quinta-feira, 10 de agosto de 2023

Se virar ministro, Fufuca terá que se afastar do PP, diz Ciro Nogueira

Em entrevista nesta quarta-feira (9), o presidente do Partido Progressistas (PP), Ciro Nogueira, afirmou à CNN que se o deputado André Fufuca (PP-MA) for nomeado ministro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele terá que se afastar da sigla.

“Se ele me ouvisse, não aceitaria essa indicação”, declarou o senador, em referência a Fufuca.

Nogueira pontuou que, se depender dele, André Fufuca não se tornará ministro deste governo destacando que a escolha já teria “começado errada”.

“Eu acho que está sendo feito da forma incorreta. Primeiro, escolhe-se os nomes, para depois se escolher as pastas”, afirmou.

Isso, porque o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, anunciou que Lula convidará Fufuca e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) para que comandem pastas, mas não disse quais seriam elas. “Escolhe o ministro e não escolhe a pasta?”, indagou Ciro Nogueira.

“Os progressistas jamais irão integrar esse governo, jamais irão apoiar esse governo. Não temos identificação, sintonia, não acreditamos nesse atual governo, que está perdido, no nosso ponto de vista”, argumentou.

O ex-ministro da Casa Civil ressaltou, entretanto, que não deve expulsar Fufuca do PP, mas pontuou que ele será afastado das decisões partidárias. “Não vai passar a ter nenhum papel de decisão no PP se vier a ser ministro”, explicou.

Questionado se a partir de agora a sigla “faria o L” – gesto feito por apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva –, Ciro respondeu: “Impossível. Pelo menos enquanto eu for presidente. Eu acabei de ser reeleito, tenho mais três anos pela frente. É impossível que isso venha a ocorrer, eu sou contra radicalmente a entrada do partido (no governo)”, afirmou ele, que vê o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como “nome mais forte” da direita.

Ciro disse que recusou uma tentativa de aproximação de Lula e reforçou que não quer participar das negociações de cargos com o Palácio do Planalto. Mesmo se a ida de Fufuca para o governo se concretizar, avaliou o senador, o PP se manterá na oposição a Lula. “Se ele me ouvisse, não aceitaria essa indicação”, declarou o senador, em referência a Fufuca.

Aliado do PT no passado, Ciro adotou nos últimos anos uma posição mais à direita no espectro político e ingressou no governo Jair Bolsonaro como ministro da Casa Civil, cargo definido pelo então presidente como a “alma do governo”. Com a derrota eleitoral de Bolsonaro, o senador passou para a oposição. “Não temos identificação, não temos o menor comprometimento, não temos a menor sintonia com o que esse governo está fazendo”, emendou.

Líder do partido na Câmara, Fufuca também é um dos vice-presidentes da sigla, mas teria de se afastar do cargo na Executiva Nacional e das decisões partidárias para assumir o ministério. Ciro também disse ser contra a ex-deputada do PP Margarete Coelho (PI) assumir a presidência da Caixa Econômica Federal, como é cogitado nos bastidores.

“É um governo que eu vejo fadado ao fracasso”, sentenciou. Ciro ponderou, contudo, que não seria da “tradição” da sigla punir com expulsão integrantes que apoiarem o Planalto, como ocorreu no PL, partido de Bolsonaro comandado por Valdemar Costa Neto. Mas ele lembrou que a legenda divulgará um manifesto com “cláusulas pétreas” que deverão ser obedecidas pelos parlamentares na hora das votações no Congresso.

O presidente do PP negou que a negociação para Fufuca assumir o Ministério do Desenvolvimento Social seja uma estratégia para enfraquecer o atual ministro da pasta, o petista Wellington Dias, seu adversário no Piauí. “Acho que essa discussão está mais pelo fraco desempenho do ministro”, afirmou.

Ciro avaliou ainda que o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), também seu correligionário, já “quitou o débito” que tinha com o governo pelo apoio dos petistas à sua reeleição ao comando da Casa. “Acho que ele mesmo está consciente que não deve mais nada ao PT e que, agora, sua postura tem que ser de total independência”, disse o presidente do PP. (Com CNN e Estadão)

Deputado do MA corre risco de perder o mandato caso se filie ao PT

Dada como certa nos bastidores do poder maranhense, a filiação do deputado estadual Leandro Bello ao Partido dos Trabalhadores pode lhe gerar alguma dor de cabeça se for efetivada agora, como se anuncia.

