terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Petição pública pede a cassação da deputada extremista Mical Damasceno


Na última quarta feira, atos golpistas pedindo intervenção militar, e que depredaram o patrimônio público, ocorreram na Sede dos Três Poderes, em Brasília.

Segundo o professor Wesley Sousa, diante dos atos de terrorismo praticados neste dia 8 de janeiro de 2022 por militantes bolsonaristas, cabe às instituições democráticas agirem incisivamente na proteção da Constituição, da democracia e do bem estar social, fazendo uso das previsões legais no arcabouço jurídico brasileiro. Para ele, os atos de terrorismo, seu financiamento, organização e estímulo devem ser punidos no rigor da lei para que não se permita ao Brasil o retorno a dias sombrios de ditadura e cerceamento de direitos.

Dessa forma, o abaixo-assinado, idealizado pelo Professor Wesley Sousa, pede a cassação do mandato de Micael Damasceno, deputado estadual do Maranhão que estimulou, via redes sociais, tais atos, compartilhando vídeos e textos que parabenizaram os criminosos em sua empreitada contra o bem público, a Constituição Federal e a democracia.

O abaixo-assinado defende que cabe à Assembleia Legislativa do Maranhão não permitir que um de seus parlamentares, que deveria cumprir honradamente os deveres da função, seja um propagador e patrocinador de crimes e do caos que agride o processo democrático, pedindo providências da Casa Legislativa diante da atuação da Deputada Mical Damasceno.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Lula vê fracasso de Múcio e Dino na situação de Brasília

Tanto Flávio Dino quanto José Múcio falharam no episódio do terrorismo em Brasília, mas o ministro da Defesa corre mais riscos de queda, segundo a mídia nacional

Os ministros da Justiça, Flávio Dino, e da Defesa, José Múcio Monteiro, tiveram o desempenho durante os atos terroristas em Brasília criticado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apontam jornalistas que cobrem a política na capital federal.

A pressão política pela demissão de José Múcio, inclusive, é crescente no governo.

Para o jornalista Kennedy Alencar, do Uol News, tanto Múcio quanto Dino fracassaram em seu primeiro grande desafio no posto.

– O Múcio e o Flávio falharam no primeiro grande desafio que tiveram, sobretudo o Múcio, que foi o ministro da Defesa que disse que Bolsonaro era um democrata e que havia manifestantes democratas, inclusive parentes dele no QG do Exército – informou Kennedy.

Alencar reconhece, no entanto, que Flávio Dino recuperou o terreno logo após tomar rasteira do governador Ibaneis Rocha, ao propor a Lula a intervenção militar no sistema de Segurança do Distrito Federal, o que foi acatado pelo presidente ainda em Araraquara (SP), onde passava o fim de semana.

Já antes mesmo dos ataques terroristas de Brasília, o jornalista Ricardo Noblat, sem citar nomes, pontuou em artigo o excesso de falas de ministros no lugar de Lula. E advertiu:

Quem tem o dom da palavra como Lula não vai querer calar a voz de ninguém. Mas quem tem como ele a responsabilidade de governar sabe que o excesso de ruídos costuma fazer muito mal. É por isso que reunirá amanhã pela primeira vez seus 37 ministros para adverti-los: vamos governar mais e falar só o necessário.

Também colunista do UOL, o desembargador aposentado Walter Maierovitch pregou a demissão sumária de Múcio, mas poupou Dino. Maierovitch disse que o ministro da Defesa já vinha errando antes mesmo da posse, ao falar dos acampamentos em frente aos quartéis do Exército como ‘democráticos”.

– Já tarda a demissão e substituição de José Múcio, aquele que deu, com a sua visão canhestra, míope e covarde, musculatura aos terroristas – disse o colunista.

Nesta segunda-feira, 9, a pressão pela saída de Múcio cresceu entre os petistas que não foram simpáticos à sua nomeação.

Flávio Dino, por sua vez, pelo menos mostrou antecipação ao alertar para o risco de manutenção dos acampamentos nos quartéis.

Desde antes da posse, o ministro maranhense já tratava os manifestantes como terroristas e defendeu, inclusive, a retirada de todos na sexta-feira, 6, dois dias antes antes da invasão da Praça dos Três Poderes, o que acabou não ocorrendo.

Mas para o jornalista Cláudio Humberto, do Diário do Poder, Dino falhou na articulação das forças de segurança em Brasília.

– Foi ele quem anunciou na véspera, sábado, que caberia à Força Nacional de Segurança a tarefa de impedir o protesto bolsonarista na Esplanada dos Ministérios, dispensando na prática a experiente Polícia Militar do Distrito Federal, uma das melhores do País – disse Humberto.

Com informações do site UOL

Presidente da Câmara de São Luís também critica Lahesio Bonfim por apoiar atos terroristas


O vereador e presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (PC do B), também utilizou as redes sociais, nesta segunda-feira, para criticar o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes e candidato derrotado ao Governo do Maranhão, Lahesio Bonfim (PSC).

