O ex-interventor federal e secretario executivo do ministério da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Cappelli, tem sido estimulado a tranferir seu domicílio eleitoral para o DF e iniciar militância política com a intenção de disputar as eleições em 2026. As duas principais hipóteses são concorrer ao Senado ou GDF. E lógico, com aval de Flávio Dino.
O principal motivo foi uma pesquisa que o Instituto Opinião realizou uma inédita pesquisa no Distrito Federal acerca do posicionamento da população sobre a invasão e destruição aos prédios do Congresso, STF e Palácio do Planalto ocorrida no dia 8 de janeiro deste ano.
O levantamento também mostra que a avaliação de Ricardo Cappelli no DF é mais positiva do que negativa. Cerca de 31,7% das pessoas entrevistadas o avaliaram como “ótimo” ou “bom”, como interventor federal na Segurança Pública, enquanto que 26,3% o avaliaram como “ruim” ou “péssimo”. No entanto, a maioria das pessoas (42%) o avaliaram como “regular”.
De um modo geral, a aprovação de Ricardo Cappelli à frente da Segurança Pública foi de 46,7%, enquanto 16,6% o desaprovaram.
É importante notar que as opiniões sobre Ricardo Cappelli variam significativamente de acordo com a filiação partidária. Entre os entrevistados que se identificaram como simpatizantes do PT, 57,1% avaliaram Cappelli como “ótimo” ou “bom”, enquanto que apenas 10,3% o avaliaram como “ruim” ou “péssimo”. Já entre os simpatizantes do PSDB, apenas 10% avaliaram Cappelli como “ótimo” ou “bom”, enquanto que 63,6% o avaliaram como “ruim” ou “péssimo”.
Essa diferença de opiniões em relação a Ricardo Cappelli pode refletir a polarização política no Brasil, onde as avaliações dos políticos são muitas vezes baseadas mais em afiliação partidária do que em suas ações ou declarações específicas. Mas de plano pode-se afirmar que nasceu um novo líder político no DF.
A intervenção federal na Segurança Pública do DF ocorreu entre 9 e 31 de janeiro. De acordo com a sondagem, 37,9% disseram que o interventor era Ricardo Cappelli; 14,7% indicaram o nome de Anderson Torres; e 47,4% não tomaram conhecimento dessa intervenção.
Posicionamento sobre a invasão e destruição aos prédios do Congresso, STF e Palácio do Planalto ocorrida no dia 8 de janeiro:
Contra: 81,3%
Indiferente: 9,3%
Não sabe/não opinou: 6,4%
A favor: 2,9%
Para 51,6% dos entrevistados, as forças de segurança fizeram menos do que deviam para conter os vândalos de 8 de janeiro no DF, enquanto 22,1% acreditam que eles fizeram o que deviam e 9,6% fizeram mais do que deviam.
Segundo a pesquisa, 61,6% afirmaram que o presidente Lula agiu bem ao decretar intervenção na Segurança Pública do DF, ante 17,8% que consideram que o petista agiu mal. 20,7% não souberam responder.
O Instituto Opinião entrevistou 900 pessoas com mais de 16 anos, entre os dias 10 a 12 de fevereiro de 2023. A margem de erro é de 3% para mais ou para menos.