conforme estariam previamente combinados.

O governador maranhense, por sua vez, estimulado pelo irmão caçula, o empresário Marcus Brandão, quer imprimir marca própria no estado, e para isso precisa mostrar quem manda no Palácio dos Leões agora. Neste sentido, até trouxe de volta à vida pública no âmbito estadual, como seu novo aliado, o ex-senador José Sarney (MDB), amigo do presidente Lula e com forte influência na Esplanada dos Ministérios.

Em relação à eleição para o comando da Alema, segundo relatos de três fontes ligadas aos dois, Dino havia acertado acordo Brandão pela permanência do deputado Othelino Neto (PCdoB), atual presidente da Casa, no cargo.

No caso, pelo apoio na corrida ao Senado, o acerto foi a primeira suplência à vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paulo Lobato (PSB), esposa de Othelino. Para deixar Weverton Rocha (PDT) e fechar com Brandão, a aliança envolveu o compromisso de apoio à reeleição de Othelino à presidência da Assembleia.

Logo após a contagem das urnas, porém, Brandão passou a alegar que primeiro iria trabalhar pela vitória de Lula à presidência da República no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL); depois que só discutiria a respeito quando fosse resolvida a eleição da Famem (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão); e, por último, resolveu interferir abertamente na disputa pelo controle da Alema, não apenas rejeitando Othelino para a chefia daquele Poder, como também trabalhando ativamente contra.

O distencionamento estreitou a relação entre Dino e Othelino, e apartou com Brandão –que até a campanha era definido como político leal e de confiança.

Apesar do agravamento nos vínculos político e afetivo, Brandão tem forçado sintonia de fachada com o ex-líder.

Na terça-feira (3), por exemplo, durante a posse Dino na Justiça, tirou proveito das pretensões políticas do ex-governador e buscou aproximação para fotos e apertos de mão, ainda que apenas protocolares, em público. Melindrado, o ministro citou Brandão durante discurso.

Segundo entenderam pessoas presentes e que acompanham a crise de perto, de forma irônica e evidenciando a mudança de posicionamento do sucessor, em um dos trechos do discurso, Dino se referiu a Brandão como “nosso comandante político” do Maranhão e, logo em seguida, lembrou que ele, quando ainda vice, era “realmente muito ajustado àquele momento”.

Antes, Dino já havia evitado registros ao lado de Brandão durante a diplomação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão, não comparecido à posse do governador na Assembleia Legislativa nem à celebração em ação de graças na Igreja da Sé, na capital.

Com informações do Blog Atual 7

Brandão diz que agora conversará com partidos para montar o governo


Resolvida a eleição da Assembleia Legislativa, o governador Carlos Brandão afirmou que agora, durante o mês de janeiro, irá se dedicar a conversar com os partidos para discutir as indicações para o secretariado e montar seu governo.

O governador deu a declaração durante coletiva de imprensa pouco antes da solenidade de recondução ao cargo.

Ele disse que agora, na formação do governo, vai conversar com os partidos. “A partir de agora vamos conversar com cada partido para fazer a composição do governo. Os partidos colocarão os quadros, que poderão ser aceitos ou vetados, mas os partidos poderão apontar os nomes das pessoas. Vamos avançar bastante no mês de janeiro neste diálogo”.

Vale destacar que Brandão foi candidato por uma coligação formada por 10 partidos: PSB, MDB, PP, PATRIOTA, PODE, PSDB, CIDADANIA, PT, PCdoB e PV.

Governador reúne população para comemorar posse do segundo mandato


Após tomar posse do mandato de governador na Assembleia Legislativa, no último domingo (1º), Carlos Brandão teve o empossamento oficializado, nesta sexta-feira (6), diante de um grande público durante o Show da Gratidão ao Povo do Maranhão, que aconteceu em frente ao Palácio dos Leões, em São Luís.

Natural de Colinas/MA, Carlos Brandão é médico-veterinário, foi deputado federal por dois mandatos e vice-governador de Flávio Dino também por duas vezes, ajudando a tornar o Maranhão referência no combate à Covid-19, com a menor taxa de mortes por coronavírus no país.

Brandão, que é um grande incentivador de projetos especiais nacionais e internacionais para atração de investimentos para o Maranhão, tem se comprometido, junto a Felipe Camarão que foi conduzido a vice-governador também nesta sexta-feira (6), a assegurar o fortalecimento de áreas como a educação, regularização fundiária, empregabilidade e segurança alimentar.

Com ânimo redobrado para continuar trabalhando pelo povo do Maranhão, o governador falou sobre o principal desafio para os próximos quatro anos de gestão.

“Nós temos muitos desafios pela frente, até porque tivemos grandes avanços ao longo desses oito anos. É lógico que a gente precisa avançar. Entre os setores que a gente precisa avançar ainda mais está a educação, porque entendemos que é por meio dela a única maneira das pessoas terem as mesmas condições de ter uma vida melhor. Mas não teremos olhar somente para a educação, mas para a estrutura, o social, para a geração de emprego, para a segurança alimentar. Enfim, trabalhar para melhorar a vida das pessoas”, destacou o governador.