O parlamentar lamentou o fato do médico ter instigado, nas redes sociais, os atos golpistas e que vandalizaram Brasília ontem através da ação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo Victor, segue no delírio antidemocrático instigado por Bolsonaro, apoiando os atos que aconteceram em Brasília.

“A punição para quem instiga estes crimes deve ser a mesma para quem pratica. Inadmissível que a nossa democracia seja atacada desta forma”, twittou.
Mais cedo, o vice-governador Felipe Camarão (PT), ao também criticar o ex-prefeito, o chamou de golpista, covarde e mentiroso.

Vereador maranhense elogia atos terroristas em Brasília, “defesa da pátria”

 

Postura lamentável senão criminosa do vereador do município de Santa Inês José Dilson Noleto Vilarinho Junior, popularmente conhecido como “Didi Júnior”, filiado ao PL, Partido Liberal.

O parlamentar usou suas redes sociais para elogiar os atos terroristas praticados por bolsonaistas – assim com ele – em Brasília, neste domingo (8) ao invadirem e depredarem o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.

“Nenhuma força policial é capaz de conter uma multidão de cidadãos na defesa da pátria, convictos de seus ideais, manifestando seu inconformismo com um governo montado para roubar o dinheiro público, proliferar a miséria e manipular, custe o que custar, chega!”. Escreveu o vereador Didi Júnior.

Até as 22h deste domingo, o vereador de Santa Inês é o único político de mandato no Maranhão a elogiar os atos bolsonaristas radicais.

P.S.: Após a repercussão negativa de suas declarações, o vereador removeu o post de suas sociais

Por Domingos Costa

domingo, 8 de janeiro de 2023

“Dino e Múcio foram inoperantes”, dispara coordenador do PT na Câmara


Para o deputado federal Washington Quaquá, do PT, a responsabilidade da invasão ao Palácio do Planalto, por bolsonaristas, é compartilhada entre o ministro da Justiça, Flávio Dino, e o da Defesa, José Múcio.

“Tanto Dino quanto Múcio foram avisados há dias sobre essa invasão. Isso nunca poderia ter acontecido. Dino e Múcio foram inoperantes”, dispara Quaquá. Na nova legislatura, o petista assume a função de coordenador da bancada federal do Rio de Janeiro na Câmara.

Washington Quaquá criticou Dino e Múcio após invasão de bolsonaristas

“Vou propor uma comissão especial do Congresso Nacional para discutir o estatuto de defesa do Estado Democrático de direito. É preciso garantir as liberdades e, com o mesmo rigor da lei, a democracia brasileira”, completou.

Vale destacar ainda, que o presidente Lula desautorizou Dino em fazer a coletiva para informar as primeiras medidas que o governo adotaria perante às manifestações.

Por Paulo Cappeli / Metropoles 

Líder do Governo acionará PGR para decretar intervenção na segurança do DF


O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Congresso Nacional, afirmou que acionará a Procuradoria-Geral da República (PGR) para que seja decretada intervenção na segurança pública do Distrito Federal após os atos antidemocráticos deste domingo (8/1).

Randolfe também informou que entrará com duas ações no Supremo Tribunal Federal (STF). O parlamentar pedirá prorrogação do inquérito que investiga os atos a partir dos acontecimentos deste domingo, além do impedimento da posse de Anderson Torres como secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.

Randolfe também criticou a ação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), no enfrentamento das manifestações bolsonaristas.

“A manifestação terrorista em Brasília já era prevista e contou com a complacência e quase cumplicidade do governador do DF, Ibaneis Rocha. Qualquer coisa que vier a acontecer com a vida das pessoas e ao patrimônio do povo brasileiro, o senhor Ibaneis Rocha será responsabilizado”, escreveu.

Veja a publicação:



sábado, 7 de janeiro de 2023

Ausência de Dino na recondução de Brandão repercute no meio político


O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi ausência marcante na cerimônia de recondução do governador Carlos Brandão (PSB) ao Palácio dos Leões, mas o clã Sarney esteve presente, dentre eles, o ex-presidente da Republica, José Sarney, a ex-governadora e deputada federal eleita, Roseana Sarney (MDB) e o deputado estadual e presidente do Partido Verde, Adrano Sarney. O evento foi realizado nessa sexta-feira (6), na praça Dom Pedro II, Centro de São Luís, com apresentações artísticas de nomes locais e nacionais. 

Dino e Brandão estão em crise desde a eleição do primeiro ao Senado e reeleição do último ao governo do Maranhão. Desde outubro do ano passado, o ex e o atual governador do Estado vivem um casamento típico de fachada, daquelas relações com quase nenhuma sintonia.

Na última quinta (5), a reportagem entrou em contato com a assessoria do Ministério da Justiça e com a Secretaria de Comunicação do Estado, e indagou a respeito da presença de Dino no evento, e se foi feito convite para a participação do ex-mandatário na cerimonia de recondução de Brandão. Ambas, porém, não responderam os questionamentos.