Explica-se…

Bello é filiado ao Podemos, que recentemente incorporou o PSC.

Apesar da incorporação, o seu partido originário, o Podemos, não registrou mudança de estatuto por conta da união.

Assim, a justa causa para abandonar a sigla beneficia apenas os parlamentares filiados ao partido que foi incorporado, no caso, o PSC.

Aos mais próximos, o presidente do Podemos no Maranhão, deputado federal Fábio Macedo, tem dito que não tem intenção de pedir o mandato de Leandro Bello caso ele deixa a legenda.

Mas ele não pode garantir que um suplente não o faça.

E, assim, seria mais prudente esperar a abertura da janela partidária.

Por Gilberto Léda 

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Márcio Jerry é internado às pressas para cirurgia


O deputado Márcio Jerry (PCdoB) precisou ser internado às presas, nesta terça-feira, 9, após passar mal em Brasília.

O parlamentar reclamava de dores abdominais.

Após atendimento de urgência e exames, o comunista foi diagnosticado com apendicite, com indicação de internação para cirurgia.

“Informamos que o deputado federal Márcio Jerry foi internado esta manhã num hospital em Brasília após atendimento de urgência e realização de exames que indicaram necessidade imediata de uma cirugia de apendicite”, diz uma nota divulgada pela assessoria do deputado.

Bomba! André Fufuca é alvo de denúncia no O Globo; veja a reportagem


Anunciado como futuro ministro do governo Lula, o deputado André Fufuca (MA), líder do PP na Câmara, emprega em seu gabinete o dono de uma empresa que presta serviço ao município comandado por seu pai, Fufuca Dantas. Sete contratos já foram assinados pela firma com a prefeitura do interior do Maranhão, totalizando R$ 922,5 mil desde 2017.

Assessor de Fufuca desde abril de 2015, Jorge Luis Cardoso Barros recebe um salário de R$ 3.658 por mês. Em março de 2017, o auxiliar abriu a Centro de Apoio às Famílias Maranhenses, com capital social de R$ 100 mil, para oferecer hospedagem em tratamentos médicos realizados em São Luís para pacientes de Alto Alegre do Pindaré.

A cidade está localizada a 300 quilômetros da capital do estado e é governada pelo pai do parlamentar. Dois meses após a criação da empresa, Barros assinou o seu primeiro contrato com o município.

Dos sete contratos, dois foram fechados por pregão eletrônico, e cinco via pregão presencial. O acordo mais recente firmado em janeiro deste pela empresa com o município prevê o recebimento de R$ 286 mil dos cofres de Alto Alegre do Pindaré, o maior valor até o momento.

Os recursos destinados à empresa do assessor de Fufuca são oriundos do Fundo Municipal de Saúde, que, além de verbas periódicas do governo federal, recebe emendas parlamentares, como as de Fufuca, que no ano passado destinou R$ 1,5 milhão por meio do extinto orçamento secreto para o município.

Procurado pelo O GLOBO, André Fufuca afirmou, em nota, que o assessor trabalha em seu escritório de apoio no Maranhão. “Trata-se de um servidor eficiente, que atua auxiliando no atendimento direto às pessoas que apresentam pleitos relacionados à minha atividade parlamentar”, disse o deputado, que nega irregularidades.

“Sobre ele ser dono de empresa, já existe entendimento de que isso não é vedado a servidor comissionado, desde que a carga horária seja compatível com o exigido pelo gabinete. Considerando que Jorge Luis sempre atendeu às demandas com zelo e rigor, eventuais atividades desempenhadas por ele fora do gabinete não foram objetos de controle da minha parte”, afirmou.

Jorge Luis Cardoso Barros não quis comentar. O prefeito Fufuca Dantas afirmou ao GLOBO que não sabia que o dono da empresa atuava como assessor parlamentar no gabinete do filho.

— É uma pensão, onde as pessoas se hospedam e são levadas aos hospitais. O Jorge (assessor) não trabalha lá (no gabinete), que eu saiba — disse o prefeito.

A atual secretária de Saúde de Alto Alegre do Pindaré (MA), Thays Cristina Oliveira Parga, disse em nota que a empresa foi contratada por pregão eletrônico para acolher “pacientes com encaminhamentos médicos para tratamento na capital do estado e sem condições de arcarem com suas despesas de hospedagem”.