O vice-governador Felipe Camarão destacou que o trabalho dessa gestão será ainda mais voltado às pessoas que mais precisam.

“Este mandato do Carlos Brandão e meu será dedicado a aquelas pessoas mais pobres do Maranhão. Será dedicado às que precisam dos Restaurantes Populares, de cirurgias, às pessoas que mais precisam do governo do Estado. Vamos governar para todos, mas especificamente para os que mais precisam”, afirmou.

O reitor da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Natalino Salgado, destacou que a recondução do governador Carlos Brandão ao cargo traduz o processo democrático no país.

“É um momento que traduz muito do processo democrático em nosso país, a alternância do poder. Essa é uma manifestação da sociedade maranhense, que elegeu um governador que sempre teve compromisso com a educação, com a área tecnológica. É um projeto muito promissor e a expectativa é muito grande”, destacou o reitor da UFMA.

Transmissão da faixa – Para chegar às mãos do governador, a faixa foi transmitida por representantes de segmentos fortalecidos pelo governo do Maranhão nos últimos anos, a exemplo da educação, segurança alimentar, agricultura familiar, emprego e renda.

Representando a Agricultura Familiar, a beneficiária do Programa de Compras da Agricultura Familiar (Procaf), Maria Eliane Costa Silva, pontuou a importância desse momento de valorização a quem vive a cultura do solo.

“Muito bom! Como a gente vive da agricultura, temos que dar valor ao nosso trabalho. Nós produzimos e vendemos, e uma chance dessas deixa a gente mais conhecida. Entregar a faixa ao governador é muito importante porque ele sempre valorizou a agricultura familiar”, pontuou Maria.

Sendo um dos representantes da Educação, o estudante de 17 anos que pretende ser cirurgião, Enzo Martins Sarmento, comemora a sua escolha para representar todos os jovens maranhenses. “Esse momento foi muito gratificante. É uma experiência nova e única, eu sou muito grato por estar participando e porque me escolheram”, comemorou o estudante.

Show da Gratidão – Em celebração à oficialização do governador Carlos Brandão ao Governo do Maranhão, foi realizado o “Show da Gratidão ao Povo do Maranhão”, com destaque para as apresentações de vários artistas maranhenses.

Diferentes estilos musicais deram o tom da festa, como o Boi de Maracanã, Alcione, Quarteto Instrumental, Fernando de Carvalho, Ribinha de Maracanã, Companhia Barrica, Erickson Andrade, Boi de Santa Fé, Neguinho da Beija-Flor e Fuega.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2023

Bomba! Gestão dinista em ministério começa com crises na PF e PRF


Os primeiros dias da gestão de Flávio Dino (PSB) frente ao Ministério da Justiça e Segurança Pública estão sendo marcados por crises instituições com órgãos a ele subordinados.

Reclamações por parte de integrantes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal vêm se avolumando e já causam enxaqueca no ex-governador e senador eleito.

Na PF, o afrouxamento de regras que permitiu a nomeação de Andrei Rodrigues para a diretoria-geral da corporação não pegou bem.

Portaria datada de 2018 exigia que diretores da corporação teriam de ser delegados de classe especial, com mais de 10 anos no exercício do cargo e com passagem por posto em comissão do “Grupo Direção e Assessoramento Superior —DAS 101.3 ou superior por, no mínimo, 1 (um) ano”.

Dino reduziu os requisitos necessários e, a partir de agora, o delegado precisa apenas ser da classe especial para ser indicado para uma diretoria. O mesmo critério passa a valer para a nomeação do corregedor do órgão.

Alguns delegados da instituição, procurados pela Folha de S.Paulo, veem o afrouxamento como um retrocesso no sistema de governança interna da PF, uma vez que ele reduz a necessidade de experiência em gestão para os delegados interessados no cargo de direção.

Já na PRF, foi a extinção em massa de cargos que provocou a ira de agentes denominados “Policiais Rodoviários Federais Progressistas”. O grupo escreveu uma carta denunciando o fato e argumentando que, com a medida, algumas atividades do órgão se tornarão inviáveis.

A medida foi vista como uma tentativa de “desbolsonarização” pelos autores da carta anônima. Os policiais dizem sofrer preconceito, do público e do governo Lula, por serem associados ao bolsonarismo.

Segundo a carta, o corte promovido por Dino esvaziou a Diretoria-Executiva e Diretoria de Inteligência da PRF. A reestruturação afeta o salário dos servidores de carreira, já que eles recebem a mais por ocuparem cargos de coordenação ou chefia.

“Não difere em nada do que o presidente anterior fez com outras Instituições como FUNAI, INCRA, Palmares, e muitas outras. (…) É ver o nosso legado no lixo, por um preconceito que aprendemos a tolerar da população, mas sempre esperamos que seja visto de forma mais técnica pelos nossos gestores”, diz o documento.

Sem o apoio dos membros destas importantes corporações, a vida de Dino frente ao MJSP não será nada fácil e tende a ser bem curta.

Por Bruno Coelho