Nos bastidores, empresários ligados a grupos políticos do Maranhão disputam ferozmente contratos milionários de coleta de lixo e iluminação pública nas principais cidades do estado.
No Leste Maranhense, no Médio Mearim e na Região Tocantina, uma dupla de jovens empresários com raízes no Sertão antecipou o envio de maquinário pesado, caminhões de lixo e guindastes antes mesmo da posse dos novos prefeitos, apostando na conquista de contratos estratégicos.
O Marrapá já havia exposto os movimentos da dupla durante a campanha eleitoral, quando buscavam capitalizar a empresa e financiar candidatos aliados.
Mas, na Região Metropolitana de São Luís, o jogo virou. Um empresário-prefeito, que contou com o apoio financeiro da dupla em um momento em que tinha a justiça no calcanhar, preferiu manter os contratos herdados da gestão anterior, deixando os investidores a ver navios. (Marrapá)
Nos bastidores da política maranhense, o grupo G8, formado pelos deputados estaduais Othelino Neto, Fernando Braide, Carlos Lula, Rodrigo Lago, Júlio César, Francisco Nagib, Leandro Bello e Ricardo Rios, tem demonstrado interesse em atrair o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, e o ex-prefeito de Santa Rita, Hilton Gonçalo, para as discussões sobre as eleições de 2026.
A movimentação tem como principal articulador o deputado Othelino Neto, que mantém uma relação próxima com Braide e Gonçalo. A dupla, aliás, já está afinada politicamente, e tudo indica que uma composição majoritária pode estar a caminho. Nos bastidores, o cenário mais provável seria Eduardo Braide disputando o governo do estado, enquanto Hilton Gonçalo almejaria uma vaga ao Senado, fortalecendo a chapa com experiência administrativa e penetração política em diversas regiões do Maranhão.
Para Othelino Neto, as possibilidades são amplas. O deputado pode optar por uma candidatura à Câmara Federal, buscar uma vaga ao Senado ou até mesmo compor a chapa de Braide como candidato a vice-governador, o que consolidaria ainda mais a aliança e ampliaria seu protagonismo político.
No entanto, há um obstáculo importante para que essa articulação avance plenamente: a relação ainda distante entre Eduardo Braide e o “líder supremo” do cenário político maranhense. A falta de alinhamento com essa figura de influência pode dificultar as negociações e exigir uma série de concessões para que o projeto ganhe musculatura e viabilidade.
Apesar desse entrave, o G8 avalia que a composição com Braide e Hilton Gonçalo pode representar uma alternativa competitiva para enfrentar o grupo governista em 2026. Braide carrega a força da capital, enquanto Hilton Gonçalo tem sua base consolidada na região do Munim e em municípios estratégicos. Juntos, eles podem atrair apoios importantes e oferecer um projeto administrativo focado em gestão eficiente e resultados concretos.
A articulação política segue a todo vapor, e as próximas movimentações serão decisivas para definir se esse projeto sairá do papel e enfrentará os desafios impostos pelo cenário estadual.