(Com informações do O Globo)

Carros de luxo e dinheiro vivo foram apreendidos em escritórios de advocacia e postos de gasolina no MA

 

Na operação Hades, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), foram apreendidos armas, munições, carros de luxo, jóias, muitos documentos e quantidade relevante de dinheiro em espécie.

O material estava em postos de combustíveis, residências e escritórios de advocacia e contabilidade.

A operação fez buscas em Caxias, Peritoró e Miranda do Norte, interior do Maranhão, em Teresina (PI), Campinas (SP) e Rio de Janeiro (RJ).

Segundo informações, as investigações tem como alvo empresas que atuam no setor de combustíveis que teriam desviado mais de R$ 304 milhões dos cofres públicos mediante aos crimes de fraude fiscal e “lavagem” de capitais.

A ação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no suporte ao operacional ao cumprimento dos mandados – por meio do emprego de PRFs de diversos estados, viaturas e uma aeronave -, é realizada em parceria com a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) e a Agência Nacional de Petróleo (ANP).

Ao todo foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e de sequestro e arresto de bens nas cidades maranhenses.

terça-feira, 8 de agosto de 2023

Paulo Victor quer instituir Arquivo Público da Câmara de São Luís

O presidente da Câmara de São Luís, Paulo Victor (PSDB), é o autor de um projeto de resolução que institui o Arquivo Público da Câmara Municipal, com a finalidade de realizar a gestão de documentos arquivísticos produzidos ou recebidos pelo Poder Legislativo.

Para Paulo Victor, a proposição tem grande relevância para a organização administrativa e burocrática do Legislativo Municipal. “É dever do Poder Público dar proteção especial aos documentos de arquivos, como instrumento de apoio à administração, à cultura, ao desenvolvimento científico e como elementos de prova e informação. É indiscutível que interessa a toda a sociedade a preservação dos conjuntos documentais que encerram valor probatório, informativo ou histórico e que constituem o patrimônio documental de São Luís”, enfatizou.

O projeto de resolução apresentado também estabelece a instituição de uma Comissão Permanente de Avaliação de Documentos – CPAD, formada por um grupo multidisciplinar, a ser nomeada em ato próprio.

Paulo Victor falou sobre o trabalho a ser desenvolvido pelo grupo: “Essa Comissão terá um grande desafio pela frente, no cumprimento de suas principais atribuições, quais sejam: avaliar a documentação e definir os prazos de guarda e destinação documentais; auxiliar na elaboração de instrumentos de gestão documental; e zelar pelo cumprimento dos preceitos que norteiam a preservação e disponibilização do patrimônio documental do Município”, destacou o parlamentar.

Vídeo: Confusão envolvendo Feliciano, Eliziane e Duarte Jr. na CPMI


O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) discutiu com a senadora e relatora da CPMI do 8/1, Eliziane Gama (PSD-MA), durante os trabalhos da comissão.

A discussão entre os dois começou após a fala do deputado, que saiu em defesa do depoente do ex-ministro Anderson Torres. Ele levanta o tom de voz, dá um tapa na mesa e parlamentares pedem para que se “respeite a senadora”. (veja no vídeo abaixo)

Após terminar sua fala, Feliciano se envolveu em uma briga com a senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), que disse que tem um filho de esquerda e reprovou as falas do deputado. Feliciano então bateu na mesa. Após isso, deputados e senadores governistas, como a própria relatora da CPI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), o senador Rogério Carvalho (PT-SE) e o deputado Duarte (PSB-MA), começaram a protestar contra Feliciano.

“Respeite a senadora. Essa mania de bater na mesa contra mulher”, declarou Eliziane.

Feliciano se senta novamente e volta a discutir com Eliziane no microfone. “A turminha da esquerda do mimimi […] A senadora pode colocar o dedo no meu nariz e eu não posso falar nada?”.

O presidente da comissão, o deputado federal Arthur Maia (União Brasil-BA), negou que Soraya não apontou o dedo para ele e pediu para a sessão voltar à normalidade. Feliciano então responde que o líder do colegiado não viu, pois ele estava de costas no momento.

O deputado federal Duarte Júnior prestou solidariedade à senadora e parlamentares bolsonaristas o hostilizaram pela ação, que, em resposta, ironizou a situação e insinuou que eles estão com medo.