Estão em jogo mais de R$ 7 milhões anuais — cerca de R$ 600 mil mensais — administrados ao critério do presidente da entidade, sem obrigação de prestação de contas públicas. Os recursos são majoritariamente destinados a eventos e viagens, embora a Famem também ofereça assistência jurídica e suporte administrativo a gestores em São Luís e Brasília.
Roberto Costa, recém-eleito prefeito de Bacabal, já manifestava interesse em presidir a Famem antes das eleições, como antecipado pelo Marrapá no mês retrasado. Outra candidatura é a de Miltinho Aragão, diretor influente da entidade, que busca suceder seu sobrinho, Ivo Rezende, após conquistar a prefeitura de São Mateus. No entanto, desgastado por disputas em Itapecuru e Alto Alegre do Maranhão, Miltinho perdeu espaço entre os aliados do governador Carlos Brandão e é considerado carta fora do baralho.
Fora da esfera governista, a prefeita de Chapadinha, Belezinha, surge como favorita para substituir Ivo Rezende em janeiro. Com o apoio do PL, Avante e outras legendas, sua candidatura pode reunir até 70 votos logo na largada, segundo apuração do Marrapá neste domingo.
Enoque Mota, reeleito para seu quarto mandato consecutivo em Pastos Bons sem adversários, também ambiciona o comando da Famem como forma de projetar-se politicamente para o futuro. Filiado ao MDB de Marcus Brandão, ele conta com o apoio de Hilton Gonçalo, que, em fim de mandato em Santa Rita, conseguiu eleger um sucessor e outros três aliados.
A tesouraria da Famem, atualmente sob a gestão de Valmira Miranda, de Colinas, também se tornou alvo de cobiça. Embora o cargo não seja suficiente para pacificar os grupos em disputa, seu controle é peça-chave na estratégia para reduzir o número de candidatos ao comando da entidade.
Com informações do Blog Marrapá