Antes, Dino já havia sido procurado para comentar a relação com o governo Brandão, via aplicativo de mensagens. Brandão também tem ignorado solicitações a respeito de como está a sua comunhão com Dino.

Embora o ministro pudesse alegar agenda apertada em Brasília (DF) com assuntos relacionados à pasta, ele sequer enviou gravação para ser exibida na solenidade, como é esperado para eventos dessa relevância envolvendo aliados. Até o momento, também não fez qualquer comentário a respeito do evento que marcou o retorno do sucessor ao Poder Executivo maranhense.

Afora o descumprimento de acordos relacionados à presidência da Assembleia Legislativa e ao comando de pastas no primeiro escalão do novo governo, a tensão é fortemente motivada pela forma como o novo mandatário do Estado vem tratando a coisa pública, sobretudo por três fatores: precarização de programas e serviços que eram considerados prioritários por Dino; ojeriza a Diego Galdino e Felipe Camarão; e pelo estilo oligarca que tem apresentado, com distribuição desenfreada de poder para familiares.

Galdino, no caso, teve o nome vetado para a Secretaria da Educação no novo governo, e Camarão, embora vice-governador, tem sido escanteado das discussões de formação do futuro secretariado e das decisões que influenciarão na próxima gestão estadual.

Até mesmo o anúncio do retorno de Camarão para a Seduc, única indicação que aceitou para a pasta, está sendo cozinhada. À cada declaração sobre a formação do novo secretariado, Brandão tem adiado a formalização dos nomes. Na campanha, seria após eleito. Depois, assim que tomasse posse. Até recentemente, embora não haja qualquer relação com o compromisso assumido, garantia que seria após a eleição para a presidência da Alema. Durante a posse, porém, já adiou para fevereiro. Ontem, mesmo após resolvido consenso pela eleição de Iracema Vale (PSB) para o comando da Casa, não deu data certa, e disse apenas que vai primeiro sentar com os partidos aliados.

Segundo pessoas próximas ao ministro de Lula (PT) ouvidas reservadamente pelo Blog, Dino tem pretensões políticas para o âmbito nacional que podem ser atrapalhadas por Brandão, caso o ex-vice, “deslumbrado com o poder”, não siga as orientações convenientes a esse projeto conforme estariam previamente combinados.

O governador maranhense, por sua vez, estimulado pelo irmão caçula, o empresário Marcus Brandão, quer imprimir marca própria no estado, e para isso precisa mostrar quem manda no Palácio dos Leões agora. Neste sentido, até trouxe de volta à vida pública no âmbito estadual, como seu novo aliado, o ex-senador José Sarney (MDB), amigo do presidente Lula e com forte influência na Esplanada dos Ministérios.

Em relação à eleição para o comando da Alema, segundo relatos de três fontes ligadas aos dois, Dino havia acertado acordo Brandão pela permanência do deputado Othelino Neto (PCdoB), atual presidente da Casa, no cargo.

No caso, pelo apoio na corrida ao Senado, o acerto foi a primeira suplência à vice-prefeita de Pinheiro, Ana Paulo Lobato (PSB), esposa de Othelino. Para deixar Weverton Rocha (PDT) e fechar com Brandão, a aliança envolveu o compromisso de apoio à reeleição de Othelino à presidência da Assembleia.

Logo após a contagem das urnas, porém, Brandão passou a alegar que primeiro iria trabalhar pela vitória de Lula à presidência da República no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL); depois que só discutiria a respeito quando fosse resolvida a eleição da Famem (Federação dos Municípios do Estado do Maranhão); e, por último, resolveu interferir abertamente na disputa pelo controle da Alema, não apenas rejeitando Othelino para a chefia daquele Poder, como também trabalhando ativamente contra.

O distencionamento estreitou a relação entre Dino e Othelino, e apartou com Brandão –que até a campanha era definido como político leal e de confiança.

Apesar do agravamento nos vínculos político e afetivo, Brandão tem forçado sintonia de fachada com o ex-líder.

Na terça-feira (3), por exemplo, durante a posse Dino na Justiça, tirou proveito das pretensões políticas do ex-governador e buscou aproximação para fotos e apertos de mão, ainda que apenas protocolares, em público. Melindrado, o ministro citou Brandão durante discurso.

Segundo entenderam pessoas presentes e que acompanham a crise de perto, de forma irônica e evidenciando a mudança de posicionamento do sucessor, em um dos trechos do discurso, Dino se referiu a Brandão como “nosso comandante político” do Maranhão e, logo em seguida, lembrou que ele, quando ainda vice, era “realmente muito ajustado àquele momento”.

Antes, Dino já havia evitado registros ao lado de Brandão durante a diplomação no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Maranhão, não comparecido à posse do governador na Assembleia Legislativa nem à celebração em ação de graças na Igreja da Sé, na capital.

Com informações do Blog Atual 7